segunda-feira, 30 de abril de 2007

a senha


Sábado a noite minha mãe me ligou. Estava com dores fortíssimas. Corri na casa dela e achei melhor levá-la a um pronto socorro. Passamos a noite em claro para depois descobrir que era pedra-no-rim. Bom, pronto socorro sempre demora uma eternidade. Assim como eu sei que um cinema demora cerca de duas horas, que fazer a unha demora mais ou menos meia hora e que a fila minhoquenta do meu banco demora uns quarenta minutos, sei que de um pronto socorro você não sai em menos de 4 horas. Pronto socorro é um pouco pior que peça do José Celso e show do Hermeto Pascoal. Como chegamos lá perto da meia noite, percebi que não ia dormir aquela noite. Mas mãe é mãe e a gente faz qualquer coisa por elas. Sem reclamar.
Cartão do convênio, ficha, enfermeiro, feriado, gente bocejando, área restrita, um acompanhante por paciente, sempre a mesma coisa. Depois de um tempão, lá veio a médica de salto alto e toda maquiada. Ai que raiva, eu estava horrorosa. Pacientes e acompanhantes de pronto socorro estão sempre de roupa velha em cima de pijama, repara. Olha, sinceramente, eu acho que médico de pronto socorro deveria trabalhar sempre de pijama para deixar os pacientes menos envergonhados.
Foi ai que começou a batelada de exames até descobrirem o que era – embora eu, ela e meu cunhado (que veio ver se estava tudo bem) já soubéssemos que era cólica renal. "A senhora tem que ir na secção de diagnósticos para pegar a autorização para o raio–x", falou a enfermeira me dando um papel. Lá fui eu para o local, a direita-esquerda-reto no final do corredor-à esquerda de novo. Foi ai que aconteceu a coisa. A coisa engraçada.
Entrei numa sala enorme, cheia de cadeiras de espera. Eram cerca de duas da manhã, e tudo estava completamente vazio. Vivalma no local. Será que era ali mesmo? Sai e achei um segurança. Apontei a porta de vidro: ´"é aqui a secção de diagnósticos?". "Ésimsenhora". Voltei, fiquei parada no meio do salão, estranhando, quando surgiu um rapaz atrás de um dos vinte guichês vazios. "Oi". Sentei na frente dele, estava um silêncio sepulcral no local. "Oi, boa noite", ele disse. "Preciso da autorização para esse exame", expliquei. Ele olhou o papel atentamente. "Oquei. A senhora tem senha?".
Estranhei. Senha? Que vinha a ser aquilo? Senha secreta? "Não", respondi, "que senha?". Ele suspirou e balançou a cabeça. Eu devia ter feito alguma coisa erradíssima, pela reação dele. "Então a senhora tem que ir de novo até a porta e pegar a senha na máquina. Lá do lado da porta tem uma máquina de senhas, a senhora aperta um botão e a senha sai", ele explicou.
Retruquei, cansada. Que saco. "Precisa mesmo? Não tem ningué...". Ele me interrompeu, seríssimo. "Precisa". Voltei para a porta bufando, lá longe, e peguei um papelzinho em forma de unha com um número: 36. Voltei e, quando ia entregar para ele, ele fez um “stop” com a mão espalmada, me mandando parar. Parei, ele apontou um painel do outro lado da sala. Esperei, não era possível. Olhei o painel, quando de repente uma luz se acendeu, um bip alto tocou e eu li: 36.
Ele me sorriu. "Agora a senhora pode vir", ele disse. Me sentei novamente na frente dele, que estava satisfeitíssimo de ter conseguido que eu cumprisse o ritual corretamente. Resolvi não implicar, afinal, minha mãe precisava do exame.
Voltei mais cinco vezes ali para pegar autorização para ultrassom, para tomografia, para exames de sangue e urina. Nas outras vezes, embora também não houvesse ninguém na sala além de nós dois, cumpri o cerimonial imposto pelo rapaz com presteza, vendo-o cada vez mais feliz ao notar que eu havia entendido corretamente o protocolo da coisa. As senhas 37, 38, 39 e 40 foram todas minhas. Da terceira vez, na senha 38, como ele estava ao telefone, eu até me sentei numa das cadeiras, aguardando o bip e lendo uma revista. Ele ficou felicíssimo, notei. Sei lá. Tem gente que gosta das coisas em ordem, fazer o quê. Ele daria um excelente diplomata, pensei. Não, não me amolei não e não provoquei o moço. Tem gente que é assim, que gosta de cumprir as regras, de fazer tudo certinho. Senha, bip, número, pois não senhora, trouxe a carteirinha? Saímos de lá de manhã, eu e minha mãe sem dores, ainda bem. Na saída até pensei em voltar ao moço do diagnóstico para dar um tchau, mas desisti. Acho que despedidas não deviam estar no protocolo dele.

sábado, 28 de abril de 2007

quinta-feira, 26 de abril de 2007

a peça, enfim

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Ontem consegui desfazer o mau olhado que me assombrava desde quarta passada (vide post anterior) e fui novamente com meu amigo Antônio Rocco ao Sátyros para assistir a peça que perdemos na semana passada por causa do dramaturgo e hipnotizador Mário Viana. Chegamos cedão e corremos para perto do sino. A mocinha do caixa nos reconheceu, e, simpática, falou que não precisávamos pagar nada. “Para vocês hoje é convite”, ela disse, tirando sarro. Uau. Demais. Além da história virar post, ainda por cima rendeu. Vimos de graça.

A peça é sobre uma moça que chega bêbada a noite na sua casa com uma amiga e encontra o marido mais bêbado ainda no sofá. O marido é um escritor meio fracassado que não tem inspiração nenhuma. Eles tem um acordo: ela o sustenta contanto que ele escreva um livro onde ela é personagem. A casa é uma quitinete super bagunçada, e em cena estão todos bêbados, porém as bebedeiras são ao contrário: enquanto as duas estão pra lá de animadas, o maridão está completamente despencado e depressivo. A esposa do cara, que deve ser casada com ele há tanto tempo quanto eu sou com o Zé, o vê naquele estado e fica furiosa. Álcool sempre potencializa briga de casal, fazer o quê. Começa um diálogo daqueles de casais casados há duzentos anos, aquela coisa chatérrima e sem fim, com jogo de palavras e ceninhas e tal. A outra mocinha, a visitante, uma fulana meio bocó-de-mola, no começo passa a fazer gracinhas com o marido esquisitão e arrogante da outra, mas leva uns chega-pra-lá, fica sem graça e resolve que vai embora. Ouve protestos da dona da casa, que, para mantê-la ali, a seduz diante do maridão. Os três passam a estabelecer um tipo estranho de relação alcoólica, uma lavagem de roupa suja total entre o casal assistida pela mocinha. Numa certa hora a discussão chega num limite e a mocinha bocó-de-mola, que está ali de gaiata, descobre que foi abduzida pela esposa, pois o casal meio que combinou de trazer um terceiro elemento para casa para inspirar o cara para escrever o livro. Daí a bocozilda, quando sabe disso, começa a passar mal e corre para dar uma vomitada no banheiro. A cena escurece e na cena seguinte o casal está sentado no sofá olhando um corpo coberto no chão com um lençol branco. É uma cena estranha, porque parece que eles mataram a bocozilda, mas daí a gente vê que não é isso. Na cena seguinte, que na verdade acontece antes da anterior mas na peça é depois (o Rocco falou que isso se chama in-ver-são), a gente descobre que a bocozilda foi ao banheiro, escorregou e bateu com a cachola na privada. Ela entra sangrando na sala da quitinete, fala coisas meio lelés e catapimba, cai no chão, morta. Nessa hora a peça acaba.

Eu pensei umas coisas e vou falar aqui. A peça é bacanérrima, tem ótimos diálogos e atores sensacionais, mas estranhei um pouco esse final. Achei que foi um final meio sem fim. Sei lá, será que acabar uma peça "no nada" não virou uma solução moderna de resolver o fins de histórias sem se comprometer? Vai ver que é chique a coisa de acabar no... nada. Porque caramba, imagina uma fulana morrer na sua casa. Coisa mais horrível uma pessoa morrer na sua casa, gente, não gosto nem de pensar, imagina o tamanho do estress pós traumático e a conta do analista. E se alguém morre na sua casa, na minha opinião, a bebedeira acaba na hora. Ninguém fica bêbado com um morto na sala, nossa, acho que eu e o Zé íamos pirar com isso. A pessoa acorda, sei lá, grita, chama a polícia, esconde o cadáver, foge para o Uruguai. O Rocco falou que, se isso acontecesse com ele, ele ia tentar dissolver o morto no ácido, mas achei essa solução bem inverossímel, porque é impossível uma loja que vende ácido para dissolver corpos ficar aberta durante a madrugada. Mas nada disso: na peça o casal fica lá, discutindo a relação no sofá com a pobre da bocozilda morta no chão. Tadinha. Que idéia mais maluca essa de achar que se alguém morre você não se desembebeda. Não sou crítica nem nada, mas sério, achei esquisito esse final-sem-fim. Uma morte, gente. Será que a morte não era real e sim uma metáfora e eu não entendi? Ou será que eu que sou meio bocozilda e não entendo de peças modernas, que acabam no nada, com escritores fracassados e alcoólatras em quitinetes? Uau. Vai ver que é uma putz coisa chique peça que acaba no nada de escritor fracassado com alcoólatra em quitinete e eu aqui falando mal do final da peça. Desculpa o mau jeito, mas foi isso que eu pensei.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

uma cidade branca

E onde será isso?
(versão da foto melhorada e carinhosamente desesverdeada pelo grande a. )

Sempre fico impressionadíssima quando vejo São Paulo vista de cima. O que, aqui em baixo, nos parece uma cidade triste e cinza pálido, de cima parece um enorme chão verde, vermelho e cinza de onde nascem um monte de estranhas torres brancas. Acho que é isso que impressiona. De cima São Paulo é muito mais branca do que a gente imagina. E de cima São Paulo não tem fim.

hoje franka voou sobre nossa verde São Paulo


Onde é?

terça-feira, 24 de abril de 2007

olha o email que eu recebi da libf

leiam o frankamente... leiam o frankamente... leiam o frankamente...

CURSO HIPNOSE CONDICIONATIVA
REGISTRO IGAC-MC: 4396/2006
A última palavra em hipnologia

Esta é uma terapia eficiente na resolução das questões psíquicas de cada indivíduo, sem a necessidade de “investigar” a vida de uma pessoa, o seu passado, chegando ás causas dos problemas (registros mentais negativos), sem resgatar traumas, nem revivenciar os abalos emocionais (sofrologia), abreviando os tratamentos. Foi nesta perspectiva que Crozera estudou e implementou um meio para chegar às causas, indo até os registros mentais negativos, conseguindo "bloqueá-los" na mente, desta forma resolvendo problemas comportamentais e diversos transtornos emocionais, fazendo uma espécie de rastreamento na mente (consciente e inconsciente), indo da vida intra-uterina até o momento presente, num curto espaço de tempo. Assim o professor Luiz Carlos Crozera encontrou uma brilhante forma de proporcionar ao ser humano, equilíbrio emocional, motivação, elevação da auto-estima (fundamental em qualquer tipo de tratamento e patologia, tanto de ordem física como psicológica, elementos indispensáveis para que o organismo humano funcione adequadamente, inclusive no campo imunológico), projetando a verdadeira “saúde”, onde nenhum componente químico pode entrar – “na mente humana”. Esta é uma solução inovadora, que substitui técnicas de regressão (Hipnose Clássica), assim como aplicação de metáforas (Hipnose Ericksoniana) e incontáveis métodos adaptados pela psicologia, aos poucos vai conquistando espaço nos mais variados segmentos da saúde (clínica integrativa), na educação, desportes, recursos humanos e criminalística.

curso em único nível - do básico ao avançado - intensivo
SÃO PAULO - CAPITAL
(MATRÍCULAS ABERTAS)
Dias: 04, 05 e 06 de maio de 2007
* 15 vagas *
Total máximo de aluno em sala de aula: 15 pessoas
(as vagas são garantidas somente para as primeiras 15 pessoas que efetivarem a matrícula)
Certificado pelo Instituto Brasileiro de Hipnologia

PÚBLICO ALVO
Profissionais de todas as áreas da saúde, blogueiros, educadores, dramaturgos, recursos humanos, criminalistas e, técnicos desportistas, possuir mais que 21 anos, ter cursado ou estar cursando nível universitário

LOCAL
Alameda Barão de Limeira, 592
Campos Elíseos - São Paulo
(Perto da Folha de São Paulo - 200 metros do metrô Sta. Cecília)

DURAÇÃO
30 horas (presenciais, em sala de aula, sendo 50% teoria e 50% prática) + estudo pela Web Apostila em site exclusivo para alunos + 100 horas para estudo de 5 casos reais, com assistência on-line, para apresentação de monografia simplificada + direito a reciclagem do curso em qualquer período e localidade, pagando apenas a taxa de matrícula + divulgação no Catálogo Nacional dos Hipnólogos Condicionativos.
Dia 04 de maio: das 09:00 às 19:00 horas
Dia 05 de maio: das 09:00 às 19:00 horas
Dia 06 de maio: das 09:00 às 19:00 horas

INVESTIMENTO
Matrícula : R$ 150,00
Curso: R$ 750,00 (entrada mais 2 cheques de R$ 250,00)
Pagamento à vista= 10% de desconto= R$ 675,00
* Material didático (web apostila), aulas teóricas com show, 50% de aulas práticas, coffee break, 90 dias de assistência on-line pós curso, divulgação no Catálogo Nacional de Hipnólogos Condicionativos (consultar Catálogo - Brasil - Portugal).

ALUNOS EM RECICLAGEM PAGAM APENAS A TAXA DE MATRÍCULA
MINISTRANTE
Prof. Luiz Carlos Crozera
(Autor das técnicas de Hipnose Condicionativa e Diretor do Instituto Brasileiro de Hipnologia)

INFORMAÇÕES
Instituto Brasileiro de Hipnologia
E-mail / MSN Messenger: instituto_hipnologia@hotmail.com
Web: http://groups.msn.com/hipnoseclinica

segunda-feira, 23 de abril de 2007

uma pergunta


Uma pergunta nadaver. Alguém sabe me dizer a espessura da linha do Equador? É uma coisa fininha, no solo, ou uma linhona grossa, proporcional à escala do globo terrestre? Eu acho que é uma coisa fininha, tipo-pulável, mas a minha amiga Sílvia me convenceu que é uma linha enorme, grossa, uma linha que, se passar dentro de uma cidade, tem a espessura de diversos quarteirões. Ela disse que a gente fica "dentro" dela e que demora um tempão para atravessar. Quem tem razão?

sexta-feira, 20 de abril de 2007

um dois três, sono profuuuundo...


Foi na quarta feira passada, antes de ontem. Sai toda animada no fim da tarde daqui dessa minha casa longíssima do centro para assistir uma peça nos Sátyros, lá na praça Roosevelt. "Impostura", da Marici Salomão, uma das peças que faz parte da mostra "sete autores, sete diretores". Cheguei cedão, passei e peguei o meu amigo Antônio Rocco no escritório dele, compramos ingressos e ficamos esperando ali, na porta, tagarelando. Foi quando apareceu um amigo dele, um outro diretor da mostra, o Mario Viana, e passamos a conversar com ele. Um cara divertido, engraçado. Foi quando aconteceu um negócio inacreditável. Quando eram sete horas, o Mário falou: "vamos entrar?". Levantamos mas, quando vimos, já era. Fomos informados pela mocinha simpática da bilheteria que não dava mais para entrar. Não deu pra acreditar. Tínhamos perdido a peça, segundo ela porque não ouvimos o sino. "Sino?", perguntei, "que sininho é esse?". Ela mostrou um sinão enorme, tipo de igreja, ali do lado. Aquilo devia dar um putz badalão. Bloooong.... "E eu badalei duas vezes", ela falou. Nos olhamos. Céus, como não ouvimos um badalo daquele tamanho? Como não vimos que a cortina abriu, como não vimos nada se estávamos a três metros de tudo aquilo? Parecia uma coisa assombrada, porque assolou nós três ao mesmo tempo. Uma das pessoas se distrair vá lá, mas as três? Na porta? A cinco passos da cortininha? Fiquei frustrada. Pensar que cruzei a cidade, que cheguei 45 minutos antes. Pô. Tentamos convencer a moça, ela foi categórica. Explicou que para se passar para a platéia, no Sátyros 1, é preciso cruzar o palco e isso é proibido. A mocinha, diante da nosso espanto, resolveu mostrar. Abriu a cortininha fazendo "shiiiu" e olhamos o palco lá no fundo. É. Já tinha começado mesmo. Visualizei uma luz forte e um homem sentado num sofá: era a nossa peça, sem a gente lá dentro. Pegamos nosso dinheiro de volta, desenxabidos, olhando um para a cara do outro e olhando o sinão. "Olha, eu acho que Sátyros está mal assombrado, gente", falei. "Alguma força maior, do além, nos mandou não ver a peça, está na cara". Eles concordaram, melhor não mexer com espíritos. Sentamos numa mesinha e ficamos nos olhando, até que o rosto do Mário se iluminou. "Ei, vocês não querem fazer outra coisa?", ele perguntou. E nos convidou para ver a pela dele, "Carro de Paulista", que estreava aquela noite no Teatro Folha. Acabamos indo, foi divertidíssimo. Bom, gente, mas avaliando depois, encasquetei. Não sei. Será que esse Mário não fez de propósito? Pensa bem. Acho hoje que o que houve tem a ver com ele. Será que ele não foi até a porta da peça, nos hipnotizou, nos distraiu e roubou dois espectadores para a peça dele? Áhá! E será que ele não faz isso todos os dias que tem peças dele em outros teatros? Áhá! Basta um curso básico de hipnose, que deve ter de monte por ai. Um, dois, três, sono profuuundo. Uau. Olha que idéia boa para conseguir público. Esse Mário é mesmo um gênio.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

o súbuüfêr*

Acabei de chegar de uma reunião. Para quem não sabe, sou arquiteta. Atualmente não faço projetos e sim gerenciamento de obras, tem um monte que eu cuido. É um trabalho meio administrativo e pouco criativo, mas foi o que surgiu um dia na minha vida, foi conveniente por causa de um monte de motivos e acabei me enfiando nele de corpo e alma. O bom é que eu tenho que escrever bastante, coisa que eu gosto.
Mas mesmo assim eu tenho que participar de um monte de reuniões de projetos. E hoje em dia, falando sério, tem muito mais equipamentos e tecnologias nas obras do que paredes e tijolos. É o mundo virtual se sobrepondo ao mundo real também nas casas, prédios e escritórios. Assim, somos obrigados a conviver com termos que não usávamos anteriormente em reuniões, textos e telefonemas.
Hoje, na tal reunião, discutíamos os aparelhos de som, áudio e vídeo de uma casa. A arquiteta ia desenhar os móveis e um engenheiro explicava como os aparelhos iam funcionar e quais as dimensões de cada um. E dá-lhe termos em inglês e palavras esquisitas. "Qual desses é o súbuüfêr?", alguém perguntou. Percebi então que a reunião inteira começou a falar essa palavra: súbuüfer, súbuüfêr, súbuüfêr, um repetindo o outro. Ficou aquele murmúrio pela sala, súbuüfêr pra cá, súbuuuüfer pra lá. Achei engraçado e entendi uma coisa. É que tem palavras no mundo que são uma delícia de falar. Súbuüfêr é uma delas. Sai facinho da boca e murmura super bem, além de proporcionar um excelente ar de tranquilidade na conversa, pensa bem. Interrompi e comentei isso, e imediatamente todos passaram a repetir a palavra feito um mantra e rindo: "súbuüfêr...". Olhei para todo mundo e perguntei se alguém tinha súbuüfer em casa. Sério, das cinco pessoas presentes, ninguém tinha. "Além de ter palavra boa, é coisa chique", comentou o engenheiro.
Gente, um dia eu quero ter um. Apenas para chegar em casa, olhar para ele e falar: oi, súbuüfêr...
* subwoofer

quarta-feira, 18 de abril de 2007

os tatu-bola



Acabei de receber um e-mail de um amigo de infância contando que ele foi convidado para uma comunidade no Orkut chamada “cadê o tatu bolinha”. Ele ri e comenta “Vcs se lembram deles? A gente achava eles o tempo todo, faz tempo que não vejo um”. Nossa, me impressionei. Cadê?
Ele se lembrou da infância porque soubemos que demoliram, no prédio onde morávamos, o páteo onde brincávamos. O que era antes um lugar para as crianças dará hoje lugar a um grande número de vagas para os moradores – ora, hoje em dia todo mundo tem ao menos dois carros, diferente daquela época. E as crianças? Ora, as crianças de hoje tem atividades o dia todo e vídeo-games em casa, pra que pátios? Não sei se é para achar isso triste. É a realidade, os tempos mudam, mas pensa, as crianças continuam felizes pra burro.
Mas me lembrei da minha infância nesse prédio. O edifício era um típico prédio desses dos anos sessenta, de esquina, com pilotis, sem muros e três alas, cada uma com um elevador. A construção fazia um “u” onde se viravam todas as áreas de serviço, e no meio havia o tal pátio onde brincávamos e andávamos de bicicleta. Era um lugar generoso, com árvores, jardins e arbustos. Sempre morei ali, até me casar. Apesar de não ter uma infância bucólica, em um bairro residencial cheio de casas, numa fazenda ou no interior, sempre fui muito feliz nesse prédio. Quando crianças vivíamos no tal pátio, eu e minha irmã e uma outra pobre coitada as únicas meninas num edifício infestado de moleques muito, mas muito levados. Quantos? Creio que cerca de vinte, todos grandes amigos até hoje. Depois de adolescentes passamos do pátio, lugar de criancinhas, para as muretas da frente, viradas para a rua, no prédio ainda sem aquelas grades horríveis. E seja lá ou cá, e até mesmo nas jardineiras das janelas, lá estavam eles. Aquele monte de tatu-bola. Sério, eram muitos, a gente encontrava um deles a toda hora, para colocar o dedo e vê-los encolher-se, redondinhos, pretinhos. Minha infância foi infestada de tatu-bola (alguém sabe como é o plural?), tive um amigo que encheu um vidro com eles e nos assolava com aquilo. Hoje estamos adultos, o pátio se foi e sério. Caramba, e cadê os tatu bola? Eu também nunca mais vi um deles.

terça-feira, 17 de abril de 2007

uma velha loba do mar

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Depois do post de ontem, onde confessei que a canoa virou não por-deixar-ela-virar, mas porque a franka-não-soube-remar, achei que devia fazer alguma coisa para recompor a imagem da grande navegadora franka. Assim, fui à caça de algumas ilustrações onde ela fez grande sucesso sobre a água para provar a todos que o trágico acidente documentado aqui foi um fato isolado.

Reparem. Franka tem total domínio do mar, como mostra essa foto. Dirige lanchas com presteza, tarjada, olhando para o lado, num barco sem direção e rindo.


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Nessa segunda imagem reparem a velocidade que a blogueira está no seu fantástico pedalinho-cisney particular. Notem a traquilidade das suas feições ao dirigir a embarcação, notem que é ela que comanda o barco e que dá as ordens. Todos sabemos que um dos transportes marítimos mais perigosos atualmente é o pedalinho-cisney, pois é quase impossível enxergar qualquer coisa dentro de tão estranho e disfarçado veículo.
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Portanto, está mais do que confirmado que o que houve no domingo foi uma mera casualidade. Espero que todos entendam. E para completar o acontecido, segue uma imagem publicada numa conhecida revista do resgate da blogueira-sem-remos sendo retirada do alto mar da represa.
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(Nossa, é esquisitíssimo e total bobajada essa coisa de fazer post em terceira pessoa de você mesma. Na verdade, depois da queda eu já não sei mais bem quem sou exatamente eu, se a Lúcia, se a franka, se essa boneca ai. Gente, relevem)

segunda-feira, 16 de abril de 2007

franka também rema (?)

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Foi ontem, numa viagem à uma cidade próxima de São Paulo, casa de amigos, um domingo lindo de sol. Piscina, jardins, churrascos, banhos de sol e esportes aquáticos. A família de Franka, animada, resolve convidá-la para remar com eles num passeio na represa. Assim, a blogueira Franka (a do no meio no barquinho), animada, aceita, crente que assim poderá entrar na turma dos famosos e conhecidos remadores-blogueiros. Corajosa, faz um aquecimento e resolve se aventurar nas águas perigosas e lamacentas do local.
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Mesmo sem nunca ter remado na vida, a conhecida blogueira se anima. Sente-se perfeitamente a vontade no local, numa total intimidade com a água, com o barco e com o remo - praticamente uma continuação dos músculos dos seus braços. Afinal, sempre navegou na internet,e pensa que a água é apenas uma extensão do mundo virtual. Reparem na perfeição da sua posição no barco e no uso do equipamento. Nesse momento Franka se pergunta como nunca fez isso antes na vida.

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Mas de repente, um terrível acidente. Franka, animada, resolve fazer uma perigosa manobra para se exibir e acontece o pior. O barco perigosamente se vira e ela leva toda a família para dentro da água, deixando sua filha furiosa e o Zé gargalhando de rir. Notem nas águas revoltas que levaram a blogueira a essa terrível fatalidade, óbvio que isso poderia acontecer a qualquer um. É um momento de grande perigo, fotografado a muitos quilômetros de distância por uma outra blogueira-paparazzi, M.R.*.



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Mas o ser humano não perdoa certas falhas, e, mesmo depois de protestos, Franka perdeu a moral. Foi considerada culpadíssima pelo vexame do barco virado e responsabilizada pela aguaceira que entrou dentro (foi preciso muita força para tirar aqueles mil litros de lá) e não teve como se defender. É que tinha tomado uma reles e única e mínima caipirinha (aguadíssima) antes do passeio, o que a deixou sem defesas diante dos seus companheiros familiares. E assim (putz sacanagem, gente), notem nesse último quadro: a pobre Franka perdeu o direito ao remo, e teve que navegar feito uma criancinha, se segurando nas bordinhas da embarcação e, claro, p. da vida.
Além disso, até ontem a noite a pobre Franka ainda ouvia o eco da musiquinha cantada durante toda viagem de volta para São Paulo: a canoa virô, por deixar ela virá, foi por causa da MAMÃE que não soube remá, piriri prá cá, piriri prá lá, a mamãe é velha e não quer casar.
Ô tristeza, mas fazer o quê?
Gente, não sou ainda blogueira-remadora, mas não desisti. Alguém se aventura comigo de novo? Juro que caipirinha nunca mais.

*: fotos: monica ruiz (e mônica, não vá me colocar no faunoar sem tarja, hein?)

quinta-feira, 12 de abril de 2007

parabéns, anna!


Gente, e hoje é o aniversário da melhor comentarista de toda a blogosfera. Super parabéns, Anna, querida. Taqui um post todinho pra você de presente, sem tarja e com foto-coração. Aproveite. Beijos.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

perde, cresce, perde, cresce


Levei o maior susto. Estava fumando, sentada na varandinha da frente (agora que eu fumo eu uso muito mais as varandas que antigamente) onde tenho uma criação de lagartixas. Melhor assumir que é criação mesmo, já que convivo com elas há anos pacificamente e que, por causa disso, as conheço de longa data. Confesso que no começo já tentei exterminá-las, mas fui impedida pela falta de um veneno específico para tanto. Depois que percebi que elas não entravam na minha casa, preferindo a delas, dentro do ponto de luz, dei de ombros. Somos então duas famílias convivendo lado a lado: a minha e a delas. Porque sempre me pareceu óbvio que elas eram uma família. Papai, mamãe, filhinhos.
Mas domingo estremeci. Vejam pela foto que coloquei ai em cima: uma delas perdeu... o rabo. Caramba, como pode ter acontecido isso? Briga interna? Acidente? Ataque? Estrés?
- Mas olha, tá crescendo outro - falou o Zé, com propriedade - rabo de lagartixa cresce de novo, não sabia?
- Sério?
Coisa mais estranha que eu não sabia mesmo. Mas ele tem razão: é possível ver o cotoquinho nascendo, ontem até reparei que estava um pouquinho maior. Achei demais.
- Já pensou se a gente fosse assim? - comentei com meus filhos - Perde a mão, cresce outra, perde a perna, cresce outra, perde a cabeça, cresce outra, perde o cabelo, cresce outro, hummm, quem sabe loiro?
- Acho que nos humanos a única coisa que cresce de novo é o fígado, mãe - arriscou minha filha - e ainda assim se sobrar um pouco.
Pena, pena. Nisso vida de lagartixa é bem melhor que a nossa.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Bete, a feia


Sabia que uma hora não ia mais dar. Começou com um embaçamento, depois com uma aflição enorme para conseguir ler os cardápios dos restaurantes, depois um franzimento sem fim para ler o jornal de manhã. Logo em seguida, no outro mês, bastava alguém conversar comigo muito de perto que eu ficava atordoada. Dá pra você ir um pouquinho mais pra trás?, eu passei a pedir, envergonhada. No micro eu não notei, pois como é possível aumentar o corpo das letras, a gente tira de letra a coisa de escrever. Óbvio, pensei. Demora mais chega, não estou mais enxergando direito. Iii, filha, isso é vista cansada, falou minha mãe, e você vai ver, só piora com a idade. Ô droga, pensei, resignada. Logo eu que sempre me gabei da minha vista de lince. Compra um óculos de farmácia, me recomendaram. Escolhi o que tinha o grau menor de todos, com raiva daquilo, esperimentando escondida uns modelos horríveis no Drogão. Levei para casa, não adiantou nada. Além de ainda embaçar um pouco, dava uma putz dor de cabeça. Melhor ir ao oculista, falou o Zé, do alto dos anos seus óculos. Isso pode piorar.
Lá fui eu ler as letrinhas na parede. Assim melhora? Perguntava o cara colocando lentes na minha cara enquanto eu me embaralhava na leitura. E assim? Essa ou essa está melhor? Sai com a receita na mão e uma tristeza no coração. Pô. Entrei pela primeira vez numa ótica para escolher uma armação, achei a coisa muito mais complicada do que eu imaginava. Precisa ver o que fica melhor no seu formato de rosto, a mocinha explicou. Nunca tinha reparado no meu formato de rosto tampouco na relação do meu nariz com meu olho e minha testa. A senhora tem que ver se o óculos apóia direito no nariz. Tem gente que tem nariz mais baixo e o óculos fica caído, ela explicou, paciente. Tive o maior medo de ter nariz baixo. E se é e leitura a senhora tem que olhar por cima, então a armação não pode ser muito grande. Eliminamos mais da metade do mostruário da parede e ficamos somente com aqueles de formato de óculos de vovó. Mãe, compra um desses vermelhos, falou minha filha. Vermelho, filha, tá louca?, retruquei, querendo que uma armação que tivesse cor de pele para sumir no meu rosto. Escolhi o mais leve que consegui e o que tinha menos cara de vovó Donalda. Demorei duas semanas para ir buscar de raiva de ter que usar aquilo. Uma hora não deu mais para fingir que não era comigo. Aqui estou eu com ele do lado, relutando para não usar e fingindo que não é o alívio que é enxergar aquelas letronas. Desde então uma frase está retumbando sem parar na minha cabeça. Bete, a feia; Bete, a feia; Bete, a feia. Droga. Mil vezes usar tarja.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

mais sobre o tema: arco-iris


Ainda sobre o tema "arcos-íris em São Paulo", olha que demais essa foto que acabei de receber do Marcio, de um arco-íris sugido ontem, às 17h30, na Vila Madalena. Aliás, vou colecionar. Quem tiver, pode mandar.

domingo, 8 de abril de 2007

voltando de viagem


Um arco íris.






Um tipo de obelisco lá no fundo.








Um nó de viadutos incompreensíveis.









Uma raia bonita mas totalmente murada.
Chegar em São Paulo é exatamente assim.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

caramba, o homem ainda tá de roupão?

foto do estadão de hoje


Céus, gente, faz uma semana que esse homem tá de roupão no jornal! O pior é que é o mesmo, não acham que ele deveria ao menos mudar o modelo? Mas pensando bem, achei que foi a melhor saída, essa dele se fingir de doente. Passar vexame é horrível, a gente só deseja morrer e desaparecer. Eu faria a mesma coisa, obviamente, embora não sinta vontade nenhuma de roubar gravatas.
Uma vez ouvi uma história engraçada. Uma amiga da minha mãe, uma mulher muito chique e elegante, estava toda produzida e esbaforida entrando numa festa, com saltos altíssimos e uma linda saia esvoaçante, quando, diante de uma multidão, escorregou e se espatifou no chão fazendo um barulhão. A saia levantou, ela ficou com a calcinha a mostra, foi um vexame horrível. Ela conta que, na hora, por causa da vergonha, resolveu... resolveu... pensou bem, e resolver morrer. Estava bem, podia levantar, mas não se mexeu, como se estivesse desmaiada. "Eu, hein, abrir o olho e ver todo mundo me vendo daquele jeito?". Chamaram ambulância e tudo, e ela lá, fingindo. Só quando ela sentiu que estava sozinha numa salinha com um médico num hospital que abriu os olhos. Sim, sim, diante de certos vexames eu concordo, é melhor a inconsiciência, a morte, o desmaio, a doença. E sim, dá licença, óbvio que ele, hahaha, quis dar uma de malandro e pegou as gravatas. E céus, quanto tempo ele vai demorar pra tirar esse roupão?

quinta-feira, 5 de abril de 2007

lúcia, fala sério...



Recebi essa foto da minha cunhada, essa que está na foto rindo com meu sobrinho. Olha o nome que dono usou para batizar esse barco que ela achou sem querer. "Lúcia Fala Sério..."? Frankamente...

quarta-feira, 4 de abril de 2007

fazendo propaganda de cineminha hoje

Vou copiar aqui o post do carne-crua:
"presta bem atenção:
aquele mocó agradabilíssimo na rua rego freitas 454 - o cabaré teatro next - manda avisar por meio de seu bastante arauto/procurador, roccão da vila buarque, o seguinte:

Cinema no CabaréEspaço aberto para a exibição curta-metragista.

O Cineclube Vila Buarque tem o prazer de convidar você para conhecer nosso novo espaço de exibição. A partir de abril, em parceria com o NExT – Núcleo Experimental de Teatro, realizaremos semanalmente a sessão "Cinema no Cabaré", exibição de curtas no espaço do Cabaré do Teatro NExT, no coração de São Paulo. O ambiente é um misto de bar e palco para shows e agora abrigará também as sessões semanais do Cineclube Vila Buarque. Todas as quartas-feiras, das 19h30 às 21h00, exibiremos 3 curtas e você poderá assisti-los confortavelmente nas mesas, tomando uma bebidinha, batendo uma papo nos intervalos. E na inauguração, dia 4 de abril, a pipoca é grátis! Veja a programação abaixo:Em abril, ciclo "Ambiente-se"Dias 4, 11, 18 e 25 de abril (4as feiras) às 19h30Taxa de Manutenção R$ 2,00
Local: Cabaré do Teatro NExT. Rua Rego Freitas 454 – Vila Buarque

4 de abril (próxima quarta):
Ilha das Flores – Brasil, 1989Direção: Jorge FurtadoDocumentário, 12 min.Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho.
Surplus – Suécia, 2003Direção: Erik GandiniMúsica original: Gotan Project, David Österberg, Johan SöderbergDocumentário, 50 min.1/5 da população mundial consome 4/5 dos recursos do planeta e produz 86% de todo desperdício. O diretor explora o assunto através de muita música neste documentário com jeitão de videoclipe.
Das Rad – Alemanha, 2001Direção: Chris StennerAnimação, 8 min.Das Rad é uma animação sobre a passagem do tempo vista da perspectiva das pedras. Uma reflexão sobre a relação entre o homem e a natureza.
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ei, dizem que tem popica graaaaatiiiiissss!!!também dizem que tem barril de chopp novinho em folha, pronto para ser drenado (mas prá vocês não é na faixa não, na faixa é só prá quem faz propaganda do negócio e tem alma (exatamente o meu caso).
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claro que com tamanhas benesses é impossível faltar."
Concordo, a.
Vamos lá.

(olha o tamanho da sobrancelha do cara)


Mãe.
Oi.
Sabe aquele cara verde de um filme da sua época?
Não.
Um fortão, mãe. Verdão e fortão. Como ele chama mesmo?
O Hulk?
Isso, Hulk.
Que tem o Hulk, João?
Tem uma coisa. Sabe qual o meu sonho?
Fala.
Meu sonho é um dia ficar fortão, apertar os músculos e estourar uma camisa feito ele.
João, é horrível homem muito fortão.
Eu quero ficar fortão.
Você ainda não tem idade pra musculação, menino.
Mas você vai ver. Quando eu tiver vou estourar uma camisa, mãe. Vai ser demais.

terça-feira, 3 de abril de 2007

franka, rapper por um dia


Micro quebrado, tem um cara consertando. Tou no micro do João, só tem rapper aqui por todo lado. Na proteção de tela, nas laterais do micro, nas imagens, no quarto. Iiuânafãkiu, fãkiu, fãkiu so mãch. Gente, falamos depois.