Meu carro estava fazendo um barulho estranho na parte de baixo. Alguma coisa quebrou, estava na cara. Além disso, um caminhão entrou na traseira dele na marginal na semana passada e amassou o porta malas. E, para completar, o rádio parou completamente de funcionar, como se tivesse morrido. E pior – com o meu disco novo da Marisa Monte dentro.
Está lá enterrada viva, a Marisa, coitada.
Embora ele estivesse andando, não agüentei e, apesar de estar meio sem grana, levei para o mecânico na segunda. E como tem o vai vem dos filhos, nesses dias fiquei com o carro do Zé e ele a pé.
Acontece que o carro do Zé é bem melhor e mais novo que o meu. Não é um carro sofisticado ou metido, é bem pé de boi, mas tem uma coisa que o meu não tem e que eu adorei. É um botãozinho no chaveiro que tranca o carro de longe, tipo um controlinho remoto. Caipirice minha, tá na cara, mas fazer o quê.
Eu sei que é até meio bobo falar de uma coisa que quase todo mundo usa, como esse chaveirinho com botão que tranca, mas aquilo me deixou encantada esses dias. Fiquei doida pra ter um daquele no meu carro, mas é acessório absolutamente inútil e sei que jamais vou colocar. Aliás, no meu carro eu preciso trancar porta por porta. E não reclame dona lúcia, eu sempre penso, dê graças a Deus que você tem carro.
Mas voltemos ao botãozinho. Nesses dias que usei o carro do Zé, me exibi o que pude com aquele botãozinho. O legal é fazer a coisa como se fosse a coisa mais normal do mundo, dando as costas para o carro. Assim, eu, bem metida, dei as costas para o carro do Zé e cataclunqui no estacionamento do shopping, cataclunqui na porta da obra, cataclunqui na frente de casa da minha amiga, até cataclunqui na minha própria garagem. Ô barulhinho bom esse da trava das portas.
Cataclunqui.
Foi quando eu pensei como seria legal ter um desses na porta da minha casa também. Ontem, quando olhei a maçaneta e a fechadura da minha velha porta de madeira, notei como aquilo era obsoleto. Afe, que absurdo, uma porta sem botãozinho de cataclunqui. Depois pensei em todas as portas da casa e em todas as coisas que a gente abre, inclusive a geladeira, o fogão, o microondas, os armários. E em todas as coisas que a gente liga, como o computador, a televisão, o Ipod, o celular. Fiquei um bom tempo pensando como seria bom se as coisas todas essas coisas tivessem esse maravilhoso e sensacional botão do cataclunqui. Me imaginei poderosíssima com um chaveirinho universal, trancando o carro de longe, abrindo a porta de casa de longe, destrancando a geladeira de longe, ligando o computador de longe, cozinhando de longe, ouvindo música de longe, numa sucessão de cataclunquis comandados pelo meu controlinho. E o melhor é que é obvio que esse pensamento não é absurdo, pois todas essas coisas são factíveis de serem executadas por um controlinho.
Só postar que eu não sei como seria. Talvez se eu deixasse os posts prontos, eu poderia dar as costas para o computador e...
Coisa mais idiota, eu sei, mas me pareceu o máximo.
Cataclunqui.
Embora ele estivesse andando, não agüentei e, apesar de estar meio sem grana, levei para o mecânico na segunda. E como tem o vai vem dos filhos, nesses dias fiquei com o carro do Zé e ele a pé.
Acontece que o carro do Zé é bem melhor e mais novo que o meu. Não é um carro sofisticado ou metido, é bem pé de boi, mas tem uma coisa que o meu não tem e que eu adorei. É um botãozinho no chaveiro que tranca o carro de longe, tipo um controlinho remoto. Caipirice minha, tá na cara, mas fazer o quê.
Eu sei que é até meio bobo falar de uma coisa que quase todo mundo usa, como esse chaveirinho com botão que tranca, mas aquilo me deixou encantada esses dias. Fiquei doida pra ter um daquele no meu carro, mas é acessório absolutamente inútil e sei que jamais vou colocar. Aliás, no meu carro eu preciso trancar porta por porta. E não reclame dona lúcia, eu sempre penso, dê graças a Deus que você tem carro.
Mas voltemos ao botãozinho. Nesses dias que usei o carro do Zé, me exibi o que pude com aquele botãozinho. O legal é fazer a coisa como se fosse a coisa mais normal do mundo, dando as costas para o carro. Assim, eu, bem metida, dei as costas para o carro do Zé e cataclunqui no estacionamento do shopping, cataclunqui na porta da obra, cataclunqui na frente de casa da minha amiga, até cataclunqui na minha própria garagem. Ô barulhinho bom esse da trava das portas.
Cataclunqui.
Foi quando eu pensei como seria legal ter um desses na porta da minha casa também. Ontem, quando olhei a maçaneta e a fechadura da minha velha porta de madeira, notei como aquilo era obsoleto. Afe, que absurdo, uma porta sem botãozinho de cataclunqui. Depois pensei em todas as portas da casa e em todas as coisas que a gente abre, inclusive a geladeira, o fogão, o microondas, os armários. E em todas as coisas que a gente liga, como o computador, a televisão, o Ipod, o celular. Fiquei um bom tempo pensando como seria bom se as coisas todas essas coisas tivessem esse maravilhoso e sensacional botão do cataclunqui. Me imaginei poderosíssima com um chaveirinho universal, trancando o carro de longe, abrindo a porta de casa de longe, destrancando a geladeira de longe, ligando o computador de longe, cozinhando de longe, ouvindo música de longe, numa sucessão de cataclunquis comandados pelo meu controlinho. E o melhor é que é obvio que esse pensamento não é absurdo, pois todas essas coisas são factíveis de serem executadas por um controlinho.
Só postar que eu não sei como seria. Talvez se eu deixasse os posts prontos, eu poderia dar as costas para o computador e...
Coisa mais idiota, eu sei, mas me pareceu o máximo.
Cataclunqui.