segunda-feira, 31 de janeiro de 2005

PERDIDA NAS CORTINAS


o módulo lunar do seriado "perdidos no espaço"

Mudei o canal da TV e dei um pulo para trás. Não era possível.
- Chico! Nana! Juca! Genteeee! Corre aqui, rápido!
Eu comecei a dar pulos em frente a TV. Sério, aquele era meu seriado favorito, o “Perdidos no Espaço”. Eu adorava aquilo quando era criança, e fazia anos que eu não assistia. Agora existe até o DVD, mas cinco anos atrás não.
- Gente, corre, corre, vem ver!
Eles vieram todos, meio reclamando. Óbvio que um programa escolhido pela mãe não deveria ser grande coisa.
Eu falava animada e correndo para não perder um minuto.
- Gente, olha, era meu seriado predileto, eu tinha uns oito, nove anos, era o máximo, é uma família que voa pelo espaço, cada episódio eles param num planeta, tinha monstros horríveis, tem o robô, a mãe, o dr. Smith e o Will, olhalí...
Até que eles foram bacanas. Os dois menores assistiram uns dez minutos e escapuliram. Fiquei eu e o Chico, com seus dez anos de idade. No primeiro comercial ele me olhou, abismado.
- Mãe.
- Ta gostando, filho?
- Sério que você gostava desse programa?
- Nossa. Eu adorava, filho. Adorava.
- Mas mãe, você... acreditava nisso?
- Como assim?
- Acreditava ou não?
- Sim, acreditava. Porque?
- Mãe, você era muito burra. O tal módulo lunar tem cortina! Não dá para acreditar num seriado do espaço onde o módulo lunar tem cortina, mãe!
E ele saiu rindo da sala, abanando a cabeça.
Cortina?
Fui verificar no seriado quando acabaram os anúncios.
Ichi. Tinha mesmo.

terra de gigantes


seriado terra de gigantes, da década de 70

No Big Brother 5, que passa todos os dias na TV, existe um grupo de rapazes enormes, fortes e totalmente desprovidos de massa cerebral, que desde o dia que entraram na casa estão "tramando" meios para expulsar os companheiros que eles consideram mais "fortes". "É o jogo, mano", eles falam um para o outro.
São verdadeiros vilões: traem, mentem, conspiram, recrutam os mais fracos, enganam as mulheres. Só rindo. São meio paspalhões, canastrões. É patético vê-los em ação.
Um deles, um médico troncudinho que tem um tique nervoso na boca, é uma espécie de "líder do mal". Insiste que aquilo é apenas um "jogo", e que num jogo você precisa ter estratégia, aliados e um bom plano para eliminar o inimigo. Dia e noite os quatro rapazes só falam nisso.
O que não passa pela cabeça deles (e isso que é o mais engraçado da história), é que as pessoas que assistem ao programa vêem tudo que eles fazem e que a popularidade deles está indo por água abaixo. Os gigantes, apesar de todas as tramas para vencer, são odiados pelo público. A traição, seja ela real ou virtual, existente ou ficçional, não é uma virtude. E ninguém perdoa um traidor.
Quero só ver como os grandalhões vão se virar. O pior é que existem tantos desses no nosso mundo...
.
E então eu me lembrei do seriado que tanto me encantava na infância. Sabe duma coisa?
Não devemos confiar nos gigantes.

O MAR - VII


A Sílvia, eu o mar prateado de Paúba no final da tarde e a linha retinha, entortando nossos pensamentos.
(Caramba, cadê as crianças?)

"As amizades são verdadeiras refeições de vida compartilhadas, banquetes."

Frase da Silvia, que ela provavelmente nem se lembra que me escreveu, em 2000.

domingo, 30 de janeiro de 2005

DOMINGÃO


... então, como amanhã começam as "aulas" a Renatinha me ajudou a encapar os cadernos e livros dos meninos (alguém se lembra disso? Ainda existe "encapar cadernos". Eu achando muito chato e ela animada, falando "que delícia!").

... então, como hoje é domingo, o zé resolveu fazer um churrasco.

sábado, 29 de janeiro de 2005

O MAR - VI


mar da bretanha

A Sheila, do famoso QOC, carinhosamente me enviou de presente uma contribuição para os "Mares de Franka". Esse é o mar da Bretanha, onde ela mora. É nosso Atlântico, é fácil de reconhecer, perceba: a linha é a mesma...
E também noto que a Sheila não conseguiu, do lado de lá do oceano, um paralelismo entre a linha do mar (retinha como nunca) e o enquadramento da foto.
Vê?
Acho que é impossível mesmo, do lado de cá ou de lá do oceano.
Ah, o barco? Ora, gente, o barco é a "Caravela do QOC", de propriedade da Sheila.

o joão e o siri



o joão e o siri


Ele não consegue ficar quieto um minuto. Parou de pular, nadar e correr e resolveu cavar um buraco.
- Ajuda, mãe?
- Não, filho. Tou deitada.
- Vai ser um buraco enorme. Vou me enterrar.
- Em pé ou deitado, João? – desafiou a irmã.
Ele não respondeu. Estava entretido demais em cavar. Praia é bom por isso. Você pode fazer coisas à toa.
Cavar, por exemplo.
- Olha que enorme, mãe.
- Hãhã.
O sol estava forte, mesmo no fim da tarde. Dava até preguiça de abrir os olhos.
- Vou caber todinho aqui dentro. Vocês vão ver.
E continuou, cantarolando.
- Olha... um buraco aqui – ele exclamou – Já viu um buraco dentro de um buraco, mãe?
- Como assim? – eu estava deitada, nem me mexi.
- Tem um outro buraco aqui. Vem ver.
- Alguém já cavou ai, João. Vai ver que é isso.
- Estranho... parece que tem uma bolha aqui dentro... - e ele cantarolou – buracô, buracô, buraco no buraco, buraco no buraco...
Depois de um tempo, chamou.
- Mãe! Olha!
E lá estava o João, deitado, afundado e enterrado na areia, só com os braços, os pés e cabeça para fora. Todo feliz da vida. Começamos a rir. Estava engraçado. Ele fez até um travesseiro.
Até a hora que o menino deu um pulo.
- Ai!
E saiu correndo dali, destruindo toda obra de arte que tinha feito.
- O buraco se mexeu, mãe! Me fez cócegas!
Eu e a irmã levantamos para olhar lá dentro. Do meio da areia surgiu um sirizão, todo afogado e amassado por causa do João.
Ele olhou o bichinho. Não sei quem estava mais assustado: o João ou o siri.
- Nossa. Sempre tem siri dentro da areia, mãe?

sexta-feira, 28 de janeiro de 2005

Perfeição


maria paricida

Foi sem querer que eu tirei essa foto tão... tão... linda. Falaverdade, gente. Olha que foto legal. Tirei por causa do nome do barco, "Maria Paricida", que achei o máximo de engraçado. Mas agora, olhando as cores, texturas e o enquadramento, estou me achando uma fotógrafa fantástica.
Uma verdadeira Frankastiã Salgada.
.
Numa das conversas do mar de Paúba com a Silvia (a mmasb), chegamos a conclusão que nós, mulheres, esposas, mães e profissionais fazemos tudo mais ou menos nessa nossa época da vida. Sim. Não é mole tentar ser uma mãe perfeita, uma dona de casa perfeita, uma profissional perfeita, ter um corpo perfeito, ser uma esposa perfeita, fazer um regime perfeito, entrar perfeitamente na pós graduação, ver os filmes perfeitos e ter um hobbie-paixão perfeito. Na primeira gripe de um filho, falta da empregada ou quilos a mais tudo vai por água abaixo.
E fica tudo... mais ou menos bom.
Os filhos a gente cria mais ou menos, o trabalho fica mais ou menos, o corpo da gente é meio mais ou menos, a roupa idem, a casa meio bagunçada, e (no meu caso) meus escritos idem.
Mais ou menos.
Mulheres mais ou menos, a gente se denominava.
.
Mas nesses mais ou menos da vida aprendi uma coisa pra lá de importante, quer saber?
Fazer mais ou menos as coisas é ótimo.
Muito melhor que ser perfeito é ser mais ou menos.
Veja a foto dobarco Maria Paricida. Fiz mais ou menos, ficou linda!

O MAR - V


Caio Reisewitz
Paúba, 2003
fotografia, 160x207cm


Dando continuidade aos "Mares de Franka", ganhei de presente da M.M.A.S.B. (minha melhor amiga Sílvia B.) essa imagem do Mar de Paúba. Embora esse "mar" não tenha feito parte da minha viagem para Santa Catarina, é um mar muito conhecido meu, pois já fui um monte de vezes passar as férias por lá com a Sílvia.
É um mar da nossa memória de mães e amigas, com uma linha que já deu muita conversa entre nós duas, sentadas na areia e olhando os filhos.
E foi lá que acontenceu uma história que que a-do-ro.
Colocarei aqui.
Tchamtcham.
Lá vai.

Mal passada

Na praia, dia lindo de sol.
As seis crianças estavam na beira da água, fazendo castelos de areia molhada. Três deles são meus filhos, os outros três da minha amiga. Olhávamos as crianças de longe, tranqüilas, pois ninguém estava dentro d’água. Criança dentro da água do mar dá sempre um pouco de preocupação. A gente tem que ficar olhando e contando. No nosso caso, um, dois, três, quatro, cinco, seis. Depois de dois minutos, tudo de novo. Um, dois, três, quatro, cinco, seis.
Ufa.
Quando meus filhos eram bebês, eu tinha queimaduras de sol esquisitíssimas. Mães devem se lembrar. Quando se toma conta de criança pequena em praia, a gente só olha para baixo. Ou para eles não caírem, ou para não afundarem ou para não sumirem diante dos nossos olhos. Bom, acabamos ficando uns verdadeiros pimentões na ponta do nariz e nos ombros. Um horror. Depois os filhos crescem, e você precisa ficar vigiando, sentada, de óculos e chapéu para ver melhor. Nessa época da tua vida você só se queima na parte de frente, geralmente fica com a barriga e as coxas pretas, estorricadas. Outro horror, parecendo lagosta. Só depois de mais de dez anos você pode relaxar um pouco e se esborrachar na areia. Mas daí você já ficou meio velha, acaba indo em um dermatologista para verificar aquelas pintas que resolveram aparecer. Ele te olha, e a primeira coisa que te fala é que, daquele dia em diante, você está proibida de tomar sol. Nem pensar. Filtro solar cinqüenta, no mínimo, ele diz. Cinqüenta!
Dançou, moça.
Mãe tem que esquecer de vez esse negócio de se bronzear. Ainda bem que não está mais na moda ficar morenona. Se bem que, vou dizer a verdade: como eu aprendi que isso era bacana na minha juventude, sempre quero pegar uma corzinha quando vou para a praia, independente dos perigos. Não daquele jeito que a gente fazia quando era menina, que se escalpelava toda, e ainda queimava em cima, de novo, para “pegar” a cor. Acabamos de vez com a nossa pele, com a melanina, com a epiderme, com a cútis, com o couro, aliás, com tudo que nos envolve.
Antigamente era legal ser bem passada. Eu, por exemplo. Já me disseram que já esgotei minhas horas de sol dessa vida, agora só em outra encarnação. Me sinto como um tipo de maionese, que a cozinheira bateu tanto que passou do ponto e desandou.
Bem, voltando à nossa praia. Nesse dia estava quente demais, fui entrar um pouco na água. Passei pelo tal castelo que estava sendo executado pelas nossas crianças. Olha. Não era bem um... castelo. Era um tipo de “escultura” de uma mulher, deitada e dura no chão, tamanho natural, braços abertos e tomando sol (como as mães nunca tomam).
Hum.
Inveja que me deu.
Um dos meninos fez uns peitos imensos na tal mulher, e corria uma discussão calorosa entre eles. A minha filha argumentava.
- Ah, pode diminuir, Márcio. Não existe peito tão grande assim.
- Existe sim, já vi um monte.
- Vai ver que eram de silicone - falou a minha filha - todas as mulheres muito peitudas tem silicone.
- Não, não - ele respondeu - tem peitudas que tem peito natural, como a minha professora. Ela é peitudona e falou que não tem silicone.
- Vai ver que ela mentiu para você. Ei, olha aquela moça que está vindo e me fala: o dela é de verdade ou silicone?
- De verdade.
- Não, é de silicone! Tá na cara, seu bobo!
Entrei na água, rindo. Silicone era uma palavra que eu nem conhecia na minha infância. Agora vira até gincana de praia.
Quando eu saía da água do mar, ouvi o grito do meu filho mais vellho:
- Mãe! Vem aqui um pouco, por favor!
Eles ainda discutiam sobre a tal escultura da mulher de areia. E foi quando eu passei por uma situação que nunca pensei que ia passar na vida.
Quando o meu filho me chamou, ele não queria exatamente falar comigo. Queria só o meu corpo, para fazer uma espécie de “demonstração” ao outro menino.
- Mãe, vem aqui... Isso. Agora, vira de costas.
- Hã? De costas, filho? - perguntei, me virando.
Ele nem me deu bola.
- Olha, Márcio. Aqui, nessa parte da bunda dela. Vê?
- Vejo.
- Isso aqui, esse pedaço cheio de bolinhas é a “celulite”. Tem aqui, aqui... e olha, um montão aqui. Viu?
- Vi.
- E... - ele me ordenou de novo - Ô mãe, fica de lado agora, por favor?
Suspirei, resignada.
- ... tá bom, filho...
Ele continuou, seríssimo.
- E isso aqui, Márcio, essas linhas tremidas, que parecem umas cobrinhas na perna dela, essas que são as “estrias”. São coisas diferentes, entende? “Celulite”, “estria”.
- Ah, tá. Entendi.
- Pode ir, mãe. Obrigado.
Saí dali muda. Fui até a barraquinha, na sombra, coloquei o chapéu e os óculos.
Bom.
Será que eu deveria ao menos colocar silicone?


quinta-feira, 27 de janeiro de 2005

gente, jabuticabas!


ê mistureba...

Acontece que, no meio dos mares de Franka e das linhas do mar, pedi pro Pai de Santo Gigante Babalorixá Dudi desenhar umas jabuticabas para ilustrar o frankamente. Olha a simpatia e a gentileza: ele me deu essas ai do lado, handmade!
Fiquei emocionadíssima, são lindas, maduras, roxas. Porém, como a Franka se atrapalha ao mexer nos intestinos do blog, consegui colocar o galho no lugar certo, mas a jabuticabinha (aquela bolinha pretinha) acabou ficando do lado da raquete do Betão Squash Center.
Quando vi, pensei: Ichi, que mistureba. Parece que o Betão tá jogando squash com uma jabuticaba.
Mas como os blogs se alinham, eu não ligo para horóscopo, presente é presente, a linha do mar acalma as pessoas, eu achei essa mãozona com esse cara que parece o Dudi e não existem mais listas telefônicas, viva a mistureba e vamos em frente.
Bom apetite com as jabuticabas, gente.
Brigada, Dudê.

Gooooogle Peooooople


quilos e quilos de telefones

Marcelo Coelho na coluna dele, na Folha de SP de ontem:

"... Aliás, que coisa mais antiga, uma lista telefônica. Há anos não abro uma; uso cada vez menos o próprio telefone, preferindo a internet, e a lista pública de e-mails é um recurso que não entrou no repertório comum dos internautas. E ninguém se lembraria de publicar em papel uma coisa desse tipo. Sinal de que provavelmente só nos comunicamos com quem já conhecemos de algum lugar ou com pessoas que não conhecemos de modo algum, como nas salas de chat e nas comunidades do Orkut. Ou se é amigo ou se é total desconhecido; ou se é celebridade ou sujeito anônimo: o espaço para o cidadão comum, para aquela "pessoa pública", encontrável pela rua, dotada de existência civil, com nome e endereço numa lista, não mais existe..."
Reparou como é verdade? Uma das coisas que mais me impressionava na infância era a lista telefônica. Era enorme, pesada, com dois ou mais volumes, cheia de nomes em todas as letras. Para mim aquilo era fantástico: era o peso do tamanho da cidade. Íamos para o interior, na casa dos meus avós, e encontrávamos lá uma lista pequenina, leve, mínima. Coisa de cidade pequena. Chegávamos em São Paulo e carregávamos a nossa, orgulhosos. Quilos e quilos de telefones, toneladas de pessoas.
Impossível não estranhar o mundo virtual. O Marcelo tem toda razão. Não há sequer "cidade" aqui dentro, quanto mais uma lista de pessoas de um lugar. Mas alguém deveria inventar uma lista telefônica de emails sim senhor. Podia se chamar "Gooooogle Peooooople". Gasto um tempão para achar emails dos conhecidos, e já fiz muito uma coisa que considero meio ridícula: telefonar, pedir o email e mandar o recado por escrito.
Ô caipirice.

O MAR - VI


Esse parece que vai rasgar, de tão reto e tão plano, não é?
Mar de Barra do Sul, SC, e lá no fundo, ela.
A linha.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2005

UMA PERGUNTA INTRIGANTE


hummm... uma mulher poderá ser uma boa escritora?
ATENÇÃO: INTERROMPEREI AQUI A SENSACIONAL SESSÃO
"
NAVEGUE NOS OS SETE MARES DE FRANKA" PARA
COLOCAR AQUI UMA PERGUNTA INTRIGANTE.
VOLTAREI EM BREVE COM MAIS CONSIDERAÇÕES INCRÍVEIS SOBRE A (JÁ FAMOSA) LINHA DO MAR.
No meio dos milhares de emails que recebi nas minhas curtas férias, um deles era da Gisela Rao, com quem trabalhei há mais de 15 anos. Era uma enquete, simples e rápida como ela sempre foi:
- Que assunto você realmente gostaria que fosse abordado num romance para mulheres?
Caramba. O que seria isso? Um "romance para mulheres"?
Depois de pensar um pouco, respondi falar a verdade para a Gisela. Achei detestável a idéia de um "romance feminino", a coisa me pareceu ser muuuito chata. "Nada", tive vontade de responder pra ela. Mas porquê essa implicância? Comecei a me lembrar de tudo que já li, escrito por mulheres, e resolvi postar aqui a resposta. Sem muitas conclusões, sabe? Só considerações. Para mim um romance, antes de ser para "mulher" ou "homem", precisa ter uma boa história.
Aceito opiniões a respeito. Esse assunto me interessa.

"Gisela, agora é sério.

Esse negócio de escrever para mulher é uma fria e a gente precisa cair fora. Entende? Mulher é sempre muito complicada e encrenqueira. Eu, por exemplo. Vou te contar umas coisas, mas não vou dar nome aos bois - ops! - dar nome às vacas, claro.

1) Caso 1: Vou ser sinceríssima contigo. Se eu começo a ler um livro de uma fulana e vejo na contracapa que ela é bonitona demais, eu já odeio o livro antes de ler. Tudo eu implico na leitura. Quer saber porque? Por causa da foto. Livro de mulher gostosa é insuportável.

2) Caso 2: Um outro livro. Autora feminina. Na orelhinha, uma foto duma senhorinha com cara de "loser". Torço o nariz, mas vou em frente. Se ela é "loser" mas engraçada, vá lá. Mas nunca é. As "losers" tentam ser engraçadas, mas sempre são mais "loser" ainda nessas tentativas. Loseríssimas. Já as "losers" românticas são o fim e as "losers" que falam de sexo são umas mentirosas de marca maior.

3) Caso 3: Livro de autora feminina meio machona, que além de ser moderna é homosexual e tranqueirona. Esses eu leio, mas não me identifico e nem empresto para a minha mãe. Leio mais porque sou fuxiquenta, mas nunca digo que "amei" o livro. Livro que é para impressionar eu não levo muito a sério.

4) Caso 4: Insuportável livro de mulher apaixonada. Ô coisa chata. Dica, Gi: se você se apaixonar perdidamente um dia, amarre as suas mãos por pelo menos três meses (dizem que é o tempo para acabar a paixão).

5) Caso 5: pior que o caso acima é livro de mãe falando de filha. Deusmelivre. Quem tem um monte de filho (como eu) fica irritada na primeira linha, e, além de detestar a mãe-escritora passa a detestar a filha-personagem. Mães sempre "se acham".

6) Caso 6: Livro de mocinha moderna que trepa sem parar com todos por ai: ah, vá. Mentira pura. Não existe isso, a autora deve ser uma psicopata.

7) Caso 7: Uma coisa que dá muito certo é você ser uma autora cubana ou espanhola. Isso funciona bem, uma autora cubana tem muito mais credibilidade com o público feminino do que as brasileiras. Vai entender. Já li um monte de livro de cubanas e espanholas sem implicância alguma. Olhaqui... Um dia mudarei meu nome para lucía rojas. Ou lucía tacones. Daí eu me lanço. Mas serei lucía. Com esse acentinho chiquésimo no "í".

8) Caso 8: Livro de filha de gente famosa. Também não dá certo ser filha de famoso, a gente implica sem parar. Bem, mas... se bem que se eu fosse filha do Paulo Autran eu não ia achar má idéia. Pensa: eu não tenho pai e ele não tem filhos! Ô Paulo, que tal?

9) Caso 9 : e os livros das mulheres célebres e talentosas, hein? Ah. Eu gosto de muitas delas. Mas são especialíssimas. E poucas.

Vê? Esse assunto envolve hormônios demais. E como somos seres estáveis só por meio mês, melhor pensar bem antes de começar o teu romance.
Gostei dessa respostona, Gi. Vou colocar no meu blog. Hehehe.
beijo."
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O MAR - III


1958, praia grande, mãe e pai da lúcia

Olha a coincidência. Cheguei do mar, fui na casa da minha mãe e ela me deu essa foto dela com meu pai no mar, quando eles ainda namoravam.
Mas olha atrás deles, gente.
Olha ela lá.
Ela.
A linha.


O MAR - II


Mais mar. Esse mar é do Jurerê, de Florianópolis*.
* vê-se na foto só o mar, pois eliminei o tal loteamento "miamiesco", "coisa de primeiro mundo" com "qualidade de vida", que me deixou um pouco aflita.

Eu penso que quem mora no mar tem uma mente diferente da mente dos que não olham o mar. É por causa da linha do horizonte. Uma das coisas que mais me encanta no mar é essa linha que separa o céu da água. Queira ou não, é sempre uma linha, e sempre retinha. E tão reta que, por mais que eu tente, eu nunca consigo tirar uma foto perfeita, ou seja, com a linha do mar e da areia paralelas ao enquadramento da foto.
Talvez porque a natureza seja bem mais perfeita que eu.
Voltando ao pensamento anterior. Imagine que você olha essa linha todo santo dia, de manhã, à tarde e à noite. Não é a mesma coisa que olhar montanhas, cidades, prédios ou casa do vizinho. Você olha uma linha retinha, imutável, sólida e eterna.
Posso parecer maluca, mas isso deve alterar e muito a mente humana.
Claro que você vai ser mais tranquilo, mais obstinado, mais íntegro.
Afinal, não adianta espernear: a linha sempre vai estar lá para te lembrar como as coisas são.
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O MAR - I


o mar, I

Agora vou entupir esse blog com fotos de mar, mar, mar.
Afinal, foi só isso que eu vi por lá. Esse mar lindo é de São Francisco do Sul.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2005

bYe


e essa foi a pedra coração que eu achei desta vez na bahia... não disse que eu ia achar uma?
.
Bem, amigos e amigas, vou sair um pouco de férias e volto depois do feriado daqui de SP.
Volto logo.
Té mais.

pedras coração 1

da série: cuidado com as placas III


Aviso na porta da IGREJA em Ilhéus...

água da bahia


e isso não é lindo?

A idéia do arquiteto era justamente essa: como a casa é no alto da falésia, ele queria fazer com que a água da piscina se confundisse com a água do mar. Esse foi o primeiro teste com água limpa, nem chegamos no nível pretendido, que é encher até a bordinha. De qualquer modo, acho que ficou lindo.
Ah, e a marca que se vê no fundo da piscina é um fundo de vidro que dá uma luz maravilhosa na sala que está abaixo dela.
Como se vê, voltei.

terça-feira, 18 de janeiro de 2005

nããããão!


ô vergonha...

Aconteceu.
E eu não vou mentir.
Eu, o Zé e os meninos viciamos no BBB5.
De novo. Exatamente como aconteceu com o BBB4 e os demais. Só BBB1 que, embora tenha "pego" em todos, não me pegou na época.
Sei que viciar nessa porcaria é uma vergonha, ainda mais para pessoas bem instruídas como nós, mas aconteceu.
Agora está o maior problema aqui em casa. Ao invés de discutirmos a nossa viagem (vamos sair de férias nessa semana), sentamos na hora do jantar e ficamos falando de uma gente que nunca vimos mais gorda.
O Zé ontem ficou arrasado. O candidato dele, o Jean, um professor universitário da Bahia, foi indicado para o “paredão”.
- Não! Era o único que pensava alguma coisa dentro daquela casa! Nããão!
O pior é que é verdade, tomara que ele fique por lá, é o único que pensa mesmo. Porque nem nós, que assistimos, pensamos alguma coisa durante o programa.
Bem, voltarei nesse assunto.
.
Fui.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2005

meu coração


pedra coração I


Amanhã vou viajar de novo para a Bahia a trabalho.
Se é bom?
Só para quem gosta de virar estátua: muito calor + suor + poeira de madeira + poeira de mármore + poeira de pintura + correria = moça petrificada.
Sério, suor e poeira de obra endurecem a gente.
E quem vai ter coragem de tomar um banho de mar no meio daquele monte de peão?
.
Mas tem uma coisa que descobri que é muito bacana lá em Itacaré. A casa fica numa falésia rochosa, e lá embaixo, onde foi construído um deck, existe uma infinidade de pedras. Pedras, pedrinhas, pedrões. Bem, eu coleciono pedras-coração. E sempre volto da Bahia com uns 5 quilos a mais na mochila. Cheia de coração. São todas lindas e coloridas. É tanta pedra coração que não dá nem para acreditar.
Acho que ali é a "mina" dessas preciosidades. Shiu. Não espalha.

árvore manualógica desértica


uma das imagens do deserto de nazca


Descobri que uma das imagens do Deserto de Nazca, no Perú, é uma enorme árvore ao lado de uma enorme mão.
Eu não me atrevo a interpretar. Melhor deixar isso pros Deuses (depois que entrei no site do Kiefer, indicado pelo Betão, confesso que entreguei minha intuição aos meus Santos e que vou colocar aqui o que me der na telha).
.
Quando era menina fui para o Perú, no trem da morte com uma mochila nas costas. Uma das cidades da viagem era Nazca e um dos passeios, o vôo sobre as linhas do deserto.
Era caro, e nós, estudantes, eramos pobres demais. Quando me lembro o que gastei na viagem todinha (algo em torno de 200 dólares), que durou dois meses e meio e que me levou até Lima, não acho que foi possível.
Se passávamos fome? Um pouco. Mas era para ser assim. Essa era a graça.
Nesse dia eu e a Silvia S., minha companheira de viagem, encasquetamos de voar sobre as linhas de Nazca. Tentamos ver da terra, de cima de uma montanha, mas não tinha graça nenhuma, não dava para ver nada.
A Silvia é obstinada e sabida, e resolveu que tínhamos que voar sobre o deserto. Assim fomos para o aeroporto para tentarmos um vôo barato. Ela foi barganhando aqui e ali, como se estivesse numa feira, até que um dos pilotos se encantou com ela e resolveu nos levar, interessadíssimo naquela "chica" falante e tagarela.
Quando vi o "veículo" que ia nos levar nas alturas, quase caí para trás. Digamos que era um teco-teco-fusca caindo aos pedaços, com dois bancos na frente e mais nada. Nem vidro nas janelas laterais existia. Sentamos: o piloto, a Silvia (grudada nele e em mim) e eu, colada na porta de ferro (que fechava com um arame enrolado, por falta de maçaneta).
Parecia incrível que aquela lata velha voasse, mas voou.
- Mira chica, las lineas! - berrava o piloto, babando na Silvia.
Bem, avistamos as linhas e eram maravilhosas mesmo. Mas como o piloto estava mais interessado em ver a Silvia do que nos mostrar as linhas, ele fazia as curvas sempre de modo que ela caísse sobre ele. O passeio passou a ficar confuso. Era curva demais, giro demais e até eu, que não enjôo quase nunca, começei a ficar tonta.
Depois de uns dez minutos de reviravoltas e apertos, a Silvia (que enjoava sempre) passou a ter enjôos de verdade, e o piloto, ao invés de querê-la por perto, passou a ter medo que ela vomitasse sobre ele. Parou de girar, parou de nos mandar "mirar las lineas" e voltou com seu calhambeque pro aeroporto rapidinho.
Eu achei bonito o passeio, embora curtinho. Já a Silvia, tonta, enjoada e irritada, saiu brava do avião teco-teco, disse que não viu linha nenhuma e que detestou o passeio.
.
Agora, vinte e tantos anos depois, voltam as mãos, as árvores e essa imagem do deserto.
E por onde você anda, Silvia?

domingo, 16 de janeiro de 2005

e afinal, o que fica?


green bowl and balck bottle
p. picasso

Nesse domingo de chuva, ficamos com um pedaço da crônica do Ferreira Gullar, que agora escreve na Folha de São Paulo.
Pois a vida e a arte são exatamente assim, olha que máximo:
.
"... Mas estamos falando da disparidade cultural entre aqueles jovens artistas brasileiros e a arte concreta européia, a que haviam aderido. Amilcar (de Castro), embora tivesse seu modo próprio de conceber a escultura, desejava que suas obras ganhassem o mesmo acabamento e precisão das de Bill (Max Bill) e, por isso, saiu inutilmente em busca de uma oficina que servisse a seu propósito. Depois de muito, convenceu-se de que aquele acabamento só era possível obter com a tecnologia européia. Esta foi a razão -a meu juízo- que o levou a optar por uma escultura feita de placas de ferro, cortadas a fogo, sem ionização, sem pintura, expostas à ferrugem.
Assim se fazem as obras de arte, como tudo o mais, dentro das condições que a realidade possibilita. O que não lhes tira o valor. É que a obra de arte, antes de ser feita, não estava latente em algum ponto oculto do real nem possui uma forma a que fatalmente o artista chegaria guiado por mão divina: a obra é fruto da invenção do artista, de uma interação entre objetividade e acaso, acerto e erro. Como disse certa vez mestre Picasso: "Se quero pôr no quadro um azul e não o encontro na caixa de tintas, ponho um verde mesmo"."
.
Caraaamba. Lindo demais, não?
.
Quanto ao Machado de Assis, já disse que acabei de ler o Dom Casmurro. O que eu posso falar? Que o livro só se fez assim, incrível, porque o autor, a cada instante que não encontrava um azul, colocava um verde mesmo.
Porque quem cria sabe. O importante é aquele instante onde a idéia nasce e precisa andar sobre as próprias pernas.
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Bem, e ninguém me tira da cabeça que as mulheres entendem isso mais que os homens - afinal, só quem já germinou percebe como é inevitável o nascimento.
Completamente inevitável.
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E que maravilha um autor que a cada capítulo que escreve, pensa e reflete. Pensa que é pouca coisa? Que nada. Essa que é a coisa. Pensar e refletir.
.
Olha, e sobre o avião do Lula...
Deviam colocar uma câmera lá dentro duma vez, com transmissão ao vivo de 20 minutos antes do BBB5 ou assinatura num canal pago. Aí que a coisa ficaria divertida. Afinal, só se fala nisso mesmo! Nunca vi tanta reportagem, hoje tinha até uma foto do chuveiro do Lula!
Imagina todos os brasileiros vidrados na TV, olhando o interior do Aerolula o dia todo, reparando o que o Lula comeu, as bobagens que falou, quem entrou na saleta, se ele tomou banho naquele dia, se arrotou, se dorme depois do almoço...
O único problema é que não ia ter eliminação, pois o nosso homem tem imunidade presidencial.

domingo de manhã


árvore manualógica

Por enquanto, nesse domingo nublado, fiquemos com essa imagem. Uma imagem impressionante desse infinito de mãos que não acabam mais. Acabei de ler o Dom Casmurro e todos os jornais do domingo. Tenho a cabeça confusa - não é fácil sonhar com mãos picassianas, ler Machado de Assis e, em seguida, ser soterrada por uma avalanche de notícias sobre o avião do Lula.

sábado, 15 de janeiro de 2005

mãos picassianas de botsuana II (produção caseira)


picasso by juca&franka

Tá, talvez eu não tenha mais idade para essas bobagens. Mas eu e o Juca não aguentamos de vontade de fazer uma foto igual à do Picasso quando vimos o pacote de croissants que foram comprados no Pão de Açúcar.
Perfeito, não? Notem os detalhes criados pelo meu talentoso caçula: a careca, o olho picassiano, a barriga de almofada e o brilho da careca.

mãos picassianas de botsuana



os blogs se alinham como planetas (betão, 2005)

achei engraçado


o tiramissu

O meu amigo Edu ( do Itamambuca, vão lá visitar que é ótimo) contou num comentário que ele fez num post meu uma coisa engraçada: que o personal trainer dele ( que ele carinhosamente chama de serial killer) perguntou se ele tinha medo do Tiramissu.
Bem, acho que ele queria dizer Tsunami...
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Adoro essas confusões.Lembrei de algumas da minha mãe, a rainha das confusões de palavras:
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1) Um dia, animada em começar uma atividade física, ela me contou.
- Filha, você não sabe. Me matriculei na ginástica hidráulica do clube.
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2) Numa outra vez, na sala de espera de um hospital, eu e ela sem bateria no celular. Ela me aponta um orelhão, lá longe.
- Liga dali, lúcia.
- Onde, mãe? Não estou vendo nenhum telefone.
E ela aponta um orelhão num canto da sala, ao lado de um hidrante.
- Ali, filha, ali, olha. Do lado daquele hidratante.
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3) E a máxima, que o Zé adora. Na época que a gente era menina, surgiu o termo "desencana...".
Desencana disso, desencana daquilo. Ela nunca aprendeu. Volta e meia ela ainda sacode a cabeça e me fala:
- Iii, filha. Desencarna...
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Assim, eu e o Zé vivemos desencarnando das nossas preocupações aqui em casa. E Edu, fala pro seu serial killer desencarnar do tiramissu.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2005

agora há pouco


dedos do guiness

- Mãe.
- Oi.
- Sabia que existe uma tribo com o maior número de pessoas só com dois dedos no pé?
- Nossa.
- É em Botsuana, na África.
- Nossa.
- Sabia que houve um campeonato da maior bola de chiclete do mundo?
- Nossa.
- Sabia que tem um homem que foi anão e gigante ao mesmo tempo?
- Nossa.
- Ele foi anão até 21 anos e depois virou gigante, com dois metros e trinta.
- Nossa.
- Sabia que uma vez acharam uma cenoura que era do tamanho de um menino? Assim, do meu tamanho?
- Nossa.
- O maior tumor do mundo pesava mais de 150 quilos, sabia?
- Nossa.
- Eu vou te dar a figura dos homens com dois dedos no pé para você escanear e colocar no seu blog. Você quer?
- Se não for muito feia eu quero. Mas João, você está lendo algum livro?
- Sim, o Guiness, ué.

pela volta da comida na mesa


mesa saarinen

Não é o fim da picada o governo brasileiro resolver fazer jantares self service no Itamaraty?
Não é que eu seja metida, ou esnobe, ou chata. Não é que eu não vá a restaurantes por quilo ou bandejão. Vou e muito, pois são bons, rápidos e bem mais baratos.
Mas detesto.
É um tal de levantar, sentar, levantar, sentar, trombar com outros coitados naquelas filas com o pratinho na mão, esquecer de colocar o molho da salada e ter que voltar pro buffet, entrar na fila de novo, esquecer de pegar o talher, entrar na fila mais uma vez, confundir onde era a sua mesa, trombar com o garçon, deixar cair o pãozinho no chão, voltar para a fila mais uma vez. O pior é quando você resolve repetir o prato, volta para o buffet e vê que a comida acabou.
É tanto trança trança que você nem pode conversar com os amigos direito. Tenho vontade de comer em pé, ali do lado do buffet, de raiva.
E, repara. Restaurante self service tem garçom e mesa, do mesmo jeito!
Custava?
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Bem, vamos ao Itamaraty.
Gente, isso vai atrapalhar a paz das negociações, dos acordos e das conversas. Imagina aquele monte de políticos zanzando pela sala ao invés de conversar e decidir coisas, se atrapalhando com pratos, talheres e sobremesas. E as mulheres, todas de salto alto? Em hotel isso dá certo porque todo mundo passa as férias de tênis, mas no Itamaraty é proibido usar tênis.
Será que existe algum intuito secreto (que não percebi) em tirar as pessoas das mesas?
Hárá, já sei!
Só pode ser uma coisa: como os diplomatas, de agora em diante não vão mais saber falar inglês, vão precisar fazer algumas "consultas" sobre o que estão decidindo ali!

da série: cuidado com as placas II


beco em Itacaré!

Aviso:
Não entre no "bêco" sem chamar
cuidado cão
P
I
T
B
U
L
L

quinta-feira, 13 de janeiro de 2005

ah, serve-serve não!

NACIONAL
O ESTADO DE S.PAULO
Quinta-feira, 13 de Janeiro de 2005
Itamaraty inova e recebe delegação búlgara com bufê Ministério justifica self-service, dizendo que é "simpático" e ajuda a não perder tempo


Quê?
Putz, nada é mais ridículo e pouco elegante do que aquela fila de gente com pratinho na mão, esperando para se servir!
As pessoas que cuidam do protocolo piraram?
Eita, seu Lula, mais uma...

dulcora I


tava chovendo aqui em sp?

Não havia uma pessoa que não olhasse o horizonte e perguntasse à pessoa do lado?
- Ai. E se aparece um tsunami?
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No meio do caminho tem um lugar que vende empada de carangueijo e camarão e... catupiri.
Catupiri é uma palavra bem marítima, na minha opinião. Bem que podia ser um fruto do mar, não acha?
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Olhaqui: praia é bom pra férias e passeio, quando você pode entrar no mar, na piscina ou num chuveirão a cada minuto que se sente gosmento. Obra na praia é terrível, a gente sua demais e a poeira da madeira, das tintas e dos polimentos de pedra grudam em você e se solidificam. Terrível.
Terrível mesmo.
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Desta vez aprendi: levei uma sandália de dedo para colocar quando chegasse lá. Esqueci de trocar e cheguei com os pés congelados por causa do avião.
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De novo me embaralhei com a máquina: esqueci de acertar a qualidade das fotos e acabou o espaço no meio da viagem. Tirei fotos até o meio dia. Depois, babau.
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Sabe aquele naviozão de 15 andares, Costa Vitória? Estava por lá, em Ilhéus.
Imeeenso! Parece que levaram o Edifício Copan para o mar.
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Fomos até a casa de um homem que faz chuveiros-bicas de madeira. Ele fura enormes troncos para colocar um cano por dentro e faz uma enorme calha sobre ele, para derramar água. Seu Cida, ele se chama. Mas ele me disse que precisa usar sempre o chuveiro, senão as abelhas tomam conta do tronco.
- Aí, em vez de água, a senhora vai ter mel - ele explicou, rindo.
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E no final não fui visitar nem a casa do Jorge Amado e nem aquela ponta de Ilhéus também dessa vez. Não foi culpa dos meus amigos, é que não deu tempo, paciência. Mas é sempre bom a gente não fazer uma coisa, para se incentivar de voltar.

terça-feira, 11 de janeiro de 2005

Na Bahia


terra de jorge amado

Amanhã não vai ter post aqui.
Vou pra Ilhéus e depois para Itacaré, e desta vez, se meus companheiros engenheiros e arquitetos concordarem comigo e se sobrar um tempinho, vou tentar fazer um micro-turismo básico em Ilhéus e conhecer a casa do Jorge Amado e aquela ponta de cidade do lado de lá. Toda vez que eu vou para lá eu tento e neca, nunca dá tempo, nunca o motorista da van me leva.
Torçam.
Até mais.

iêba, crônica


não fui eu!

Tururururu!
- Uh, desculpa, esqueci de desligar...
Não, não era assim. Há pouquíssimo tempo atrás ninguém tinha vergonha quando o celular tocava em público. Ao contrário, era bacana. Atender o aparelho era um ato realizado com solenidade. Todo mundo ao redor parava, cerimonioso, e esperava você acabar.
De um dia para outro começaram as propagandas negativas. Apareceram novas regras e restrições ao uso do celular. Alguém observou: é um abuso, as pessoas falam, tocam e cantam em tudo quanto é canto. Agem como se estivessem ligadas num fio, dentro de casa!
Onde é que já se viu?
Assim surgiram diversas regras. Não devemos mais deixar o celular ligado no cinema, teatro e show. Não podemos falar alto no celular, e temos que desligar completamente em reuniões e almoços, pois é de uma indelicadeza imperdoável e uma terrível traição você ficar tagarelando com outro bem na frente do teu parceiro. Outra coisa que não pode mais, de jeito nenhum, é atender celular no banheiro. Olha, parece estranho, mas tem muita gente que atendia. Numa circunstância dessas, quando você, a pessoa que tinha ligado para aquele celular, percebia, não tinha mais jeito: já estava praticamente no banheiro junto do outro. Um horror. Pior ainda era descobrir, pelos "sons", o que o outro foi fazer ali. E se ele esquecia de dar a descarga, então, a vontade que dava de avisar?
Eu já disse uma vez que os celulares são telefones particulares, e que deveriam chamar o dono pelo nome. Não seria melhor assim? Você gravaria teu nome, e, se alguém te ligasse, ele ficaria lá gritando: "Cláudio... Cláudio... Cláudio...". Seria muito mais eficiente que essas campainhas, tão parecidas umas com as outras, que causam tanta correria: mulheres enlouquecidas tentando ouvir se é a sua a bolsa que chama, homens se retorcendo, tentando ouvir se é o seu o bolso ou o do vizinho que está apitando.
Pensava sobre tudo isso, quando uma amiga me contou uma impressão dela: ela acha que atualmente existe uma grande similaridade entre duas coisas: o celular e o pum. Celulares e puns, assim, socialmente falando, são quase a mesma coisa.
Vou explicar. Vivemos a era da "vergonha do celular". Os celulares tocam na hora que bem entendem, e isso é uma total inconveniência, mesmo que a gente explique que o "tuturururu" é um som involuntário, que não depende de você. Hoje em dia, um celular tocar em público, seja numa festa ou reunião, é um horror. Eqüivale a sofrer uma crise de flatulência na presença de estranhos.
Tudo culpa sua. Como que você não se controlou?
É nessa hora que cada um se vira como pode. Dá para detectar um monte de tipos: tem aqueles que disfarçam, fingem que não é com eles, e saem para um cantinho para atender. Outros são pegos de surpresa, dão um pulo, uma risadinha sem graça, ôpadesculpagente!. Tem os espertinhos, que abaixam o volume, um toque bem baixinho, mínimo, que parece um ventinho. E ainda os que colocam de vez só no vibrador – ninguém ouve nada, só o dono que subitamente se agita, assanhado, com um leve tremor de corpo. Acho até meio nojento isso. E tem, claro, o escandaloso – assumido, que relaxa e deixa tocar mesmo, feliz da vida, satisfeito.
Céus, esse assunto é escatológico demais. Mas como somos dependentes dos celulares, tive uma idéia genial. Os celulares deveriam ter, de uma vez por todas, barulho de pum mesmo. Sério: aí então eu du-vi-de-ó-dó que alguém se esquecesse de desligar o aparelho numa reunião importante.
E isso iria facilitar muito a vida da turma dos flatulentos involuntários.
- Não fui eu, foi o telefone, juro!

tudo culpa dela


um galho de arruda

Vocês sabem porque o prédio do IFHC (Instituto Fernando Henrique Cardoso, que é projeto do Zé) pegou fogo ontem? Por causa da arruda do Zé. Sabe porque teve uma enchente em Ribeirão Preto? Por causa da arruda do Zé. Sabe porque está fazendo 40 graus em Porto Alegre? E sabe porque chove desse modo agora?
A arruda, gente. Tudo culpa da arruda do Zé que murchou.
Ele encasquetou com isso ontem e não tinha como. Passou a noite desolado, olhando a TV, e falando que ninguém sabia mas que a culpa era toda da arruda dele.
"Bem que eu desconfiei...", ele me disse.
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Como que eu saio dessa enrascada agora?
Pode-se eliminar um pé de arruda sem danos mundiais e sem maiores catástrofes?
Posso substituir a planta?
Uma arruda vale quantas pimentas?
Uma plantação enorme de trevos de quatro folhas vence uma arruda murcha?
Se alguém souber, a familia penhorada agradece.



as férias da familia real


dom pedro II e família

Estou tentando convencer a família (minha) a fazer como a família real: ir no verão para a montanha, que é mais fresco; e no inverno para a praia, aproveitar o calor.
Não parece mais lógico isso? Mas não estou fazendo muito sucesso com a minha idéia...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2005

da série: cuidado com as placas


cuidado com os donos dos cães
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Acabei de receber de um amigo: "lúcia, para começar o ano dando risada, veja a placa de aviso que encontrei numa sorveteria de Salvador na semana passada. Dá pra acreditar?"

big brother de novo...


ô caramba

Lá vem esse Big Brother de novo, que eu e o Zé sempre juramos que não vamos assistir mas acabamos viciando - ainda mais a gente nessa casa com tanto filho e tanta televisão.
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Bem, melhor que reclamar é assistir criticamente.
Vamos lá.
Gostei de dois: do médico cirurgião com cara ator da sessão da tarde e do cabeludo que é a cara de Lenny Kravitz.

superstições


mamãe rolinha

Sábado o Zé ficou todo preocupado porque a arruda que ele plantou estava murcha.
- Ai, ai, ai... Isso é péssimo. Tsc. Uma arruda morrer não é bom presságio não... - ele declarou, taciturno.
- Iii... É olho gordo - falou a Maria - Isso é olho gordo e grande, Zé. Alguém tá de olho grande em você, viu? Tem que se benzer.
Fiquei brava com ele. Pra que ele colocou no nosso jardim uma planta que não pode morrer nem murchar um pouquinho que o astral vem pra cima da gente? Caramba, tanta planta têm no mundo, ele precisava colocar justo essa? Olha a trabalheira e o stress para um fim de semana. Como a gente não conhece benzedeira por aqui, já imaginei que ia sobrar para o meu São Benedito.
Corri e acendi uma vela.
Fiquei de olho nas plantas o final de semana todinho, encasquetada com aquela coisa de bom e mau presságio. Mas enfim descobri duas coisas boas para compensar o "caso arruda": uma rolinha fez um ninho no quintal e está chocando os ovos, e a mexeriqueira está cheinha de frutos.
Pronto, 2 a 1 para mim.
Ufa.
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Ah, vai dizer que todo mundo não é assim?

domingo, 9 de janeiro de 2005

um blog com varanda


um domingo com um monte de presentes

Mas não é que eu ganhei uma varanda deliciosa para o Frankamente? Olha que maravilha que a Neta me deu. Uma verdadeira varanda, com direito a rede, sofás de palha, mesa de centro para a gente esticar os pés e vista para o jardim.
Claro que eu dei uma caprichadinha no local. Como a Sheila também me deu de presente um verdadeiro e legítimo "Mickey Gogh", aproveitei e coloquei na parede. Uma almofada de Franka, um galho de jaboticabeira e algumas das minhas pedras-coração não podiam faltar. O urso ficou por conta do Juca, que adorou entulhar esse novo ambiente.
Obrigada a vocês duas e bom restinho de domingo. Lá vou eu pra rede.

é isso, daniel


daniel piza no estadão de hoje

O gênio na rua
Daniel Piza


POR QUE NÃO ME UFANO


"Lula tinha que soltar a frase esperada, sobre a natureza que se vinga de quem não a trata bem, ao saber do maremoto na Ásia que matou mais de 150 mil (escrevo às quintas-feiras). Nosso presidente é uma mala ambulante de frases feitas, de chavões ignorantes. A julgar por esse raciocínio, aliás, é bom que se esconda o quanto antes num bunker sob o Palácio do Alvorada - enquanto sua família se diverte na piscina e faz até fotolog do evento -, já que a natureza no Brasil continua maltratada e desconhecida em grau extremo, um fato contra o qual seu governo nada faz de relevante. "

sábado, 8 de janeiro de 2005

PLIM - PLIM


novidade no "frankamente"

Hora da propaganda:

Agora no blog FRANKAMENTE, ali, do lado direito e embaixo das fases da lua, coloquei uma lista de algumas das minhas crônicas.
Assim, se você achar que o post que você está lendo está sem graça, vai até lá dar uma olhada.
Tem umas bem divertidas.

Os M&M´s da Sheila


m&m´s

Por causa da Sheila, acabei de comer um pacotinho inteiro de M&M´s vendo um filme na TV nesse sábado. E, como ela disse que aconteceu com ela, confesso que também estou um pouco enjoada.
Ingerir bolotinhas coloridas não faz muito bem à saúde não.
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A Sheila falou muito dos M&M´s no Blog dela, e comentei que ia falar deles aqui. Desde o dia que falei do envelhecimento das minhas bonecas Barbies que não falo de um assunto bobo e completamente inútil. Vamos lá para não perder o hábito (esse negócio de falar só assunto inteligente também não faz bem a minha saúde).
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Desde pequena consumo essas pequenas bobagens: chichetes, balinhas, balas de goma, chocolatinhos e outras guloseimas. Porém, depois de uma certa idade entendi que tais alimentos não alimentam nada e percebi que engordam bastante. Parei de comprar e parei de comer, excetuando-se a bala Frutela de morango que gosto de comer quando vou ao cinema (essa eu não abro mão nunca, sou contra comida no cinema, mas Frutela é diferente, pois Frutela não é comida, Frutela é uma lenda).
Tudo correu muito bem por uns vinte anos. Consegui controlar o impulso de comer bobageiras até o dia que parei de fumar, há dois anos. Aliás, quando a gente resolve parar de fumar, vende a alma ao diabo: é tão difícil e tão chato vencer aquelas primeiras semanas, que você tenta enganar seu cérebro e seu organismo com qualquer coisa. E, já que era assim, trocar o cigarro por qualquer outra coisa que entrasse pela minha boca, revolvi trocar pelas balinhas - pior seria trocar pela macarronada, pelo uísque ou pelas drogas.
Dos males o menor.
E dos males menores, ponderei também, para não ter que ir prum SPA em dois meses, era bom que fossem docinhas e balinhas pequenas (que, na minha cabeça, engordariam menos).
Caramba, acho que eu gastei mais dinheiro com guloseimas do que com cigarro. Minha bolsa ficava pesada de tantos M&M´s (os do pacote marronzinho, só chocolate, que é o melhor), M&M´s minis (que vem num tubinho, meu predileto), Confetes (é a versão brasileira do M&M´s, um pouco mais doce) e milhares e milhares de caixinhas de Tic-tac (uma caloria por balinha, diz a irritante propaganda - eu comia mais de 300 por dia).
Sério, meu estômago não deve ter entendido nada naquela época. Imagine que você é o estômago de alguém que come normalmente um café da manhã, um almoço e um jantar. De um dia para o outro, imagine que começa a cair dentro de você uma infinidade de sementes coloridas, doces e enjoativas de todas as cores: verdes, amarelas, azuis, marrons, uma a cada quinze segundos. Depois meia hora, lá vem uma chuva de sementes de horlelã e menta. Poim, poim, poim. Depois de mais quinze minutos, mais bolinhas coloridas, poim, poim, poim. Deve ter sido uma experiência terrível para ele.
Um pesadelo estomacal.
Porém consegui parar de fumar, olha que que maravilha: a troca da fumaça pelas bolinhas funcionou! O que não funcionou foi o meu truque de achar que as bolinhas pequeninhas, por serem pequeninhas, não iam me engordar. Adquiri uns 5 quilos, infelizmente, e, quando coloco maiô e descubro mais umas novas bolinhas de celulite, tenho certeza que aquilo é culpa dos M&M´s.
Pensando bem, são até parecidos, as minhas sementes de MM´s e Tic-tac e as minhas celulites. Hum.
Será que M&M´s que dá celulite?

sexta-feira, 7 de janeiro de 2005

valeu, alex fontes


frase do cartão de boas festas da Livraria Martins Fontes Editora

Bonito, né?

frankamente squash center



betão bató, o novo mascote do "frankamente squash center", da lúcia-franka

O meu amigo Betão comentou que eu escrevo rápido demais aqui no blog.
É que gosto de escrever as idéias que surgem na horinha, e esse blog serve para isso: pra guardar as idéias para as crônicas. Esse é meu caderno de notas, croquis e idéias.
O Betão comparou meu blog com um jogo de squash, onde mal você acaba de dar uma tacada, lá vem a bola de novo.
Frankamente Squash Center, ele me apelidou.
Hahaha. Divertido.
Embora eu não conheça o Betão pessoalmente, criei um mascote rápido no gatilho dos comentários, betão bató, para homenageá-lo.
Lá vai mais essa, betão.
Pôu.
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Estou especialmente feliz hoje porque o blog ALMANAQUE me colocou dentro deles - no ALMANHAC!
Fui engolida.
Vou explicar melhor aos homepageless o que é isso: o blog ALMANAQUE gostou do meu escrito abaixo, sobre blogs serem casas, lares virtuais. Daí, aqui na blogosfera, quando você gosta do post do outro, você copia e coloca lá na sua casa (isso quer dizer que você é... como se fosse um da pessoa, mais ou menos como a gente fazia antigamente, que colava a foto dos artistas bonitões na porta do armário, entende?). Pois bem. O Panis gostou do meu texto e colocou na entrada da casa dele!
Genial, adorei e estou super emocionada. Obrigada, Panis.
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PS. : na verdade eu queria copiar aqui a página do ALMANHAC com meu texto lá dentro, como se ela fosse uma figura, mas eu, burralda, não consegui, tava demorando e eu preciso trabalhar.
Já disse que não sou boa construtora virtual...
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Mas valeu, Panis!
E... pôu de novo, Betão!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2005

casa virtual


um casa livro de papel

Afinal das contas, o que é um blog?
Depois de muito pensar e meditar sobre esse tema no trânsito da marginal Pinheiros hoje, chego a conclusão que blogs são... casas virtuais.
Olha, depois que vim morar aqui me sinto muito mais segura na internet. Dou meu endereço a todos, recebo visitas, ganho presentes, dou mimos aos colegas blogueiros, arrumo vizinhos e tenho assunto para chuchú. O Zé não aguenta mais me ouvir contando o "boletim do blog frankamente", todo santo dia na hora do jantar. Mas essa virou minha segunda casa!
Home sweet home.
Eu já disse que o Orkut, o Multiply e os outros sites de relacionamentos são "hotéis" ou "colônias de férias" virtuais.
Um blog não. Um blog é a casa da gente.
Nosso lar.
Acho que vou dar uma caprichada no meu - estou com uma aparência muito comum, não acham? Como sou arquiteta, entendo pra burro de construções reais mas nadica de construções virtuais, terei que pedir ajuda a um arquiteto-virtual. Mas nada de decorações. Quero mudanças significativas, de infra estrutura. Também pensei em criar um logotipo para o "frankamente", além de colocar uma lareira, um mezzanino e diversos quartos suítes com muitos, muitos banheiros transadérrimos.
(...fala a verdade, o que tem de banheiro nas casas das pessoas chiques hoje em dia não é mole, já disse uma tal de arquiteta lúcia um dia na coluna do Mário Prata...)
Aparência é tudo, gente, mesmo que ninguém venha nos visitar. Minha mãe sempre me aconselhou: "Filha, depois que você se casar, nunca fique destrambelhada em casa. Capriche sempre, que é isso que marido gosta. Depois ele te larga e você não sabe porque.".
Quem não tem blog fica rondando a internet feito uma alma penada, sem rumo, sem destino. Vez ou outra a pessoa pára numa caixa de correio, num telefone skype, num messenger, e depois continua assombrando os outros, entrando de loja em loja, de site em site, provedor em provedor.
Úúú...
Uma tristeza.
Como eu pude viver tantos anos assim, feito uma assombração virtual? Quem era eu antes do meu blog? Uma mendiga nética, uma pobrezinha, uma marginal virtual?
Uma homepageless?
Ah. Nada como ter um chão, gente. Um chão só da gente. E lembro só mais uma coisa - aqui é tudo grátis. Você pode fazer um casebre a beira mar ou um palácio, que não custa nada. É só escolher, e não tem maremoto e nem taxa do lixo!
Tudo isso porque estou lançando aqui e agora uma enorme campanha pró blog (pensei no nome "CAPROBLO", mas achei meio feio) para que todos tenham blogs: meus amigos, inimigos, parentes e leitores. Temos que ir adiante, gente, temos que nos inovar, temos que ter blogs!
Aliás, hummm, não posso me esquecer de colocar uma varanda bem gostosa, com redes e cadeiras aqui no Frankamente... para relaxar, descansar... essa coisa de ficar trancada na frente desse micro o dia todo faz a gente pensar um monte de bobeira, não faz?


CARTEIRA DO BOM MARIDO


carteira da ASCF

Achei essa pérola nas coisas da minha avó.
Como a carteirinha não foi preenchida e como minha avó e meu avô já morreram, ficarei sempre na dúvida se meu avô não foi considerado um "bom marido" ou se ele era "tão bom marido" que nem precisava de carteirinha.
Que coisa mais louca. De onde essa "Amélia Ferdinanda" , das "Bolsas Alicator", tirou essa idéia de dar "carta branca" aos maridos?
Marketing, gente. Marketing.
Acho que a idéia de marketing da loja Alicator funcionava mais ou menos assim: o marido ia nas lojas "Alicator" na rua do Arouche, comprava uma bolsa ou uma luva para a esposa e a presenteava. Junto com o presente, ia a tal carteirinha, que ela, embevecida de prazer de ganhar um "mimo" (é, naquela época as mulheres se "embeveciam") preenchia e dava carta branca para o marido fazer o que quiser: afinal ele era um ótimo marido, que presenteava a mulher com luvas e bolsas maravilhosas!
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"Atesto que o portador da presente, meu marido, não bebe, não joga, não dança, não chega tarde em casa e é em todos os sentidos um SANTO MARIDO e por isso tem o direito de ir onde quiser, com quem quiser, e fazer o que quiser, com o meu consentimento."
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Uau, dona Ferdinanda.
A senhora pirou, é?
(E fumar, podia?)
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Lembrei de uma amiga minha, advogada, que cuida de muitos casos de separação, que aconselha as amigas, conformada:
- Gente, não podemos reclamar dos nossos maridos... eles não trazem mulher para casa, não chegam muito bêbados, não batem na gente, não usam armas, pagam as contas e são limpinhos...

quarta-feira, 5 de janeiro de 2005

coleção


uma folha coração

Uma homenagem ao meu amigo Duzinho Scott, que tem uma maravilhosa coleção de corações e que veio me visitar aqui no blog hoje.
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(eu também amo corações... tenho uma enorme coleção de pedras-coração!)

promessa de ano novo V


I love machado de assis

Como prometi ler um livro (bom) por mês, resolvi começar pelo Machado-Dom-Casmurro. Afinal, já se foram mais de vinte anos da leitura anterior. É outro livro, esse que leio agora. Deslumbrante. Acho que lemos mais com nossa mente do que que com a mente do autor...
É um livro além da história.
É uma lição de como contar uma história.

misdaadmuseum?


revista de franka número 1

Vejam como é verdade: a revista é só da Franka! Esse é o primeiro número. Alguém sabe onde eu posso arrumar esse gibi?
Ela, Franka, deve ser a mocinha sobre o beiral da entrada da loja, e, aparentemente está fugindo do sr. F.F. Falegier, aquele tirano com roupas de Capitão Gancho e cara de Dick Vigarista. Será que Franka é uma bandida ou uma heroína? Será que é do bem ou do mal?
A loja de F. F. Falegier vende antiguidades, pelo que posso supor. Vê-se uma espada numa vitrine, além de um lustre antigo. O local é algum bairro decadente da cidade (senão porque veríamos uma poça de água com lixo?), com um comércio diversificado. E provavelmente estamos na nossa época, apesar das roupas de F. F. Falegier - uma loja de "tatoos" não existiria no começo do século.
Agora... ô dona Franka! O que a senhora faz ai em cima, tremendo, com esse arpão?
Where are you, mr. Kuupers, to help me?
E o que quer dizer "misdaadmuseum"? O "museu do meu pai"?