sexta-feira, 31 de dezembro de 2004

São Silvestre?


Esse é o São Silvestre

E lá vamos nós, mais uma vez, ver o Zé correr na São Silvestre.
(nota: "assistir" uma corrida é das coisas mais estranhas... você espera um tempão e a pessoa passa em um segundo...)
E, boa sorte, Zé!
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Curiosidade: O Santo São Silvestre
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Embora seu nome se confunda com a própria história da corrida de rua mais famosa do País, poucas pessoas sabem quem foi o santo, cuja festa acontece no último dia do ano. Natural de Roma, São Silvestre foi papa e governou a Igreja de 314 a 355 d.C, ano em que morreu, exatamente no dia 31 de dezembro. A Igreja Católica escolheu esta data para canonizá-lo.
Em seu pontificado, São Silvestre estabeleceu novas bases doutrinais e disciplinares colocando a Igreja em um novo contexto social e político. Ocorreu o entrosamento entre o clero e o Estado. Com o Edito de Milão, o cristianismo passou a ser a religião oficial do Império Romano, na época governado por Constantino Magno. Com essa aliança, os cristãos puderam professar abertamente sua crença e a Igreja saiu de um período de perseguição que já se arrastava por 300 anos.
Uma das grandes realizações do papa Silvestre foi o concílio ecumênico de Nicéia, em 325, que definiu a divindade de Cristo. O curioso é que a assembléia foi convocado pelo próprio Constantino, o que mostra sua influência nos assuntos eclesiásticos. Foram elaborados ainda os de Arles e Ancira. São Silvestre foi um dos primeiros santos não-mártires cultuados pela Igreja. Ele é lembrado por promover a renovação do espírito e como protetor dos seguidores mais fiéis de Cristo.
Os feitos do santo do último dia do ano em defesa da fé não param por aí. Com a ajuda do imperador, São Silvestre construiu as basílicas de São Pedro sobre o túmulo do apóstolo, a Lateranense _ que se tornou a residência dos papas _ e a de São Paulo.
Existem apenas três paróquias dedicadas a São Silvestre no Brasil. A maior delas está localizada no distrito de São Silvestre, que faz parte de Jacareí, no Vale do Paraíba (SP); as outras ficam em Viçosa (MG) e Maringá (PR).

quinta-feira, 30 de dezembro de 2004

promessa de ano novo IV


promessa de ano novo

Acho que já me decidi, mas só para relembrar, as promessas antigas foram:
1) no ano re-re- retrasado, prometi não tomar coca-cola (e não tomei).
2) no ano re-retrasado, prometi não iria "fingir que não via" os conhecidos encontrados sem querer na rua (e cumpri).
3) no ano retrasado prometi parar de fumar (foi triste, mas parei).
4) no ano passado prometi prestar o máximo de atenção nos outros, responder todos os emails e atender todos os telefonemas (principamente de celular) (quase consegui).
5) esse ano vou me com-prometer a ver pelo menos um filme bom por mês e a ler ao menos um livro por mês - e escrever sobre ambos (o ideal seria um livro e um filme por semana, mas tenho receio de descumprir a promessa logo em janeiro).

o envelhecimento das barbies


barbies & 35 anos depois

Como falei de Barbies no blog da Sheila (na enquete que ela postou "o que você fazia quando o homem pisou na lua?"), resolvi colocá-las aqui para mostrar que as tão famosas bonecas também envelhecem.
Sempre tive adoração por Barbies. Quando era pequena minha avó viajava e trazia para as netas, pois elas não eram vendidas no Brasil. Eu passava horas com elas, conversando, brincando. Guardei as minhas e dei para a Nani, minha filha, que as usava como... vovós.
Sim, porque elas ficaram com cara, cabelo e jeitão de velhas! O envelhecimento da Barbie não é exatamente como o envelhecimento humano, mas reparem:
a) As Barbies perdem cabelo de baixo para cima e ficam meio carecas também.
b) Os cabelos ressecam e adquirem um tipo de consistência de bom bril (sem volta)
c) A cor do rosto das Barbies fica diferente do corpo - adquire um mórbido tom "verde" (isso quando a cabeça não cai e precisa ser encaixada no pescoço a toda hora)
d) Os bonecos, muitas vezes, perdem as mãos e os pés (no caso deste, a amputação foi quase total)
e) E em muitas das bonecas, os "ossos" das pernas e pés rasgam a pele ficam expostos (essa foto era forte demais para ser colocada aqui)
e) E eu não tenho mais nada para fazer da vida do que ficar pensando essas idiotices? Caramba!


barbies quarentonas 3

kens quarentões 2

barbies quarentonas 1

CONSEGUI!


um beijo e um queijo, dok!

Iêba, pulei linha! O Charles me ensinou!
Póim!
Nada como a gente ter amigos centenários e coragem de EXPOR as dificuldades.
Assim Charles, ai vai de presente pra você um queijão parmesão imeeenso para você distribuir mais ainda sua sabedoria às internautas perdidas.
E bom 2005.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2004

hello, pelé!


Pelé e Franka
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Há quase dez anos atrás, no dia 1 de janeiro de 1995, tirei essa foto com o Pelé. Foi na posse do FHC, lá em Brasília. A foto, de tanto que já zanzou aqui e ali, já está toda amarfanhada.
Agora me respondam: qual é a graça de tirar uma foto com um famoso? Por acaso a gente fica diferente, mais leve, mais gordo, mais rico, mais saudável? Por acaso eu fiquei mais "amiga" do Pelé?
(se bem que, reparando bem, ele parece bem interessado em mim, não acha?)
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Tentei e tentei organizar os blogs amigos e mais umas coisas aqui. Não tenho a menor idéia de como eu faço para "pular uma linha" ali ao lado, na lista de blogs, fotologs e sites. A lógica virtual é meio diferente dos cadernos de anotações. Sei lá onde ficam as "linhas" de um blog. Acho que nem tem.
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Mudei também a caixa de comentários. Outra coisa que me tomou um tempão e que não deu muito resultado - ficou meio parecido e eu não consegui colocar o título do blog na parte de cima da janela. Bem. Ao menos troquei a cor da caixa por cor-de-laranja.
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Aliás, eu nem gosto tanto de cor-de-laranja como parece.
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O fim do ano está chegando e eu ainda não decidi a promessa desse ano. Aquele negócio de chá e café não me parece o ideal. Queria uma promessa não comestível. Uma promessa mais "inteligente" e menos "saudável", como... hummm... prometer ler um livro por mês, ver um filme por mês, escrever um texto por dia, ter uma idéia brilhante a cada dois dias, ou, hahaá! E se eu prometesse escrever toda semana para editores de revistas e jornais para tentar ter uma coluna num jornal ou numa revista?
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Aliás ainda, pensando no Pelé, ando achando meio errado é eu não ter ainda um time de futebol.

lucia carvalho rodando pelo interior de SP


caramba, mas essa é a minha crônica!

E não é que eu fui achar a minha crônica "Sexo virtual" num site feminino de um site da cidade de MARILIA?
Tem até uma foto de uma senhorinha falando com um médico! Dá licença, gente... isso é muito engraçado...
http://www.yesmarilia.com.br/maisfeminina/index_feminina.php?pag=ver_materia&codigo=70

embalagens



E além da questão das trocas, é absurda a quantidade de embalagens que a gente joga fora nessa época do ano. São embalagens lindas, coloridíssimas, com dobraduras engenhosas.
E vão tooodas pro lixo.
O maior desperdício de grana do mundo eu acho esse: as embalagens. Imagine o volume de embalagens que são descartados na noite de natal, indo para o lixo, inúteis.
Como eu me sinto super culpada, eu guardo as fitas...


trocando as bolas




Este ano eu descobri uma outra faceta do natal que até então eu não conhecia. É o lado das trocas de presentes. Como os meus filhos cresceram e ganharam muitas roupas ao invés de muitos brinquedos, algumas delas precisaram ser trocadas.
E lá fui eu enfrentar aquele pântano pós-natal.
Acho que a evolução do homem se fez do "macaco nas árvores" até o "humano no shopping". Pelo menos foi assim que eu me senti naquele ambiente selvagem ao notar que tem muito mais gente no shopping depois do natal do que antes. E que as pessoas demoram muito mais lá dentro, pois as lojas não tem mais o que você precisa trocar, no número ou na cor que você deseja porque acabou tudo.
- A senhora segura ai essa calça senão ela some e babau... - me advertiu uma vendedora de uma loja esportiva, no meio da balburdia.
Céus.
Em todas as lojas, tive que escolhar rapidamente outra coisa completamente diferente da coisa que eu fui trocar para "ganhar" no lugar daquela. É a coisa mais esquisita do mundo. Você ganha uma blusa azul, ela fica pequena, você vai trocar e sai da loja com uma... sandália de couro com missangas. Teu filho ganha um short, você vai trocar e sai da loja com uma camiseta para a outra filha e duas fivelas de cabelo. Ganha uma saia e sai da loja com uma camisa social para o seu marido, que provavelmente ele nem precisava.
Tá vendo? Isso que dá essa mania de dar presente.
Sério, não sei avaliar o que significa isso. Acabamos levando para casa coisas que nem precisamos. É como se as "lembrancinhas" evoluissem, se multiplicassem, como se nós tivessemos que escolher as "lembrancinhas" que os outros te deram.
Foi exaustivo, mas a minha filha adorou: foi como ganhar mais presentes, ela me disse, cheia de sacolas.
- A gente pode falar que trocou, mãe?
Ichi. Qual é a ética da "troca"? Podemos contar para o presenteador que trocamos por uma coisa completamente diferente?
Alguém sabe?

terça-feira, 28 de dezembro de 2004

RUNNING


Ôba.
O zé deixou eu colocar uma foto dele aqui.
... e lá vai ele mais uma vez correr a São Silvestre.

tradição familiar


foto tirada pelo Zé

Toda última semana do ano a gente vai almoçar no Terraço Itália, olhamos a vista, tiramos fotos, respiramos fundo.
Fomos hoje. Uma dessas manias de família.
Acho que o Zé gosta da idéia de dar uma "olhadinha" na cidade antes de começar um ano novo.
Coisas de quem adora São Paulo, arquitetura, urbanismo. Coisas do Zé.



LUA E ESTRELAS


cartão de ano novo do PVP
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O Paulo me falou: "vê a lua, lúcia?"
Eu respondi: "nossa, que linda a rosa azul!"
Ele insistia: "mas é uma lua!"
Eu só via a rosa azul cheia de estrelas.
"É a lua, olha direito!", repetiu o Paulo.
Tou ficando meio gagá, eu acho.
Demorou, mais eu vi.
Uma lua no ano novo...

segunda-feira, 27 de dezembro de 2004

Onde estão as fotos?


... essa coisinha ai
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Foi sexta feira passada, no almoço de natal. Ela, a minha mãe, detesta tirar fotografias: basta ver uma máquina que sai correndo.
- Mãe - falei, cautelosa - Será que... será que você podia tirar uma foto com os meninos, ali, ao lado da mesa de natal?
- Ah, claro, filha - ela disse, animada, já posando e sorrindo para a máquina - Venham, meninos. Assim está bom?
Eu nem questionei. Que estava acontecendo com ela?
- Ótima, mãe, você está ótima. Todo mundo riiindo...
Clic.
- Agora tira uma com a tia Zoé, mãe?
- Claro!
Lá foi ela, animadona.
Clic.
Gente, que coisa mais estranha. Tentei mais uma vez.
- Hum... Tira uma foto comigo agora, mãe?
- Tiro, claro! Pode ser aqui?
E ela sorriu para a máquina mais uma vez.
Clic.
Clic.
Clic.
- Pronto? Satisfeita? Agora dá licença, filha. Vou cuidar do almoço - ela declarou.
Fui atrás dela, curiosa.
- Ô mãe...
- Fala.
- Hum... você não liga mais de tirar fotografia?
- Ah! Dessas ai eu nem ligo, filha - ela apontou a máquina e riu - eu não estou nem tchum para essa coisinha ai.
- Essa o quê?
- Com essas máquinas ai, essas máquinas de computador que vocês têm agora, pode tirar foto minha à vontade! Essas máquinas tiram as fotos e a gente nunca mais vê, fica tudo ai dentro delas... hahaha! - ela deu de ombros - Eu nunca vi nenhuma dessas fotos na vida! Elas desaparecem, é como se não existissem! Olha, o que eu não gosto é daquelas máquinas que tiram fotos de papel. Naquelas eu fico horrível, Deusmelivre - e ela me olhou séria - Daquelas eu fujo mesmo.
Aproveitei e...
Clic.
Tirei mais uma foto.
É. Ou eu ando virtual demais ou minha mãe que é real demais.


ano novo II


três folhas de hortelã

(nota: ah, nada como ter amigos atentos, frankamente...)
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Promessa número um de ano novo revisada: no ano de 2005, eu, lúcia-franka, não tomarei café - só chás naturebas e SEM CAFEÍNA, como chá dessas maravilhosas folhinhas de hortelã que acabei de pegar do jardim.
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Acho que agora eu não dei fora. Dificil vai ser me acostumar a isso.

ano novo I



Uma das minhas promessas de ano novo será essa: parar de tomar café e só tomar chá.
Ficarei calminha, calminha...

domingo, 26 de dezembro de 2004

Ao querido papai


e falando em infância...

O João precisava levar na escola alguma coisa minha: um desenho, um caderno, um boletim, qualquer coisa da época que eu tinha a idade dele.
Fomos procurar, tirando caixas e caixas do armário. Encontramos um cartão que fiz para o meu pai para o dia dos pais. Era um cartãozinho laranja, com uma figura na frente, e dentro estava escrito: "Papai, aceite esta pequena lembrança de sua filha, Lúcia".
O João sorriu, feliz.
- Quantos anos você tinha quando fez isso, mãe?
- A tua idade - respondi - Nove anos.
Mas ele ficou olhando a figura do cartão fixamente, intrigado.
- Mas ô mãe. Você... fez esse cartão na sua escola?
- Fiz - respondi - recortei o papel, colei a figura na capa e escrevi dentro.
- E podia escolher a figura?
Claro que eu não me lembrava. Afinal, trinta anos...
- Não sei, João. Não lembro. Acho que sim, filho.
Ele olhou o cartão pasmo.
- E você foi escolher uma figura de um passarinho morto-assassinado, mãe? Que coisa horrível. Olha só, coitadinho... que presente para dar para o pai!
Quê? Eu catei o cartão da mão dele, mas era isso mesmo. Lá estava o passarinho morto, enorme, de barriga para cima, pezinhos caídos, asas abertas, assassinado. E do lado, três balas de espingarda. “Ao querido papai” está escrito, impresso na figura da capa laranja.
Foi isso que eu dei para o meu pai, foi isso que a escola mandou a gente fazer naquela época. Como explicar ao João que as coisas eram diferentes quando eu tinha 9 anos?
Pensei em falar que naquela época os pais deviam ser muito valentes, que eram caçadores. Que não tinham medo de nada, que tinham espingardas e com elas nos protegiam contra os perigos. Mas aquele pobre passarinho era um perigo? Fiquei sem palavras.
Na verdade, acho que aquele inocente passarinho morto era a confirmação da valentia e da masculinidade do pai. Sim, os pais de trinta anos atrás deveriam matar pobres coitados passarinhos à tôa. Treinariam neles os tiros que poderiam dar nos animais ferozes. Treino de pontarias certeiras, como abater um pássaro em pleno vôo. A valentia de um homem era uma grande virtude, acima de qualquer compaixão pela espécie, acima de qualquer movimento ecológico. Será que éramos menos “civilizados”? E eu, se escolhi aquela figura, o que realmente não me lembro, será que pretendia ter um pai assim? Um pai que me protegesse de todos os perigos?
Talvez eu tivesse dado para o meu pai uma espingarda carregada de balas e a amostra do que eu gostaria que ele fizesse com aquilo, acreditando assim, que ele poderia me proteger contra os leões. Os ursos. Os tigres, as cobras. Contra as bruxas, contra os monstros. É esta a expectativa que temos dos pais da gente.
Além disso, naquela época vivíamos um pouco mais próximos da morte dos animais. Eu via minha avó matando galinhas e perus. Assistia animada a morte de ratazanas. Não era tão politicamente incorreto matar passarinhos como é hoje.
Fico imaginando qual é a expectativa dos nossos filhos, como eles esperam que os protejamos. Com que armas? Armas de fogo? Com a razão? Com a inteligência?
Mas será que estamos tão longe dos leões?
Bem, chega de filosofar. Só sei que o Zé seria condenado aqui em casa se pegasse uma espingarda e matasse um passarinho e trouxesse a caça abatida como um troféu para casa.
- Pai! Ai, que horror!
- Que nojo, que monstro você é!
- Esconde isso logo, vai ser preso! Não conta para ninguém!
E ele se desculpando, atrapalhado.
- Foi sem querer, não foi culpa minha, juro!
Invertem-se os papéis. Aquele meu pai, caçador, valente e corajoso, não vive mais no nosso mundo. Os perigos atuais são outros: eu era condenada quando fumava meu cigarro (agora parei), sou execrada quando jogo uma pilha velha no lixo. Temos que adorar os animais e nunca matá-los. Nem pescar podemos mais.
Sobrou só o cartão, o passarinho morto sobre a espingarda.
“Ao querido papai... aceite esta pequena lembrança de sua filha”.
E o João? Levou na escola, sem dar a mínima, achando o máximo que o avô dele era um legítimo caçador.

sábado, 25 de dezembro de 2004

uma festa de natal


a sobremesa da minha mãe

Minha mãe inventou essa sobremesa para a ceia de Natal, além das dezenas de outras que ela faz e coloca na mesa depois que abrimos os presentes (bolo de nozes, bolo de chocolate, bolo da minha prima que faz anos no natal, mousse de frutas e frutas: não entendo porque não podemos ter apenas uma sobremesa).
Era um delicioso bolo de sorvete com calda de chocolate.
Caramba. Maravilhoso.
Todo mundo olhava, salivando, e imediatamente perguntava:
- É diet?
No começo minha mãe falava a verdade, "não"; mas depois ela desencanou e respondia, rindo:
- É diet sim.
O bolo não durou 5 minutos na mesa, todos ganhamos um quilinhos a mais e ela ficou feliz da vida.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2004

ô saudade


e por falar em fotos de crianças...
Essa foto é para o meu querido amigo Edu.
Feliz Natal para todos nós,
Beijos a todos!

hummm... uns seis anos?


Eu, a tv, o rádio, o galo e quadro da moça que toca viola.
No natal, voltam as coisas de infância.
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E sobra tempo para escrever alguma coisa?

quinta-feira, 23 de dezembro de 2004

VOLTEI


uma obra na bahia, vista da sala da casa.

Não achei que eu ia voltar tão cedo, isso nem é hora de viajar, gente.
Mas olha que lindo.
Vale a pena.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2004

bate e volta


rio de janeiro, vôo 3941

Bate volta mais uma vez no Rio de Janeiro.
Um ventania danada por lá.
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Morro de medo de ganhar um panetone maxi nos vôos da TAM na "ida" para o Rio. Imagina ter que carregar aquilo o dia todo naquele calor.
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O taxi que me pegou no aeroporto pegou o maior trânsito no meio do caminho.
- Nossa, que demora - reclamei para o moço.
- É aqui que morava o deputado que morreu ontem atropelado - falou o taxista, apontando um predio antigo de frente para o mar - Olha, bem ali.
Olhei para o lado e para uma grande quantidade de gente e carros a nossa frente. E descobri o porquê do "trânsito": eu e meu taxi estávamos acompanhando o cortejo fúnebre do deputado Albano Reis, que estava sobre um carro de bombeiros e ladeado de seis soldados uniformizados. Coisa digna de um Tancredo, sabe como é? Mas não havia quase ninguém atrás dele.
- Ué - reparou o motorista - Estamos só nós no enterro? Cadê todo mundo?
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No almoço, numa lanchonetezinha de um shopping de São Conrado, um monte de atores globais. Não tenho a minima idéia do nome e nem quem sejam, mas meus amigos me garantiram que eram bem famosos.
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Já era tarde quando peguei a ponte aérea da volta. E eu precisava sentar bem do lado daquele homem baixinho e barbudo que fala "meu nome é Enéas"?
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Pensa que acabou? Não. Amanhã tem mais bate e volta, desta vez, baiano.

no freezer


brrr...
.
A Silvia, naqueles arroubos de genialidade que ela tem nos domingos a tarde, me disse ontem que tem impressão que os textos, os desenhos e as pinturas na internet são como comida congelada no freezer.
Duram mais, não estragam, mas são um pouco insípidos.
Concordo plenamente.
Mas alimentam muito mais gente.
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Outra nota congelada: noto também que a internet me faz chegar mais perto da neve.

domingo, 19 de dezembro de 2004

boris


boris vian, para iluminar um pouco o domingo

QUERO UMA VIDA EM FORMA DE ESPINHA

Quero uma vida em forma de espinha

Num prato azul
Quero uma vida em forma de coisa
No fundo de um troço solitário
Quero uma vida em forma de areia nas mãos
Em forma de pão verde ou de moringa
Em forma de sapato velho
Em forma de tiroliroliro
De limpa-chaminés ou de lilás
De terra coberta de seixos
De cabeleireiro selvagem ou de edredom louco
Quero uma vida em forma de você
E a tenho, mas ainda não é o bastante
Nunca estou contente.

sábado, 18 de dezembro de 2004

o presépio


Foi super complicado achar um dia com todo mundo em casa para montar a árvore de natal. Começamos, mas ainda não acabamos - falta colocar os enfeites na árvore. Mas a árvore, as luzinhas, os enfeites natalinos e o presépio já foram montados.
Ou quase montados.
É que surgiu a maior polêmica entre os meninos: o Chico queria montar o presépio de acordo com os princípios religiosos dele: ele acha que todos os seres humanos devem ficar dentro da manjedoura, no coberto, sob o teto de palha, e todos os animais do lado de fora, ao relento. E também defende a tese de que todos, humanos e animais, devem estar voltados para o Menino Jesus, olhando para ele.
Afinal, ele é o líder absoluto do presépio.
A Nani discordou na hora.
- Chico, que absurdo, existe uma tradição na montagem do presépio. Os Reis Magos sempre ficam em fila, andando um atrás do outro, com os presentes... - declarou, mudando os Reis Magos de lugar - e os animais podem ficar ao redor, olhando para qualquer lugar, pois os animais não sabiam, nessa hora da estrela cadente, que o menino Jesus era o menino Jesus.
- Nunca! Mas é claro que sabiam, todos sabiam! - argumentou o Chico, virando a vaquinha e a galinha em direção ao bebê - E é uma questão de respeito. Os animais respeitam o menino Jesus, e nesse exato momento do presépio, olha instintivamente para ele.
- Até os patos? O pintinho? Fica ridículo, Chico. Ridículo esse seu presépio.Parece que o menino Jesus está com problemas e que todos estão preocupados.
A discussão foi tão longe que tivemos que interromper os trabalhos e ir dormir. Quem sabe hoje a noite conseguimos acabar?

um presente bonito


Edifício Martinelli, pela Maria Bonomi
Atrás do pano, o Zé.

O Zé ganhou da Maria Bonomi e me deu essa echarpe feito para o evento de recuperação do Martinelli que aconteceu nessa semana e que ele participou da organização. Ele me disse que eu podia usar o pano de chale, echarpe ou até vestido. Mas vou preferir transformar em obra de arte em homenagem ao Zé e a ela, pois o Martinelli é importante para os dois, e colocar na sala, naquela parede branca sobre o sofá.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2004

abandono natalino


Olhaqui, gente, só uma coisa:

FIM DE ANO NÃO É FIM DO MUNDO

Fica todo mundo se despedindo, me avisando que vai embora, desejando que eu fique bem, ah, que coisa mais aflitiva, parece que todo mundo está me deixando sozinha aqui!
Socorro, ô como eu não gosto dessa época do ano...
Mas tem uma coisa legal: decidir a promessa de ano novo. Depois vou colocar aqui a minha lista de promessas.
E gente, párem de ir embora, caramba.

clic clic trim trim bang bang


olha o jeitão dessa máquina fotográfica, como era!

Depois de falar dos celulares revólvers, coloco aqui a crônica do celular máquina fotográfica, que publiquei no Moda Almanaque há dois meses.
Bis.
É divertida.

clic clic, trim trim

Meu sonho de consumo de hoje? Um celular com máquina fotográfica.
Juro. Queria saber como esses publicitários conseguem convencer a gente tão facilmente da necessidade de umas coisas tão desnecessárias. Claro que eu não preciso urgentemente de um celular com máquina fotográfica, acho que ninguém precisa, a não ser aquele rapaz que viu um disco voador no meio de uma floresta e usou o celular para captar a imagem da nave na horinha. Mas as propagandas são tão fantásticas, os aparelhos tão lindos e eu tão consumista, que atualmente só penso nisso.
É que fiquei um pouco enciumada na semana passada. Recebi alguns amigos para jantar e numa certa altura todos sacaram suas armas, ops, seus celulares para bater fotos. Disseram que era para colocar na agenda do celular deles.
No mundo de hoje ou você se dá bem com as câmeras ou está fora. Eu, que sou o desastre da fotogenia, posei para as tais fotos e fiquei delicadamente pedindo a um e a outro para alterarem minhas fotos: num dos telefones eu estava de olho fechado, no outro estava torta, no outro uma baleia de gorda. No final, o que era para ser um jantar virou uma sessão fotográfica. Eu só não fui mudar de roupa e pentear o cabelo porque iam me achar super caipira, mas olha, morri de vontade. Acho que ninguém mais se arruma para tirar foto. Também, com a quantidade de câmeras fotográficas, filmadoras e webcams que existem, ser fotografado ou filmado é a coisa mais normal do mundo.
Há uns anos atrás, tirar uma foto era um pequeno ritual. Arrumávamos o cabelo, ajeitávamos a roupa, parávamos quietos e sorríamos. E quando alguém pedia para você bater a foto? O cuidado com que pegávamos a máquina dos outros, com apenas dois dedos, sem encostar em nada? Tirar foto era coisa séria, gente, e as máquinas não eram vendidas assim, dentro de qualquer... telefone.
Ainda morta de vontade de ter o meu telefone com máquina, parei para olhá-los numa vitrine no shopping quando chegou o vendedor.
- Para que as pessoas usam a máquina fotográfica do celular? – perguntei, cínica.
- Para tirar fotos, ora! – ele se espantou – É muito bom poder tirar fotos a qualquer hora.
- E o que eu faço com elas? – indaguei, para ver o que ele respondia.
- Você coloca na agenda do celular. Assim, se o fulano te liga, você olha para o teu telefone e vê a cara da pessoa – ele explicou.
A segunda explicação, que também não me convenceu, veio em seguida.
- Além disso, você pode mandar uma imagem para outra pessoa que tenha telefone que recebe imagem. Por exemplo, você pode tirar uma foto comigo aqui na minha loja e mandar para alguém. A pessoa vai receber a mensagem, olhar e ver que você está na loja e comigo. Não precisa nem explicar, nem falar. Uma imagem vale mais que mil palavras. Não é incrível?
É.
Mas o mais incrível é que eu, uma pessoa adulta, formada e mãe, possa aceitar essas explicações esdrúxulas, não acreditar nelas e ainda querer ter um celular com máquina fotográfica. Sei que para os médicos ou engenheiros a coisa deve ser útil, mas não para mim. Eu me sinto como aqueles índios que querem possuir coisas que brilham pertencentes aos homens brancos. Uma “pocahontas” no shopping.
Poderia inventar uma explicação mais inteligente, dizer que tudo que agiliza a velocidade e qualidade da informação é válido, que para viver bem precisamos nos comunicar com facilidade. Mas prefiro a idéia do ET, que é mais divertida.
E se aparece uma nave espacial na minha frente? Nunca se sabe...

bang bang


tuturu!

Eu vou em obras e olho os pedreiros, os empreiteiros, os marceneiros, os vidraceiros, os serralheiros e os engenheiros com o celular na cintura (quem trabalha com as mãos precisa tê-las livres) e penso que, no final das contas, homens adoram estar armados.
Celular na cintura não é a mesma coisa que revóver na cartucheira?
E será que o celular não é o revólver dos cowboys de hoje?
Basta sacar e... bang bang!
Alô?

quinta-feira, 16 de dezembro de 2004

noite adentro


eugene o´neill e familia em cape cod, 1922

E lá vou eu com Eugene essa noite adentro.

Privilégio do cabeleireiro pretensioso


linguagem de pedreiro?

Olha o que recebemos na loja de material de construção aqui perto. Quem será que escolheu essas palavras? Faço obra há 20 anos, e nunca vi um pedreiro falando "nesse ínterim, rubrique aqui, não seja pudico".
Hahaha, genial!
Compre tijolo e aprenda português!

FAMÍLIA


o quadro dos cinco do florian raiss

Há dois anos ganhei esse desenho do Florian de presente do PVP. Primeiro o desenho ficou no hall de entrada, e depois da reforma, ele veio para a sala.
Foi ai que a gente percebeu uma coisa óbvia que ninguém tinha percebido, nem o Paulo (e muito menos o Florian, que nem sabia que o desenho veio parar aqui): o Florian, sem querer, desenhou a minha família! Perfeitinha, caramba! E o Paulo, sem querer, me deu o desenho da minha família! E eu, sem querer, coloquei na sala!
Temos, assim: eu, o Juca (com seu cabelão), o Zé (que nunca faz a barba direito), o Chico e a Nani.
E, quer saber?
Somos muito parecidos.
E haja santo forte para me promover essas coincidências.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2004

pisca - pisca


luzinhas de natal

Sou encasquetada com essas bilhões de luzinhas de natal, que criam formas no escuro das noites de natal da cidade. Algumas geram formas interessantes, quando "vestem" coisas, como árvores e prédios e fachadas.
Mas a maioria existe sem ter muito porquê: não formam nenhuma forma definida, apenas existem para acender a si mesmas.
ISSO VALE PARA TODOS NÓS.
(Tenho a ligeira impressão que essa é uma teoria demais de importante para a minha vida, mas meus miolos ainda não chegaram lá a essa hora da noite...)

UMA GRANDE IDÉIA!


Um homem e seu zigoto
.
Todos nos temos muitos amigos gays. Ainda bem que esse assunto deixou de ser tabu e que podemos conviver com famílias hetero, homo ou bisexuais sem problema nenhum.
Mas tem uma coisa que me aflige: eu nunca sei como chamar o “marido” ou “esposa” de um gay. Por exemplo: estou conversando com uma amigo gay e quero convidá-lo para jantar. Como eu falo?
- Oi, Alberto, vou fazer um jantar em casa. Queria convidar você e seu... seu... marido? Esposa? Companheiro? Namorado? Namorada?
Eu sempre engasgo. A questão é que não existe um nome para um “parceiro gay”. Ora, se até o filho da mulher nova do pai separado tem um nome (enteado), porque é que o parceiro gay dos amigos da gente não pode ter? Acho isso um grande preconceito da língua portuguesa. Eu, que tenho filhos, me embaralho toda para explicar quem são os “amigos” dos meus amigos gays para as crianças.
E tudo, claro, porque não temos uma palavra.
Além disso, temos uma palavra para designar uma pessoa que a gente não lembra o nome é absolutamente necessário. Imagina se não existisse a palavra “tia”. Como a gente ia se virar nas festas de família? Hein?
Assim, um tempo atrás eu resolvi inventar um nome para “parceiros gays”. Tive uma idéia, vê se não é ótima: zigoto.
“Zigoto”, gente, é uma palavra muuuito boa. Zigoto não é homem nem mulher, é uma palavra bem “humana” e bastante assexuada. Pensa: Fulano é zigoto do Sicrano.
Ótimo “Zigoto”.
- Mário, estou te convidando para jantar em casa. Não esquece de levar o seu zigoto, hein?
- Essa aqui é a Lílian, meu zigoto.
- Não conhece o Jorge? Ora, o Jorge é meu zigoto, ora!
E, se minha idéia pega e as leis brasileiras mudam, quem sabe daqui a uns anos a gente não pode ouvir essa frase:
- Luis Carlos, aceita esse homem como seu legítimo zigoto?

museu? que museu?


destino: niemeyer, curitiba

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Atenção, tem um post muito importante sobre o Niemeyer no “Quando, Onde, Como”. E, inspirada nesse post da Sheila, lembrei de uma história.
Há um ano atrás encasquetamos de ir para Curitiba para ver o museu do Oscar Niemeyer. Colocamos a família no carro e fomos. Queríamos entrar naquele “olhão” para ver o que tinha lá dentro.
obs. da blogueira.: nossa familia acha que toda viagem, para ser uma verdaderia viagem, precisa ter um "destino".
Chegamos em Curitiba, nos instalamos num hotel, e na manhã seguinte fomos ao museu. Nossa, aquilo é realmente impressionante. Até tiramos uma foto na porta, com todos sorrindo, afinal tiínhamos atingido a meta. Entramos. Passamos por um monte de rampas e pátios cheios de maquetes do Niemeyer. Chegamos em um túnel intergaláctico misterioso. Pegamos um elevador e lá estava a escada de acesso, toda acarpetada de azul (nossa, como o Niemeyer adora carpete!). Subimos e... tcham tcham...
Gente. Sabe o que tinha lá dentro?
Nada.
Absolutamente nada.
Dentro do olho não existia um museu, ou uma exposição, ou qualquer coisa. Não havia na-da além do espaço do nada. Acho que aquilo foi feito para ser apenas um espaço do Niemeyer, como uma grife e nada mais. E nem é possível olhar para fora, por causa de um elemento metálico nas enormes janelas. Ou seja, você entra dentro do museu e olha.... o museu.
Tem até uns sofás ótimo para você olhar o museu.
Sentado.
Juro!

terça-feira, 14 de dezembro de 2004

um teatro à antiga


50 anos atrás?

Mas não era disso que eu ia falar! Eu bem que tento falar de arquitetura, mas sempre disperso...
Ia apenas comentar esse "novo" projeto do Niemeyer para o Ibirapuera.
- Novo? Um projeto de 50 anos atrás? - me perguntou o meu amigo Edu, rindo - É o mesmo que inaugurarem em 1954 um projeto de 1904! O Niemeyer ia detestar!
Bem. Se ele não fosse ele, O GRANDE MININEYER, e sim um médico, por exemplo, operando com técnicas e idéias de 50 anos atrás, com toda a certeza ia perder o CRM. Mas ele é ele, e, convenhamos, o projeto não é um teatro, mas uma "obra de arte" do nosso mestre.
Não sei avaliar, não... além do que o Niemeyer é Mega-Deus-do-mundo e quem-sou-eu-para-discutir-isso. Mas existe uma distância tão grande entre o universo dos arquitetos no mundo de hoje e as obras do meu querido Minineyer, que custo a acreditar que ambos tem a mesma profissão...

minimeyer


um bonito homem, não é?

Quando eu entrei na FAU eu achava o Niemeyer lindo-de-morrer. Um dia fomos ver uma palestra dele lá na Folha de SP, eu e o Zé. Cheguei animada, mas o lugar estava lotado e não tinha mais lugar. Voltamos para pegar o carro, eu desenxabida. No meio do caminho, numa espécie de entrada de serviço da Folha, um pequeno grupo conversava. O Zé viu o Paulo Mendes e parou para conversar um minuto com ele. Eu fiquei de lado, aborrecida de perder a palestra. Despedimos e saímos dali.
- Viu só? - Falou o Zé, animado.
- Viu o quê?
- O Niemeyer, lúcia. Estava ali, falando com o Paulo. Aquele, bem baixinho. Não viu?
Ah. E eu ia saber? Como um monstro desses pode ser pequeno? Ora!
Quer saber? Foi melhor não conhecer. Ia estragar tudo.

JEANS LYCRA


meu jeans Levi´s 38... snif...

Crônica minha publicada no livro "Diário de um Magro 2: a volta ao SPA", Mário Prata, Editora Objetiva, 2004

jeans lycra


Não sei se devia, mas vou contar uma história. Preciso dividir isso com alguém. Um tipo de desabafo.
Olha só. Era cedinho, cedinho. Acordei, tomei um banho e fui me vestir. O Zé ainda dormia, eu não podia fazer barulho. Escolher uma roupa sempre demora um pouco, é difícil lembrar tudo que a gente vai fazer naquele dia.
Uma calça e um casaco. Pronto.
A calça era jeans, mais normal impossível. Uma calça meio velha, com uns três anos. Três anos, note bem: esse dado é importantíssimo para a compreensão do desenrolar da questão.
Bem, coloquei a minha perna direita numa das pernas da calça. Alguma coisa estava estranha, mas ignorei. Porém, quando coloquei a perna esquerda e levantei a calça, não tive mais dúvida.
Que calça era aquela, caramba?
Apertaaada. Nossa.
O negócio é que a calça não entrava de jeito nenhum. As pernas estavam mais justas que lycra. Grudadas. E aquela parte onde fica o botão e o zíper, aquela parte da frente, que se divide em dois e que deve se juntar no fechamento, estava separada em dois hemisférios. Olha. Alguma coisa muito maior que aquela calça foi colocada dentro dela para ela se comportar daquela maneira. Coisa esquisita.
Essa coisa muito grande, sem dúvida alguma, era eu mesma.
Nessa fração de segundo, só sendo mulher para entender o que passa. A mente pára e imediatamente surge um flashback de toda a sua vida, como se você fosse um balão inflável, que engorda, emagrece, engorda, emagrece. O mais interessante é que as cenas felizes estão sempre ligadas ao balão menor, e as infelizes, ao maior. O inflado. O gorduchão.
É um momento de pânico. A impressão que se tem é que aquela coisa muito grande dentro da tua calça não vai mais parar de crescer nunca, e que teu manequim vai aumentar, num crescendo sem fim. Ah, como é desesperador a gente engordar.
Meu primeiro impulso foi jogar aquela calça no lixo e colocar outra. Que roupa a gente colocaria numa... baleia? Naquele momento, se eu encontrasse uma bata indiana tamanho GG, um saco de estopa ou um tapete de sisal e eles ficassem folgados em mim, há, eu vestia na hora.
Suspirei baixinho, para não acordar o Zé. Ô tristeza.
Também não precisava exagerar, o problema era só fechar o zíper, oras. E isso era simples: como já fui adolescente, sou mulher, tenho irmã e amigas, sei como fazer. Existe um método para resolver esse impasse, mas é bem radical. Meninas, me desculpem, mas eu vou contar aqui esse nosso segredo.
Deitar.
É, deitar. Você se deita, levanta bem o quadril, que: zupt. A calça fecha, rapidinho. Sei lá para onde vai a banha quando a gente se deita, pensando bem, só sei que isso resolve. Esse método limítrofe só pode ser adotado quando a gente está nas últimas. Porque (quem já fez isso sabe) depois de fechar o zíper e o botão, deitada numa superfície qualquer, levantamos desorientadas. Temos que andar feito soldadinho de chumbo, não podemos espirrar e nem tossir sob risco de explosão, e sentar só depois de horas, quando a calça “lacear”. Senão acho que rasgamos o estômago, o intestino e tudo mais que tiver lá dentro.
Assim, inconformada, deitei na cama, pensando como aquilo podia ter acontecido. Tudo no maior silêncio para não acordar o Zé. Imagina o vexame se ele me pega no flagra naquela pose ridícula.
Gente, se arrependimento matasse.
Deitei.
Fechei.
Levantei.
Ah. Não dava. Estava muuuito apertada. Comecei inclusive a ficar aflita, pois eu estava sufocada, sem ar nenhum. Era melhor desistir.
Além de agoniada e humilhada, percebi uma coisa pior. Desistir significava tirar a calça dali, e quem disse que eu conseguia tirar aquele troço do meu corpo? A coisa ficou tão apertada, mas tão apertada em mim que grudou. Comecei então a pular, a girar feito pião, a bater no jeans, numa dança vexaminosa, para tentar arrancar aquela sanguessuga. No desespero, rodopiava, emitindo estranhos sons guturais.
Que mais podia fazer? Deitar de novo não adiantava, o método não funciona ao contrário. Pensei em cortar a calça, mas aquilo estava tão perto da minha pele que era impossível caber uma tesoura entre as duas coisas.
Assim fui, devagarzinho, respirando e tirando, fú, fú, fú, no mais completo silêncio, até a calça descer daquela zona de risco. Eu transbordava de suor quando acabei. A calça saiu, eu dei um esganido. O Zé acordou com o som da... descompressão.
- Ôpa... ei, tudo bem com você?
O que eu podia dizer? Claro que depois de passar por uma situação dessa a gente não está bem. Aliás, demora muito tempo para a gente ficar bem. Anos. Séééculos. Ou melhor, quiiilos.
Só sei que aquela calça jeans passou a ser minha inimiga mortal. Eu não vou dar para ninguém, e não vou jogar fora coisa nenhuma. Vou é esperar o dia da vingança. Deixa estar.
Bem, só concluo mais uma coisa: quem inventou o tal do jeans lycra, que estiiica, com certeza foi uma mulher.
Assim, gorducha, como eu.

tietagem?


a nani, as amigas e a "palmira" da novela, que elas encontraram no shopping...

As meninas foram ao shopping e deram de cara com a Palmira da novela passada da Globo (era "celebridade"?), em frente a aquela loja Lush (ô loja que cheira estranho). Não aguentaram e pediram uma foto com ela.
Hahaha, tal mãe, tal filha (eu tenho cada uma de dar vergonha...)

flor franka


flor franka, by eduardo m. m.

Olhai a foto de flor que eu acabei de ganhar do Edu, que linda. Ele foi para Camburi e disse que tirou essa foto para mim. Gostei muito. Não é flor de madame, nem flor de menina assanhada, nem flor de perua.
É uma verdadeira flor madura e selvagem.
Hahaha! Será que eu sou assim?...
Me intrigou o estilo da flor que ele usou para me presentear. Podia ser um pouquinho mais magra, mas tudo bem... É uma flor e tanto, sozinha, com um grande caule, firme e segura.
E bacanona, olhaí, gente.
Ando adorando ganhar esses presentes virtuais - inconscientemente me vejo "burlando" o mundo maluco do comércio, do "comprar, comprar, comprar", das tais lembrancinhas e dos 27 e tantos presentes de natal. Uma das coisas mais bacanas da internet, e que ninguém se lembra, é que aqui tudo é GRÁTIS.
Aqui podemos ganhar e dar tudo que quisermos - carros, jóias, barcos, frutas, flores, roupas, imagens, quadros, poesias: até coisas que não nos pertencem, basta apenas nunca esquecer da autoria e colocar os devidos créditos.
É ou não é maravilhoso isso?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2004

parabéns, edu!


pvp, bê, eu, fernandinho e edu

Ôpa, lembrei que hoje é aniversário do meu querido Edu.
A Nani fez essa montagem de presente para você.
Se você quiser, pode levar pro seu blog, pois é um presente.
Parabéns, Edu!

TRAUMA DE TABUADA


Claude Lefèbvre - A Teacher and his Pupil

Foi numa reuniões de escola, dessas de começo de ano, com a professora e todos os pais de alunos. Acho que era do 2* ou do 3* ano primário do João. A professora explicou tudo que ia ensinar durante o ano, mas fez uma ressalva.
- Quanto à tabuada, faremos o seguinte: no primeiro semestre ensinaremos até a tabuada do cinco. As tabuadas do seis ao dez deixaremos para o segundo semestre, para o ato de decorar não seja traumático para as crianças.
As mães todas concordaram, eu fiquei boquiaberta. Onde vamos parar com esse excesso de psicologia nas escolas?
Decorar tabuada pode ser "traumático"?
Ei. Alguém conhece alguma pessoa com "trauma de tabuada"?
.
(isso bem que daria uma boa crônica)

domingo, 12 de dezembro de 2004

porre de julia


Pretty woman
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Minha filha adolescente faz coleção do que ela chama de "comédias românticas". Adora achar um DVD sobre o tema.
Hoje tivemos que passar o domingo assistindo a Julia Roberts em "Pretty Woman".
Nossa. Estou com overdose de comédia romântica.
Haja Julias, haja romantismo, haja comédia. É daqueles filmes que você vê, e, por mais inteligente que seja, acaba se interessando. Nem que seja pra copiar a roupa dela no dia seguinte.
Hahaha. Juro!

o quadro do dudi


o quadro do dudi

Esse quadro do Dudi me machuca. E se um quadro, de alguma maneira, me machuca, isso para mim é uma coisa boa.
Eu gosto de ser pega de surpresa.
Sou leiga, mas a arte me intriga e não consigo ficar calada. Eu mesma já pintei e desenhei, pois isso também faz parte do cotidiano de arquitetos. Mas nunca me satisfiz pintando. Nunca achei que consegui, dentro de um desenho ou um quadro, expressar exatamente o que era necessário expressar.
Acho que para uma coisa ser boa e valer a pena, para dar prazer para a gente e emocionar os outros, ela precisa de duas coisas: ser absolutamente necessária e expressar uma paixão, seja lá pelo que for.
Necessidade e paixão, é isso.
Semana passada comentei com um amigo meu que eu me sentia aflita com os quadros do David Hockey porque me pareciam muito tristes. Não que eu ache ruins, ao contrário. São bonitos e são tristes. Acho que a boa arte faz isso conosco: de algum modo, nos aflige.
Comigo essa forma de expressão, a pintura, nunca deu certo, por isso eu saí procurando outras formas. Escrevendo eu consigo chegar um pouco mais perto do que me é necessário. Mas ainda não cheguei lá: como eu disse ao Nelson Leirner, ainda não sei o que vou ser quando crescer.
Bom, mas eu queria falar sobre os quadros do Dudi. Não vi muitos, não fui a muitas exposições dele, mas acho que não é preciso se empanturrar num jantar para descobrir que a comida é boa. É que os quadros do Dudi têm dentro deles uma enorme paixão. E eu sinto foi absolutamente necessário para ele fazê-los.
Necessidade e paixão, de novo. Vê?
Mulheres em geral gostam muito de metáforas e de comparações. Um dia eu vi um dos quadros dele. Era um enorme quadro vermelho, comprido, brilhante e violento, que acabava numa linha seca. Eu tive arrepios. Era muito sangue, o abismo era enorme depois daquele limite e aquela cor doía.
Sim, era um quadro violento. Mas mostrava coisas muito importantes. Que não podemos ter medo de chegar na pontinha do mundo. Que temos que passar através de todas as portas que aparecem na nossa frente. Que todos somos feitos de sangue e que temos que ter compreensão da nossa pequeneza diante do inesperado. Só assim podemos ser gigantes. Não sei se o Dudi sabe o que vai se quando crescer. Talvez ele deva ser um gigante.
Eu exagero, né? É que eu vivo na beira do abismo.
A vida vale a pena por causa disso.
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Que tal minha crítica, Sheila? Tenho jeito pra coisa?
E você, Dudi, gostou?

"blogueira nata"


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Ontem o Dudi passou aqui no frankamente e me deixou um recado dizendo que eu era uma "blogueira nata". Fiquei toda feliz, porque ele que é um blogueiro nato conhecido por todos. E como, além de blogueiro, eu gosto muito dos quadros dele, eu vou imitar a minha amiga Sheila e vou fazer uma crítica.
Vou falar dos quadros do Dudi.
Afinal, ser nata de alguma coisa é a glória! Esperaí.
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dicionário houaiss
NATA
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DataçãosXIII cf. AGCAcepções
substantivo feminino
1 a camada gordurosa do leite que se forma à superfície, us. para fazer manteiga
2 Derivação: sentido figurado
. a melhor parte de algo; aquilo que é o melhor
3 Derivação: sentido figurado
. a camada de maior poder ou de maior prestígio num grupo social ou num grupo de pessoas que exercem a mesma atividade; elite
4 Rubrica: construção
. película que se forma na superfície de uma massa de concreto ainda mole
5 a massa formada pela suspensão de cimento em água
6 Regionalismo: Norte do Brasil, Nordeste do Brasil. Uso: informal
. a polpa macia do coco verde; catarro


sábado, 11 de dezembro de 2004

SEXO VIRTUAL



Sexo virtual
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Alguém precisa falar disso. De laboratórios médicos e exames.
Bom, se você é mulher é um pouco diferente. Além dos exames básicos, tem mais um monte. É que a medicina agora é diferente, é preventiva, mas a gente tem que fazer os exames antes de ficar doente.
Vou contar exatamente como tudo aconteceu. Fui no médico, ginecologista. Ele me examinou e foi preenchendo o receituário, não parava mais. Pensei. Não devo estar bem. Ele me olha, ri. Não é exagero não. É preciso saber como vão as coisas ai dentro.
Peguei as receitas e guardei na bolsa. Fiquei adiando para marcar, seria uma chateação.
Um dia tomei coragem e fui ao laboratório. Uns exames eles faziam na hora, outros eu tinha que “estar agendando”, me disse a moça. Pra tal exame, jejum de três horas, para o outro, oito horas sem beber água. Para aquele outro, você fica sem urinar por 6 horas, nesse daqui, nada de sexo por 48 horas. E nada de creme nem óleos de banho na região abdominal no dia deste outro.
Nos dias dos exames, de manhã, eu nem me mexia. Já embaralhara tudo, me esqueci metade das regras, e achei que era melhor não fazer nada, dentro dos limites máximos. Fiquei sem fazer xixi, sem comer, sem beber nada, quase imóvel. Era melhor nem me tocarem, para garantir.
Cheguei lá com a receita na mão. A mocinha me deu um número, me mandou esperar a minha vez. Ia apitar.
Piii.
A senhora aguarda na sala 2 subindo a escada à esquerda porta vermelha no canto. Já comecei a me atrapalhar. Tudo tem muita instrução, a gente parece barata tonta. Fiquei completamente confusa e burra, pedindo para as mocinhas repetirem cada passo a passo. Uma hora a gente tira só a parte de cima da roupa, em outro leva um potinho para o banheiro, em mais outro tira toda a roupa, coloca o avental e uma pantufa e espera no vestiário sem nada metálico no corpo, depois entra numa sala e só desce a calça, depois aguarda mais meia hora bebendo água sem parar.
Fui obedecendo e fazendo tudo. Tirando um monte de tubinho de sangue, fazendo xixi no potinho e recebendo as instruções para aquele horroroso exame de f. , que, por mais que eles dêem instruções, a gente nunca sabe como fazer na hora que chega em casa. Uma vez o marioprata falou, numa crônica de um livro, o passo a passo dele. Não me lembrava como era, nem qual era o danado do livro, e adiei uma semana para entregar. Também não vou contar mais nada. Não fica bem. Uma moça.
Mas chegou a hora que eu queria contar. Dizem que fazer exame de próstata é horrível. Acredito. Mas exames ginecológicos, juro, é quase a mesma coisa.
Primeiro, aquela mesa. Precisa abrir tanto as pernas da gente? E tão lá no alto? O pior é que o nosso bum bum fica voando, no ar. Não sei se dá para entender a posição, mas que não tem nada embaixo dali, não tem. Nem onde se agarrar, de medo de cair. Daí entra uma mocinha, com um aparelho de plástico que abre e fecha na mão e fala para você: a senhora fica bem relaxada.
Relaxada?
Impossível, mocinha. Mas se a senhora ficar relaxada dói menos. Bom, isso quer dizer que dói de qualquer jeito. Dói mais ou dói menos, mas ela sabe que alguma coisa dói. Então relaxar para quê? Fiquei toda retorcida, gemendo. E ainda tive que ouvir da doutora no fim: escuta, toda vez que você faz esse exame é esse escândalo? Saí dali emburrada.
Passei para um outro. Uma máquina apitava sobre mim, me pesquisando. Tinha que ficar imóvel, parecia que me imprimiam ou me passavam por fax. Deve ser a mesma sensação que sente a folha de papel.
Esperei mais um tempo, lendo revista. Veio a moça, berrou meu nome. Senhora, agora as mamas. As mamas o quê? É, inventaram esse nome agora. Sempre ouvi falar que a gente tinha “peito”. Mas agora é “mama”, e o exame consiste em fazer um belo dum esmagamento do teu peito. Eu, que tenho pouco peito, nunca vi uma coisa igual. Parecia que tinham passado um rolo compressor sobre as minhas “mamas”, coitadas. Ficaram enormes, planas. Tão diferentes, que mereciam mesmo um outro nome. E eu em pé, de braços abertos. Numa pose, digamos, bem ridícula. Tenho certeza que as atendentes do laboratório saem de vez em quando da sala para não cair na gargalhada na frente da gente.
Aí veio mais um exame, esse, olha, a coisa mais esquisita de todos. Entrei numa salinha, veio um doutor. Ele primeiro ficou passando geléia na minha barriga, ultrassonando. Era geladinho. Gostoso. Ele escorregando, aqui e ali, digitando num computador do meu lado. Bem, achei que tinha acabado, ele me deu um papel e me instruiu: limpe o abdômen, vá ao banheiro, esvazie a bexiga e retorne aqui. Voltar? É. Temos (eles tem mania de falar tudo no plural, repara) mais um exame. Interno.
Interno?
Achei esquisito, desconfiei. A mocinha, ajudante dele, me explicou. É um ultra som lá de dentro, senhora. Lá de dentro? É. Teu médico pediu. Bom, voltei do banheiro, esvaziada e intrigada. O doutor sentou, fez uma cara seríssima. Olhei para a mocinha ao lado dele. Minha cúmplice. Foi quando ele pegou uma camisinha, e abriu. Juro! Camisinha de verdade! Colocou num... num... numa coisa parecida com aquilo mesmo. Mas igual um mouse, ligada num fio no computador. O que era aquilo...? E na maior cara de pau, encheu de geléia por cima e me mandou relaxar, de novo. Eu, hein? Fiquei mais dura que estátua. Ele não olhou minha cara, pois era tudo muito profissional. Mexia para lá e para cá, parando às vezes para teclar no computador. Olha, realmente, é muito esquisito. Queria morrer de vergonha daquela relação tão íntima com aquela máquina. Dizem que isso é muito comum hoje em dia, não é? Sexo por computador. Mas essa coisa é nova, e muito mais intensa. Chama-se sexo... com o computador.
Será que ele estava conectado na internet?

sexta-feira, 10 de dezembro de 2004

o avião do luiz


vruuuuuuuuum...

O Luiz, meu sobrinho, aos quatro anos foi andar de avião.
- Luiz, que bacana - falou minha mãe para ele - Você lá no avião, voando rápido lá no céu, feito um foguete, vruuuuuum, vruuuuuuuuum!
- Não, Vó... – ele explicou, balançando a cabeça e imitando um avião com a mão bem devagar – O avião não anda rápido não. A gente olha pela janela e vê: ele anda beeem devagarziiiinho... beeem devagarziiinhooo...

É, Luiz. Tudo é uma questão de ponto de vista.

A HETEROCAMA


uma heterocama

Passei a manhã toda procurando camas para um cliente.
Eu tinha que achar duas bicamas e dois beliches de um certo tamanho, uma certa madeira, de um certo preço e com uma certa data de entrega. Sai zanzando por São Paulo, época pior não existe, dezembro, chuva, trânsito, pessoas desesperadas, enlouquecidas, taradas, sei lá.
Eu no meio das compras natalinas por conta das tais bicamas.
- Vocês tem bicama? E beliche?
- Tem bicama aqui? Posso ver?
- Alô, oi moça. Estou procurando bicamas. Tem?
Depois de umas vinte lojas, eu não agüentava mais falar aquilo. Sabe quando a gente fala muito uma palavra e ela perde o sentido? Depois de dois dias repetindo “bicama, bicama, bicama” eu comecei a estranhar.
Bicama?
Palavrinha mais feia essa.
Hoje entendi porque ela me incomoda. Bicama parece uma opção sexual de cama, entende? Bicama parece um móvel erótico, ou uma cama para bisexuais.
Bicama.
Heterocama.
Homocama.
Eu, hein.
Cada uma que passa na cabeça da gente. Acho que é culpa do clima de natal.

desânimo...


august rodin - "fatigue"

A Maria acaba de entrar aqui.
- Ô lúcia, o que eu tiro para o almoço? E para o jantar?
Quem é mulher, dona de casa, profissional e mãe sabe.
É é desanimador saber antes tudo que você vai comer de almoço, lanche, jantar.