segunda-feira, 29 de setembro de 2008

controlando os 'clics'


Engraçado. Teve uma festa aqui em casa e eu resolvi tirar fotos. Peguei a máquina e mandei as pessoas posarem. Tirei a primeira, clic, fui tirar a segunda... nada. Tudo preto na máquina. Engraçado, as máquinas de antigamente, aquelas legais de filme, nunca davam esses chabús de pilha. Ai que raiva que eu tenho de precisar de pilha. Aliás, não é raiva que eu tenho. É tensão. Eu tenho tensão de pilha. Sempre acho que a máquina vai parar de funcionar a qualquer momento. E ela sempre para.
- Gente, desculpa, podem des-posar que acabou a pilha.
Todo mundo parou de sorrir e se abraçar, aquela sem-graceza.
- Pilha, pilha, onde vou arrumar uma pilha - eu disse pra uma amiga.
- Você não comprou novas pra festa?
- Não. Pilha, pilha, deixeu pensar...
Olhei para cá e para lá.
- Ah, gente, já sei. O controle remoto, claro.
Essa amiga fez uma cara de espanto.
- Nossa, lúcia, sério que seu controle remoto tira fotos?
Hahaha. Claro, eu fico exibindo a minha super TV de LSD com full HD, isso que dá. Ora, se celular tira foto, porque controle remoto não? E pensem, não é impossível. Imagine que sensacional: você tira a foto com o controle e pimba! Lá vai a foto da festa pra TV. Uau, putis idéia. Como ninguém pensou nisso antes?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

um cabe, dois não cabe


- Mãe.
- Fala João.
- Vou te mandar uma coisa por bluetooth.
- Tá.
- Recebeu?
- Recebi e não entendi absolutamente nada.
- Viu?
- João, que é isso?
- Olha como fica um guardanapo grande de papel dentro de uma tampinha de coca-cola. Olha ai.
- Ah, claro, João. Incrível.
- Mas dois não cabem. Já tentei.

domingo, 21 de setembro de 2008

lúcia carvaaalho...?


Gente, que engraçado. Juro.
A Patrícia, minha adorável e talentosa amiga atriz, eu vivo falando dela aqui (é a rainha das vesguinhas) está fazendo uma peça atualmente e me chamou pra assistir: "A Reserva".
Ela contracena com a Irene Ravache (ô nome lindo de pronunciar, Ravachiiiiii... repitam ai comigo devagar, gente... Ravachiiiiiii...) e com o Evandro Soldatelli (um ator talentoso e liiindo, gente). Me falou que arrumava convite, quantos eu queria? Muito legal a Patrícia, claro que eu não ia perder. Jamé.
Fui com a minha irmã Ângela. Ângela = teatro. Chamamos nosso amigo Jorge. Eu, a Ângela e o Jorge íamos assistir a Patrícia. Perfeito.
Era longe pra caramba da casa da gente, mas descobrimos que era do lado de um metrô. Era só deixar o carro na estação Vila Madalena, zuuupt, chegar na estação Conceição, que é do lado do teatro. Putis programa divertido. Putis legal ir de metrô no teatro, mas chegamos 10 minutos atrasados e tivemos que sentar no fundão, não tinha como chegar nos nossos mega lugares-reservados. Mas o teatro é ótimo e fomos assistindo perfeitamente a peça, pipipi, popopó e tal. Até que uma hora começo a ouvir meu nome.
- Alô? Lúcia Carvaaaalho? Lúcia Carvaaaalho...?
Gente, tinha alguém falando meu nome, quem era? Quem me chamava?
- Lúcia Carvaaalho...
Olhei pra trás, não vi ninguém falando, olhei pra frente, pra a Ângela, nada.
- Lúcia Carvaaalho...!
Ai, cacilda, será que era meu celular? Pânico total. Claro, eu estava com a bolsa no colo, vai ver que atendi uma ligação sem querer apertando a bolsa e apertei o viva-voz junto! Ai! E a pessoa estava ali me chamando, de quem era aquela voz? Nossa, eu me atrapalhei muito. Eu tinha que desligar aquilo logo, imagina, um homem me chamando alto no meio de uma peça que fui convidada? Já tinha chegado atrasada, já tinha comido bala com a Ângela e o Jorge e feito barulho, meu celular tocar era demais! Céus! Começei a fazer uma dança estrambótica na cadeira tentando achar o aparelhinho, mas caramba, eu tinha certeza que tinha desligado, que vexame!
Foi quando olhei pro palco. O ator lindo subitamente entra em cena com um celular na mão e entrega pra Irene Ravachiii:
- Mãe, fala aqui já com Lúcia Carvalho, a decoradora, ela pode ajudar você com a decoração do restaurante.
Quêêê?
Hããã?
Eu liguei pra Irene Ravachiii? Olhei meu celular na minha mão, desligado. Ai que confusão que se instalou na minha cabeça, gente. Pirei, pensei. Não sei mais o que é verdade o que é ficção e tou com alucinação de gente que quer ficar famosa.
Mas aí a Irene Ravachiii, ela não, a personagem Vera (que, na peça, não queria redecorar o restaurante dela), pegou o telefone e falou, mega brava, engraçada pra burro:
- Olha aqui Lúcia Carvalho, eu não quero decoração porcaria nenhuma, não quero saber de você ô Lúcia Carvalho, pelo amor de Deus, isso é coisa do meu filho, tchau Lúcia Carvalho!
E plum, desligou na minha cara.
Gente a Patrícia Gasppar é louca.
Meu Deus o que eu tava fazendo ali dentro da peça da Irene Ravachiii?
Hahaha. Engraçado demais alguém fazer gracinha comigo.
Pois olha. Adorei essa coisa quase caipira de brincar, que a gente perde quando mora em São Paulo, quando acha que a gente está longe dos outros aqui. Pra mim, que sou apenas essa blogueira Franka, imaginar que um dia a Irene Ravachiii ia falar o meu nome num palco era a coisa mais inviável do mundo. Mas olha que coisa. Somos todos muito normais, gente. Eu fiz esse blog um dia, conheci aqui dentro o irmão da Patrícia, o Neil, conheci a Patrícia na casa dele e lá vou eu pra dentro da boca da Irene Ravachiii. Isso é muito legal, gente. É legal porque é normal. Porque afinal, se eu coloco o nome da Patrícia aqui, porque ela não pode colocar o meu nome lá?
Tudo bem Irene, eu te desculpo por me tratar tão mal no telefone. E gente, vão lá ver a peça, vai que a Irene, a Patrícia e o Evandro usam meu nome até o final da temporada. Imagina.
E se eu ficar famosa um dia, acho que vou chamar Lúcia Carvachiii. Carvachiii. Carvachiii...

TEATRO COSIPA CULTURA
Avenida do Café, 277
Jabaquara - São Paulo/ SP
TEL.: (11) 5070-7018
Detalhes: vá de metrô

sábado, 20 de setembro de 2008

fanta! hahaha!


Mais um post em tua homenagem, Careca. Isso mesmo, Careca. Franka não, Fanta! E sim, é FANTÁstico como uma bobagem puxa a outra. Hahaha. Fanta é demais.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

pó?



Ontem, no carro, com a cara toda cheia de base, atendi o telefone. Falei, falei, falei, e, quando fui desligar, um putis susto. O telefone estava todinho cheio de base, eca, urgh, uma meleca total. E foi nesse momento que tive o clic: gente, será tudo que se encostasse em mim ficaria com cor de base? Imagine quando eu chegasse na reunião e cumprimentasse as pessoas: eu ia decalcar base em todo mundo? Crédo. Fiquei imaginando todas as pessoas da reunião, os engenheiros e arquitetos, todos com a metade da cara cor de laranja, como eu, que horror. Não, não estava certo aquilo. Óbvio que fiz alguma coisa errada e passei base demais. Ou sei lá. Vai ver que a base era diluível e usei o produto puro, só pigmento, pensei. Resolvi tirar, claro, e pensei que quando eu parasse num farol, removeria aquilo com um lencinho de papel. Parei, procurei, mas cadê? Nada de lencinho nem no porta luvas nem na minha bolsa. Foi quando vi a flanelinha. Sim, um dia em comprei essa flanelinha de uma senhorinha, num sinal. Olha que maravilha, é laranja da cor do meu rosto, pensei, rindo. Tirei todo excesso de base com ela. Quando coloquei no banco do passageiro, li o que estava bordado nela. Pó.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

a base


Foi assim. Um dia, a troco de nada, reparei que minha pele do rosto tinha um monte de manchas. Sério, umas manchas. Não eram pintas, eram manchas, como se fossem ilhas submersas vistas de cima no Google Earth. Clarinhas, irritantes, coisa de gente velha total. E a cada vez que eu me olhava no espelho, meu rosto parecia mais manchado, as malditas surgindo. Sabe quando você encana com uma coisa. Ó, céus.
Dermatologista, pensei. Marquei, fui, mostrei pra doutora. "Iii, isso é tranquilo de tirar", ela me acalmou. Marcamos o dia, voltei e ela fez uma verdadeira caça às cracas. Tirou tudo - além das manchas, todas as pintinhas e as verruguinhas que encontrou. Mas foi só no meio do procedimento (porque as pessoas chamam essas coisas de "procedimentos"?) que lembrei de perguntar:
- Doutora, vai ficar marca?
- Até secar vai, Lúcia.
- Quanto... tempo?
- Dez dias, uma semana.
Ó não. Eu não esperava por isso.
- Hummm... e que tipo de marca?
- Umas casquinhas - ela explicou - que depois saem. Mas fica tranquila, dá pra disfarçar com base, a gente coloca aqui pra você ver quando acabar. A base tem filtro solar 5000, pois você não pode tomar sol por um tempo.
Base? Olha gente, eu confesso que nunca usei base. Sempre achei esquisito passar aquela massa corrida na cara como se eu fosse uma parede. Aliás, já cansei de falar que não sei me maquiar até hoje.
Depois do procedimento, a mocinha ajudante da médica veio e me masseou. Como o rosto ardia um pouco, achei aquilo até aliviante. Um tipo de proteção. No espelho dela ficou legal. Desencanei. Mas veio o pior no dia seguinte. Acordei como uma dálmata, toda pintada de casquinhas. Como não tomo sol há tempos e tenho cabelo escorrido, me senti uma dálmata Mortícia Adams. Mortícia Dalmadams. "Ah, a base!", lembrei. Abri o tubinho e começei a passar. Em uma das bochechas, na outra. Na testa, no queixo, no nariz, nos cantos do lado, no pescoço. Gente, onde pára? Interrompi e olhei no espelho. Ixi. Não sumiu lá muita coisa, e resolvi aplicar mais para diminuir o contraste. Bochecha, queixo, nariz, em volta dos olhos, pescoço. Olhei de novo. A cor do meu lábio me pareceu mais clara que o rosto, assim resolvi passar um batom. Desci para a cozinha.
- Mariaaaa. Pega seus óculos e me olha.
- Olha o que.
- O que acha do meu rosto?
- Vixe, o que você fez, lúcia?
- Base, Maria. Passei base pra esconder as casquinhas das manchas que eu tirei. Está estranho?
- Nossa se está. A sua cor, né...? Olha... - ela arrumou os óculos e me olhou bem de perto - ... as casquinhas quase não dá pra ver, mas você parece aquelas amigas da sua avó.
- Ai Maria. Tou com cara de revestida?
- Ué. Tá com cara de quem pôs base. A sua cor, lúcia.
Fazer o que. Franka, dez dias laranja.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

hibernação

Franka de recesso hoje. Re-excesso. Preciso de um tempo pra organizar um pouco esses meus textos todos.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

franka é desvendada no WT


Fui descoberta. Estava outro dia lá na entrada do prédio, observando as pessoas estacionando os carros quando ele chegou sorrateiramente.
- Lúcia.
- Oi.
Era o gerente do prédio onde eu trabalho. O nosso concierge, que vou chamá-lo aqui apenas de R.. Outro dia pensei em dar para ele a crônica da revista Morar onde falo dos concierges, mas desisti pois ele estava de férias. Ele se aproximou de mim e falou bem baixinho. Seríssimo, cochichando.
- Descobri tudo sobre você.
- Hã? Como assim?
Nossa, que susto. Parecia que eu tinha cometido um crime. Ele continou mantendo o clima de mistério e sussurrou.
- A sua identidade secreta, Lúcia.
Disfarcei. Ele poderia estar blefando.
- Do que você está falando? Não estou entendendo nada.
Ele riu de lado. Notei que ele realmente sabia da Franka, mas continuei negando.
- R., o que você descobriu?
- Ora, o "frankamente..."! E li tudo que você já escreveu sobre o nosso prédio, sobre os médicos, sobre os pacientes, sobre o café Freud, sobre mim.
Céus. Por essa eu não esperava.
- R., e você... e agora? Bom, gostou?
- Claro - ele respondeu, animado - mas escute Lúcia... eu acho que temos que manter isso em total segredo. Para você poder escrever sobre todos e não perder a espontaneidade. Fique tranquila que eu não vou contar nada para ninguém. Isso ficará entre nós e entre...
- E entre quem...? Quem mais sabe?
- Olha, quem sabe sou eu, a Beth do café e os porteiros. Todos adoraram suas crônicas e combinamos de não contar nada.
- Você... a Beth e os... porteiros?
Gente, que engraçado isso. Me senti o próprio Batman, com o Alfred escondendo a minha verdadeira identidade e minha bat-caverna.
- É. E olha, eles disseram que se você quiser, pode até colocar uma foto deles no blog.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

vesguinhas

Quem começou foi minha amiga Patrícia. Ela fez esse iutube que está ai em baixo, que foi parar no blog do Neil, hilário, dela cantando vesguinha.
No sábado teve aniversário do Caio, meu cunhado. No meio da festa, começamos a tirar fotos. "Agora do aniversariante com a Ângela". "Agora vocês três". "Agora só as mulheres". A gente sempre acaba selecionando grupos para tirar fotos. "Agora vamos tirar uma foto vesguinhas?" sugeri às amigas. "Vesgas?", elas estranharam. "Vesgas, dai a gente manda pra Patrícia". "Ôba!", elas toparam. Minhas amigas são pra lá de animadas. E olha ai o resultado. Eu sou essa do meio de baixo. Sério, sou muito boa nisso, não acham? Se fosse um campeonato, será que eu ganhava?

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

as coisas que eu percebo


Um dia o Pecus percebeu uma coisa divertida, que ele contou no blog dele: "é engraçado quando você vai digitar a sua senha nas leitoras de cartão, ao pagar uma compra, e a pessoa que “passa o cartão” ostensivamente olha para outro lado, para deixar bem claro que não tem a intenção de ver o que você está digitando. Mais engraçado ainda é este gesto estranho se incorporar à rotina profissional de uma pessoa, que passa a repeti-lo centenas de vezes por dia". Pois assim como ele, volta e meia eu percebo umas coisas super estranhas que muita gente faz (inclusive eu) sem perceber.

1) Hoje, mais uma vez eu estava na frente do prédio, no solzinho, fumando. É, gente, pachencha, voltei a fumar e juro que vou parar em breve. Mas confesso que esses momentos de pura divagação e observação me fizeram ver que todas as pessoas que estacionam o carro na rua fazem o seguinte: balizam, desligam o carro, saem, trancam a porta, saem de perto e, quando estão há dois metros ou três passos do carro, olham para trás para ver se o carro está lá mesmo. Hahaha. E só depois que se certificam que ele está lá mesmo que saem andando.

2) Na praia ou piscina, uma mulher encalorada se levanta para entrar no mar ou na água. Levanta, arruma o biquini no bum bum, arruma o biquini na frente, arruma o sutiã do biquini. Só depois anda. Na hora de sair da água, o mesmo procedimento. Arruma, arruma, arruma. Nunca vi mulher que não arruma. Mesmo as de biquinão. Hahaha.

3) Aqui no prédio tem uma porta automática de correr de vidro preto na entrada com um sensor de presença que abre a porta quando você está há uns dois metros. Até a porta se abrir a pessoa se vê refletida no vidro, mas quando a porta se abre a pessoa, que estava andando em linha reta, vai para o lado, para continuar se vendo refletida no vidro. Como a gente gosta de se ver refletido em vidro, fala a verdade.

Hahaha. As coisas que eu percebo, só isso.

a mesa de cada um




Desde que mudei de escritório tenho uma mesa impecável. Toda limpinha e sem pilhas, a não ser uma pequenina no cantinho com um caderno, uma agenda que ganhei do seu Paulo da pedreira e uma agenda de telefones sobre uns poucos papéis. Porta lápis, porta retrato dos filhos, calendário, telefone. A cada dia que chego aqui e vejo a minha mesa tenho orgulho de mim mesma. Eu nunca tive uma mesa arrumada na vida.
Vivo fazendo coleções inúteis que sempre coloco na minha frente, já trabalhei com milhares de bonequinhos de Kinder ovo me olhando, já trabalhei rodeada de pedras, já trabalhei com santinhos e talismãs rezando por mim e, claro, pilhas e pilhas de papéis e pastas. Daqueles que tornam a sua mesa um pântano completo onde tudo chafurda. Quantas vezes, por conta dessa minha desorganização, já não perdi contas ou documentos. Quantas vezes já encontrei, na procura por alguma coisa, um jornal de dois meses atrás. Agora não. Agora quando eu tiro migalhinhas da minha mesa. Às vezes lembro: ufa, nenhum bonequinho de kinder, nenhuma bobagem, nenhum enfeitinho. Alívio. Na hora de ir embora, coloco todos os papeis e plantas todos de volta no gaveterinho de pasta arquivo, guardo a caneta, desligo o micro e olho para minha mesa. Nem parece que é minha. O que será que isso significa na minha vida? Ou será que tenho Toc?

terça-feira, 2 de setembro de 2008

quem peidou no elevador?



Aqui no prédio do trabalho temos três elevadores, dois sociais e um de serviço. Acho super engraçado esse lance de elevador social. Quem será que deu esse nome? Social? Porque um elevador tem que ser um lugar chique? E se eles tem que ser chiques, porque não são chiques? Olha, tava pensando. A gente pode ser tanta coisa na vida... Eu podia ser dona de uma lavanderia, podia ter uma loja de pedras, ou... ora, eu bem que podia ter uma empresa de decoração e ambientação de elevadores. Coisa de altíssimo padrão de qualidade, gente. Elevador mega blaster luxo france, mega luxo las vegas, social completo, social hippie, social relax. Porque não? Assim como existem designers de carro, de roupas, de tênis, de móveis, eu bem que podia ser uma arquiteta de elevadores. Putis, eu ia inventar uns modelos estrambóticos e coloridos, inovações como elevadores com banquinhos ou sofás, elevadores todos de couro, elevadores psicodélicos com luzes, elevador neon (promoção), elevador estofadinho (híbrido socia l& serviço), elevador ecológico. Olha a idéia, nossa... Bem, idéia é que não falta. Tomara que muitos empresários chiquésimos leiam o "frankamente..." e me procurem.
Bom, eu tava falando aqui do prédio. Outro dia entrei no elevador social com um cara de manhã. Olhei e reparei nele escondida. Chave na mão, pastinha, cheiro de colônia. Hummm. Condômino, psiquiatra. Os pacientes não tem chave, óbvio. Sou boa em personagens.
Bom, eu e ele calados, super sem graça como sempre, sem se olhar e tal, quando o cara se aproxima do painel de andares e... "clic". Juro, gente, ele apertou um dos botões como se ele fosse um... ascensorista. Assustei. De repente o ventilador ligou e começou a maior ventania. Acho que eu pulei pra trás e ele reparou, porque me olhou e imediatamente explicou:
- Calor aqui. Ufaaa.
Nesse mesmo dia peguei o elevador com a M. para tomar café no Café Freud.
- M., olha - e... "clic", liguei o ventilador.
- Ai!
- Ventilador, M. Eu tava aqui de manhã e veio um cara e ligou.
- Como é? O cara tava sozinho com você e ligou o ventilador, assim, do nada?
- Ué, ligou. Ele falou que tava com calor.
- Calor? Hahaha.
- É. Era um cara íntimo de elevador, ligou assim como se fosse a sala casa dele, M., você precisa ver que...
Ela me interrompeu.
- E você acreditou, Lúcia?
- Se eu o que? Acreditei?
- Lúcia, vai ver que ele peidou.
- M., ... peidou?
- Tá na cara - ela disse, decidida, suspirando, sabida - Ora, pra que alguém liga um ventilador no elevador? E nossa, que prédio bom esse nosso. Tem até ventilador anti-peido no elevador.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

hâ?


- Tia.
- Fala, Luizinho.
- Posso pegar seu celular?
- Pode, claro, Luiz.
- Vou tirar uma foto tia, posso?
- Pode, claro.
Acabei de descarregar. E alguém me explica o que é isso, por favor. Hahaha.