quarta-feira, 26 de janeiro de 2005

O MAR - II


Mais mar. Esse mar é do Jurerê, de Florianópolis*.
* vê-se na foto só o mar, pois eliminei o tal loteamento "miamiesco", "coisa de primeiro mundo" com "qualidade de vida", que me deixou um pouco aflita.

Eu penso que quem mora no mar tem uma mente diferente da mente dos que não olham o mar. É por causa da linha do horizonte. Uma das coisas que mais me encanta no mar é essa linha que separa o céu da água. Queira ou não, é sempre uma linha, e sempre retinha. E tão reta que, por mais que eu tente, eu nunca consigo tirar uma foto perfeita, ou seja, com a linha do mar e da areia paralelas ao enquadramento da foto.
Talvez porque a natureza seja bem mais perfeita que eu.
Voltando ao pensamento anterior. Imagine que você olha essa linha todo santo dia, de manhã, à tarde e à noite. Não é a mesma coisa que olhar montanhas, cidades, prédios ou casa do vizinho. Você olha uma linha retinha, imutável, sólida e eterna.
Posso parecer maluca, mas isso deve alterar e muito a mente humana.
Claro que você vai ser mais tranquilo, mais obstinado, mais íntegro.
Afinal, não adianta espernear: a linha sempre vai estar lá para te lembrar como as coisas são.
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