domingo, 30 de setembro de 2007

explicações sobre o aniversário do zé



O aniversário foi do Zé. Sexta, 28. Em vez dele cozinhar, como sempre, a Silvia gentilmente fez para ele de presente um maravilhoso risoto de aspargos. A receita dela? Sei lá. Isso é com ela, eu não sou boa de cozinha. Fui com elas fazer as compras, e sei que compramos aspargos frescos, arroz de risoto, queijo ralado, caldo de galinha, vinho branco e uma quantidade enorme de uma cebola estranha, meio albina. Sei também, porque ela me explicou, que ela fez o risoto como fazem os italianos, colocando água devagar e mexendo. Segundo ela, o outro modo de fazer era colocar toda a água de uma vez, tapar e não mexer. Sei que ela tirou uma parte dos aspargos, a parte de baixo, aquela parte mais gorda, e deu pra Maria fazer uma sopa essa semana. Não usou. As cabecinhas, aquela parte de cima mais verdinha e cheia de dentinhos meio crespinhos, ela colocou no final junto com o queijo porque eram mais macias. Ela resolveu também fazer umas raspas de abobrinhas, tipo batatas chipis, no forno, depois de salgadas com sal grosso, mas uma amiga nossa ficou conversando com ela sobre o filho mais velho dela, da Silvia, (que faz arquitetura), e sabe como é mãe ouvindo de filho, a gente distrai. Quando ela viu - pimba - queimou todas as hostiazinhas de abobrinha, que viraram carvãozinhos. Uma pena, todo mundo teve que consolar a Silvia. Quem cozinha sabe como é triste queimar uma comida, eu entendo. Além desse risoto, o Zé resolveu que ia fazer uma passarinhada. Falou que tinha a ver o aniversário dele essa coisa de passarinhada, e eu resolvi não perguntar muito, ele sempre tem razão. Comprei um monte de galetinhos, a Maria temperou de manhã e cozinhou desde as seis da tarde. Quando a Silvia chegou, ela colocou em cima de cada um dos galetinhos uma rodela de limão siliciliano. Olha, gente. Ficou muito chique aquele monte de galeto vestido de biquini-siciliano. Na hora de comer, alguém disse que tínhamos que comer o galeto junto com o limão assado. E com casca e tudo. Uau, era azedinho, demais com a carne mole de cozinhar horas e horas. Quanto à bebida, no começo o Zé fez dry-martinis pra todo mundo menos pra mim, que não bebo gim. Uma receita dele, que adora tal drinque e que já promoveu diversos festivais de dry-martini aqui em casa, fazendo sempre a maior zona na copa, chacoalhando a coqueteleira pra cá e pra lá, usando um negócio que se chama noiliprá e umas gotinhas de angostura, depois jogando tudo fora - pois diz que é só pra dar gosto no copo (!!!) - colocando o gim tanquerei e finalizando com azeitonas no palito com casquinha de limão. Esqueci de tirar foto dos dry-martinis, desculpa, pois estavam lindos nos copos de dry martini (é impressionante uma pessoa desorganizada como eu ter copos de dry martini, e eu tenho!). Mas durante o jantar, eu e a Silvia resolvemos que era melhor tomar vinho. Ficamos horas e horas no supermercado conversando com o seu Severino, o cara da seção dos vinhos, avaliando preços, promoções, países, uvas, idades (eu seu entender nada e acreditando em tudo) e, claro, nomes de vinhos - depois que descobrimos que não tinha o vinho "Ventus". Quem via de longe pensava: olha, duas verdadeiras enólogas-literárias. Acabamos optando por esse vinho, o vinho "Encuentro": garrafa linda, preço ótimo e nome perfeito pra um aniversário do Zé. Aliás, era uma delícia e acabamos com as garrafas. Na sobremesa, além de abacaxi-puro (que eu amo), tinha o bolo da minha mãe, aquele do post anterior, que acabou todo. Pedi pra minha mãe a receita dele hoje, e ela me disse que o segredo desse bolo é que ele é feito com iogurte, não com leite, e batido no liquidificador, e não na batedeira ou na mão. Ah, lembrei. Tão vendo aquelas folhinhas verdes enfeitando a mesa, num potinho, na foto de cima? São uns mini-mangericãos que a Silvia achou no super e que ela usou tipo um arranjo de mesa. Teve gente que se confundiu e comeu, o que não significou problema algum, pois mangericão é super comível e eu nem dei bronca na convidada que comeu. Só não contei que não tava lavado, porque só percebi isso agora. Foi assim o aniversário do Zé.


sábado, 29 de setembro de 2007

aniversário em casa


A melhor coisa dos aniversários é ficar ciscando o bolo em volta da mesa com um monte de amigos até de madrugada. Putis, que bolo bom.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

o homem xadrez



- Hoje eu fui fazer uns exames – ele contou.
- Exames de quê? – ela estranhou – Tá doente?
- Não, coisa de rotina. Esses exames de coração, sabe? Aquele aonde eles te enchem de fiozinhos no peito e ficam te monitorando na esteira.
- Ah, sei. Mas eu nunca fiz. Mulher tem que fazer?
- Sei lá. Já é minha segunda vez – ele explicou para ela – E, para colocar os fiozinhos, eles depilam os pelos do peito do lugar. Depilam aqui, colam o fiozinho, depilam ali, colam o fiozinho – ele contou, mostrando os locais sobre a camisa - um monte de fiozinhos que eles colocam.
- Você fica todo ligado na máquina. Entendi.
- Ouve só. Bom. Quando eu cheguei em casa, tava todo melecado. Fui tomar banho. Foi quando me olhei no espelho. O meu peito. Nossa, eu tava xadrez... Completamente xadrez: com pêlo, sem pêlo, com pêlo, sem pêlo. Hahaha. Uma coisa horrível. Aquele quadriculado enorme.
- Hahaha – ela também riu da imagem que apareceu na cabeça dela – e... dava pra “jogar” em você?
- Não ri, aquilo estava horrível demais. Não dava para ficar daquele jeito. E então eu fiz uma coisa que eu nunca fiz - ele contou, animado e corajoso, empertigando-se - peguei a espuma e o aparelho de barba e chuuuuu... Resolvi tirar todos os pelos do peito. Tooodos. Enchi tudo de espuma, olhei para o espelho e... lá fui eu.
- Uau. Raspou tuuudo?
- Médio. Fui raspando, raspando, raspando o peito todo no maior capricho. Uma hora parei, lavei e me olhei no espelho.
- E?
- Nossa, eu fiz um quadrado. Um putis quadradão. Olha. Você não imagina. Ficou mais ridículo ainda. Eu ali com aquele quadrado branco sem pêlos no meio do peito.
- Hahahahahaha.
- Me deu um desespero. Peguei de novo a espuma de barba e o barbeador. Espalhei tudo, tudo, pela barriga toda, pelo corpo.
- Hahahahahahahahahaha.
- Nossa, que coisa engraçada. Sabe qual era a sensação? Que eu nunca ia achar um fim, e que a cada raspagem eu ia ter um desenho no corpo. Onde isso acaba? Onde, onde, ooonde?, eu pensava, desesperado, pra onde eu tou indo? O que eu vou virar? Meu Deus! Eu ali me depilando todo! De uma hora para outra! - ele me olhou fixamente - Olha. Sério, não ri. Parecia um pesadelo.
- Hahahahahahahahahahahahahahaha.
- Mas naquele momento não dava mais para voltar atrás! Fui indo, indo, indo... – ele contava, dramaticamente, como se passasse um barbeador imaginário no próprio corpo - indo, indo...
Ela interrompeu.
- Tá, tá. E como você parou?
Ele suspirou, conformado.
- Bom. Tirei tudo da barriga, tudo o que havia, e resolvi uma coisa: que eu ia tirar dos lados e de cima até onde eu enxergasse.
- Hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah.
Aquilo era hilário.
- E tirei até aqui ó – ele me mostrou a parte de cima do ombro – Quando eu não enxerguei mais, parei. Olha. Eu tou com um tipo de depilação bem, mas bem estranha... - ele respirou fundo - mas é o máximo que um cara sozinho e solteiro como eu consegue chegar para não ficar xadrez e quadrado.

três zero vinte um


Adoro esse cara. E dei pra isso. Tirar fotos da TV.
Hoje lembrei de uma coisa que eu odeio. Sei que é errado não gostar dessa coisa, porque a pessoa não tem culpa, mas para mim é irritante e volta e meia eu me pego... gritando. É o seguinte. Eu tenho voz boa. Não sou fanha e não tenho língua presa. Falo direitinho, alto e com um bom tom. Não tem porque uma pessoa não me ouvir. Mas volta e meia eu estou no fone e acontece.
- Então anote meu telefone ai - eu digo.
- Pode falar, Lúcia.
- Três zero vinte um sete sete oito dois.
- Como que é? Três zero o quê?
- Vinte e um.
- Três zero vinte um e?
- Sete sete oito dois.
- Trê zero vinte um seis sete o quê?
- Sete sete.
- Três zero vinte um seis sete sete sete?
- Não. Três zero vinte um sete sete oito dois.
- Não era seis sete?
- Não, é sete sete.
- Sete sete e?
- Oito dois.
- Repete do começo. Como era?
- Três zero vinte um...
- Calma. Três zero vinte um e?
- (suspiro).
Nossa, isso me tira totalmente do sério. Porque cargas d´água tem gente no mundo que não entende telefone e que fica embaralhando os números, confundindo tudo?
Implicâncias da Franka. Até que não é tão grave.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

uma conversa entre adultos

(não tem)

- Fiquei pensando outro dia como é horrível ser tartaruga.
- Qual o problema da tartaruga?
- Pensa que horror você nunca, mas nunca na vida, poder sentir o friozinho de uma água gelada na sua barriga.
- Ué. Mas tartaruga vive entrando na água. Sempre sente o friozinho.
- Mas tem o casco. E o casco não deixa a barriga da tartaruga entrar em contato com a água assim, tipo direto.
- O casco de baixo da tartaruga é a barriga da tartaruga.
- Não, você não tá me entendendo. A tartaruga tem aquele casco grosso. Onde ela vai tem que levar aquilo, aquele troço pesado, um martírio. Não sente nada na pele.
- Que pele?
- Ué. A pele dentro do casco.
- Peraí. Não tem pele nenhuma dentro do casco da tartaruga.
- Como não? Claro que tem.
- Você acha que uma tartaruga é um bicho assim... solto dentro de um casco? Que é um bicho pelado "vestido" com um casco?
- E não é?
- Claro que não. O casco é a pele dela no corpo. Pele fininha ela tem nas pernas, nos braços e na cabeça.
- Não, não é possível... eu sempre pensei que... sério?
- Acho que sim, será? Agora sou eu que tou na dúvida. Mas acho que tartaruga é igual a siri, carangueijo. Que embaixo do casco tem só carne, orgãos, ossos. E não uma pele fininha. Senão alguém nesse mundo já tinha fotografado uma tartaruga pelada. Ora.
- Peraí. Casco é tipo unha. Não tem pele embaixo da unha?
- Não. Tem carne. Se a gente tirar a unha nasce uma pele, mas com a unha não tem pele.
- E se a gente tirar o casco da tartaruga?
- Acho que ela morre. Será?
- Não sei. Nossa, tive um pensamento completamente errado, então. Achei que a tartaruga era solta do casco.
- Não é não. Tenho quase certeza que ela é grudada. Isso dela ser pelada vem de lá dos desenhos animados que a gente assistia. Da nossa infância. Lembra daquelas historinhas que a tartaruga foi nadar e tirou o casco, que veio o macaco e roubou, trololó e tal?
- É. Que loucura pensar nisso só agora na vida. Bom, mas em todo o caso, o casco é grosso pra burro.
- É. Grossíssimo.
- Então ela continua não sentindo frio na barriga. Por causa da espessura do casco.
- É, nisso você tem razão. Tartaruga não sente mesmo frio na barriga. Tadinha.
- Dá na mesma. Com pele por baixo ou não.
- Nananinanão. Quase dá na mesma. Porque pensa: se fosse solto, entrava uma aguinha entre a casca e a pele. E quando ela saísse da água, ia estar cheia de água. Pesaaaada. E claro, ia sentir o gelado.
- Em todo caso, coitada da tartaruga, seja lá como ela for. Um bicho não poder sentir uma sensação de geladinho é uma pena e um bicho que enche de água por dentro também é uma pena.
- É. Coitada da tartaruga.
- Vamos depois procurar um corte transversal de uma tartaruga para tirar a prova. Será que a gente acha no google?
- Tem tudo no google. Basta colocar "tartaruga-corte-transversal" e achamos. Acho que não tem pele por dentro não. Quer apostar?
- Quero.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

ventus em perdizes


Elas me disseram que ninguém ia entender. Mas paciência, quando eu acho uma idéia boa, não tem nada que me tire da cabeça.
No mesmo lugar que compramos a goiabada da lata do post anterior, no bar da estrada quando fui viajar no fim de semana passado, resolvemos comprar vinhos. Na lojinha tinha um monte de marcas, mas nenhuma conhecida. Eu, a Silvia a Fran ficamos sem saber o que escolher. Foi quando eu vi esse vinho, Ventus, um vinho da Patagônia, mistura de 3 uvas, ainda por cima em promoção. "Ventus já, gente", eu resolvi. Assim compramos e levamos vinhos Ventus para a praia.
Aquele nome ficou martelando na cabeça da gente. Ventus, ventus, ventus. Foi quando reparamos na etiquetinha. Um desenho de uma arvrinha toda pra o lado, como se estivesse no meio de uma putis ventania. Engraçado demais um vinho com aquele nome, com aquela figura, e conosco naquela casa.
Três amigas e... ventus.
Ontem encontrei as duas de novo aqui em casa, para brindarmos o aniversário da Silvia, que foi anteontem. Lembramos da viagem e do vinho.
- Aquela arvrinha do vinho Ventus, vocês lembram? - eu disse.
- O máximo. Uma árvore com o cabelo todo para o lado! - falou a Fran.
- Parece aquelas estátuas do Palácio da Alvorada - lembrou a Silvia - As Iaras.
- É mesmo - lembrei - acho que vou fazer um post sobre o vinho Ventus!
- Boa idéia - falou a Silvia - e coloque a foto da estátua e a foto do vinho juntas.
- Peraí. Não tem muito a ver, gente. Nós somos três e aquela estátua só tem duas mulheres. E agora? - perguntei.
- Ora - a Fran resolveu - dá uma fotochopada e coloca mais uma mulher na foto. Outra Iara.
- Claro - me incentivou a Silvia - mas o vento tem que estar para o mesmo lado, hein?
- Ah! - lembrou a Fran - e não esqueça de colocar as nossas carinhas, tá?
- Gente - eu interrompi - ninguém vai entender nada, nada! Coisa mais maluca!
- Ah, Lúcia, deixa de ser boba - disse a Fran - você coloca a foto, escreve embaixo um texto e explica.
Pronto.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

credo em cruz



A gente tava na praia, a Silvia achou umas conchas. As conchas tinham um desenho bárbaro por dentro. Uns espirais. Ela se empolgou. "Tira uma foto dessas conchas pra mim e depois me manda?", pediu. Tirei a foto no meu celular. Mas. Afe, olhem essa foto, gente. Não retoquei nada. Nenhum fotochopezinho. Mas reparem que foto maluca, olha as cores que surgiram, que horror. Parece que eu morri, olha a cor da minha perna! Meu celular tira umas fotos super esquisitas. É como se eu não tivesse controle do que ele resolve. E ele resolveu que ia ser assim: eu ia ter pernas com uma cor de gente morta, a Silvia ia ter pernas de cor de areia, a mão da Silvia ia ficar roxa, a areia ia ser azul. Resolveu e pronto. Pode 3 peles terem cores tão diferentes? Pode uma foto sair assim? Jamais conseguiria tal resultado num fotochope. Engraçado. E confesso. Nem sei porque coloquei isso aqui. Acho que apenas porque é muito esquisito.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

olha as coisas que eu me meto


Ela me ligou um dia perguntando se eu toparia dar uma entrevista. Explicou que a loja Tokstok estava fazendo uma revista-catálogo, e que essa revista seria editada e publicada pela Editora Abril, onde ela trabalhava. "O que eu tenho a ver com a revista catálogo da Tokstok?", perguntei. "Você tem algum móvel da Tokstok na sua casa?", ela indagou. Ora, quem não tem? Quem, da nossa geração, não comprou alguma coisa nessa loja quando se casou? "Tenho um monte, claro", respondi. "São novos ou antigos?", ela quis saber. "Todos antiquíssimos", falei, "uns até bem despencados". Ela explicou, "vamos fazer uma matéria sobre pessoas que tem móveis da loja há muitos anos, a matéria se chama 'esse móvel tem história'. Estamos atrás de pessoas que contem as histórias desses seus móveis. Você quer contar?". Epa, contar histórias e me meter numa coisa divertida dessas é comigo mesmo. Topei na hora, pensando sobre qual "móvel" velho eu ia falar. Imagina que engraçado pensar um móvel velho meu da Tokstok na revista da Tokstok. Meio absurdo, mas demais. Rodei pela casa escolhendo, e optei falar do móvel que hoje é o bar do Zé. Compramos um dia para servir de guarda-louça, uns... duzentos anos atrás. Chegamos em casa para montar e estava escrito na caixa que aquilo era uma "biblioteca", ou melhor, uma "biblioteca exposant" (nome hilário para um móvel, aliás, pensem, aguém já viu um móvel que tem nome e sobrenome?). Mas mesmo sendo chamado "biblioteca", servia ao propósito que precisávamos: guardar a louça. Fomos mudando de casa, a tal da biblioteca exposant sempre indo junto. O pior foi que o nome ficou até hoje, impossível esquecer aquilo. A repórter gostou da idéia. Veio aqui de caderninho e com um fotógrafo a tiracolo. "Vamos tirar uma foto sua com o móvel?", pediu. Tai, ó, a minha matéria com direito a foto destarjada tomando cafezinho. Clicando na foto dá pra ler o texto. Hahaha. Eu e meu móvel na revista da Tokstok. Olha a frase das aspas. "A etiqueta dizia Biblioteca Exposant, achei engraçado aquele nome chique". Bem eu falando mesmo.
E em tempo: gente, ele enfim resolveu. O Márcio agora tem um blog! Demais! Podem conferir:

terça-feira, 18 de setembro de 2007

franka e a lata de goiabada

afe, ô coisa mais complicada que é colocar targinha em iutube...

Compramos, num posto da estrada, uma goiabada para comer de sobremesa na praia. A goiabada veio numa lata quadrada e funda, diferente das goiabadas em lata de antigamente, aquelas redondinhas iguais a uma pizzinha, da "Cica". Depois do almoço, abrimos a tal lata. Gente, é obvio que numa lata quadrada a goiabada é quadrada, dãr para mim, mas sério, olhar uma goiabada quadrada me deu o maior susto da paróquia. Goiabada quadrada? Foi quando essa coisa da lata de goiabada, esse lance do formato das coisas, me veio à cabeça junto com a minha profissão. Afinal, não parece mas eu penso em arquitetura o dia todo.
- Edu, olha... isso é igual ao que a gente faz... - e eu mostrei a lata para ele - veja, nós, arquitetos, fazemos apenas isso, latas de goiabada. Pense, nós, humanos, somos a goiabada. As nossas casas são as latas. A gente envolve as pessoas em recipientes. E é só isso. Se somos quadrados, nossas latas são quadradas, se somos redondos, as latas são redondas, e, se não somos nada, o arquiteto resolve como é a lata que ele vai nos enfiar.
- É mesmo... - ele riu.
- Agora, o maluco é que, quando vemos - como vimos aqui na praia outro dia - uma casa com cara de "lata de goiabada", daquelas casas que são como cubão enorme e moderno, a gente mete o pau, implica, acha horrível. Pensa que maluquice, somos completamente loucos! Fazemos latas de goiabada, mas fingimos que elas não são latas de goiabada. Não pode parecer lata, entende?
O Edu pensou melhor.
- Não, não é bem fingir. Nós disfarçamos as latas, é isso. É como comida, ninguém quer comer comida crua, carne crua. Tem qua caprichar bastante, transformar o desejo numa coisa bonita, gostosa de comer.
- Ora. Como o molho de tomate - disse a Sílvia - O molho de tomate é só tomate, e depois vira aquela maravilha.
- Isso mesmo - conclui - Nós, arquitetos, fazemos latas de goiabada com sabor de molho de tomate.
Mas na hora me veio uma estranha dúvida sobre essa estranha e esdrúxula teoria.
- Ou não?

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

fui


Gente, não dá tempo nem de responder os comentários do post anterior. Vou viajar pra Itamambuca. "Férias da mamãe II, o retorno". Vamos checar de novo aquela geladeira vazia. Té.

cada um com suas criações


Minha mãe inventou essa agora. Fazer roscas. Todo dia surge uma aqui, embrulhadinha. São grandes, enormes, olhem comparado com o telefone. Depois ela me liga e sempre falamos horas sobre a rosca do dia. "O que achou, filha?". "Demais, mãe, adorei. Já acabou, inclusive, os meninos devoraram". No dia seguinte a mesma coisa. "E a de hoje, lúcia?". "Hum, achei meio seca, mãe". "Ah, é, essa é feita com fécula de numseiquê. Porisso é mais seca". "Amanhã vou fazer outra receita que uma amiga me deu. Dai você experimenta". É assim. Uns fazem posts, outros crônicas, outros roscas. Importante é fazer. E saber o que você quer ser quando crescer.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

os caderninhos da franka


Esses são os caderninhos da Franka. O um, o dois e o quatro. Um e dois todos escritos e acabados, o 3 eu perdi quando estava pela metade e o 4 eu comecei agora.
Perdi o 3 há 20 dias, quando fui num blog-encontro. No dia seguinte estava arrasada. Como eu ia sobreviver sem ter um lugar para escrever as minhas idéias à noite? Eu nunca saio sem caderninho. Arrumei outro, o 4, e resolvi, pra não me sentir tão mal, que eu tinha que perder o caderninho 3 mesmo. Inventei para mim mesma que era esse o destino, eu perder aquele caderninho. Dai fui me convencendo. Que o caderninho 3 era ruim. Porcaria de caderninho. Que só tinha coisa ruim e assunto feio escrito nele. Que ele abria ao contrário. Que foi um caderno de uma época péssima da minha vida. Putis caderno urubuzento. Etc, etc, etc. Depois de uns dias, eu passei a achar até bom ter perdido. E na minha cabeça, enterrei o caderninho feito se enterram os mortos. Enterro imaginário, claro. Ufa, pensei.
Nesse dia do enterro, à noite, eu tive um pensamento e levei um susto. Nossa. E se eu encontro de novo aquele caderninho uruquento? Eu não queria mais ele de jeito nenhum, e imagina se ele volta feito um... defunto boiando? Passei a ter medo dele surgir. De eu encontrar em alguma bolsa ou embaixo do banco do carro. Olha. O que aconteceu comigo e com o caderninho 3 foi a mesma coisa que acontece com os humanos. Eu me separei do caderno, e quando a gente separa, a gente faz um esforço mental tão grande para acreditar que a outra pessoa é horrível que depois fica quase impossível voltar atrás. A gente fica se convencendo o tempo todo que a separação é a melhor coisa pra você, e as vezes, a sua argumentação para você mesma é tão boa, tão boa que você não quer mais ver o outro humano nem pintado.
Mas aconteceu. Ai. Ontem eu recebi um email do a. . "Franka, achei teu caderninho". Putz. Gente, o defunto boiou, a minha separação micou e agora eu não sei o que fazer. Aceito ou não o caderno 3 de volta na minha vida?

terça-feira, 11 de setembro de 2007

planta-perigo


Sério, o que passa na cabeça de uma pessoa que faz isso com a própria calçada? Fui outro dia a pé com meu filho almoçar no Shopping Villa Lobos e catapimba: olha o obstáculo que a gente encontrou. Andar na calçada parece desafio de video-game. Cada casa coloca uma calçada diferente, eu sempre impliquei com isso. Essa coisa da gente ir tropeçando nos pisos diferentes e irregulares. Um dia, anos atrás, fiz uma reclamação para o jornal porque era impossível andar com o Chico num carrinho de bebê na rua que eu morava. Me ligou uma repórter do Estadão, eu toparia tirar uma foto para uma reportagem? Concordei, me arrumei, arrumei o Chico, tiramos a foto, mostrei a buraqueira, aparecemos no jornal. Mas os buracos continuaram lá um tempão (nossa, um dia tenho que escanear e postar essa matéria um dia aqui). Depois mudei para perto da escola dos meus filhos e decidimos que eles iriam, claro, a pé para a escola. Comprei malas de rodinha, não duraram nem um mês. Como as calçadas variavam de tipo-altura-material, as malas pulavam e enroscavam. Muita gente inventa de fazer calçada como essa, com pedras soltas para as pisadas e grama entre elas, é horrível isso. Ninguém tem tamanhos de pisadas iguais e para carrinhos em geral é uma montanha russa. Desde então os meninos vão para o colégio com as malas pesadas nas costas, contrariando o que defendem os ortopedistas, mas não tem jeito. Andar de bicicleta, patim ou até correr também é um verdadeiro rali.
Mas isso eu nunca vi, gente. Olha essa foto. Estávamos andando e conversando, eu e o Chico, quando trombamos nessa situação. Afe. De um lado um emaranhado de plantas com folhas enormes, que parecem uns lençóis e de outro, essa planta esquisita, espinhuda e dura. Um perigo. Aqui, na minha rua, a dois quarteirões da minha casa, pô. Uma coisa, digamos, super perigosa - se eu fosse baixotinha provavelmente essa planta ia direto no meu olho, feito uma espada. Pensamos em reclamar na Prefeitura ou até colocar um bilhete na caixa do correio do meu vizinho, o que me pareceu uma boa melhor idéia. Mas independente da solução, que é fácil de resolver - ora, a agente Franka pode ir na calada da noite lá com sua poderosa tesoura de poda e clic-clic, fazer barba e bigode na planta-perigo - fico encasquetada com uma coisa: gente, será que o dono da casa não reparou que... não dá pra um ser humano normal passar nesses 10 cm que sobrou? O que passa na cabeça do dono dessa casa, pombas? Calçada pra ele é o que? Uma impressora onde passam folhas de sulfite?

domingo, 9 de setembro de 2007

ixi, franka deu um putis fora


Gente, sobre o post abaixo... "sexo oral" é o nome duma peça... que fora, que fora, que fora... Fui ontem nos Satyros assistir a uma outra peça, "El Truco", e, quando chego na bilheteria encontro esse cartão ai acima. Estranhei, nossa. Será que meu iutube tinha feito tanto sucesso que tinha até propaganda dele? Hahaha. Que nada. "Sexo oral" é uma peça que está passando lá, e era sobre ela que a moça queria falar com o Ivam. E eu achando... achando que... achando nada, dei sim um putis fora com esse post abaixo. Hahaha. Fora corrigido a tempo. Sexo oral não é sexo por telefone, ô Ivam. Sexo oral é uma peça! E querem saber? Óbvio que eu vou assistir "sexo oral".

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

ivam e o sexo oral


Eu tava nos Sátyros outro dia conversando com o Ivam Cabral, meu amigo, de quem sou discípula. Ele, de novo, o Ivam... Ele é sempre super assediado, conhece Deuseomundo e fala com Deuseomundo. No meio da nossa conversa passou uma moça, acho que atriz do grupo dele, e disse algo assim, rapidinho: "Ivam, tou indo embora, a gente se vê amanhã. Não esquece que temos aquela reunião e que precisamos urgente falar de sexo oral. Um beijo e tchau". E saiu andando pela calçada, toda pirilampa. Como se fosse a coisa mais normal do mundo declarar um assunto desses diante de uma mesa cheia de gente. Olha. Eu esqueci completamente o que eu tava falando e olhei para o Ivam: "Ivam, dálicença, mas acho que nunca ninguém precisou falar urgente de sexo oral comigo, pô. Que coisa mais chique, mais moderna. Você é realmente um cara além do seu tempo, estou me sentindo uma freirinha. Como assim? Explica!". Ele riu, disfarçou que eu percebi, mas não me explicou porque tinha que falar de sexo oral com a atriz. Olha, ou é um segredo profissional ligado à algum espetáculo ou talvez um hábito dos atores da Roosevelt, vai saber. E, provavelmente para me despistar ele contou essa história (ótima, por sinal, perdoem minhas gargalhadas no meio do filme) ai acima, essa que eu fiz o iutube, falando desse assunto. Mas não sei não... Alguém vai ter que me explicar porque eles tinham que falar de sexo oral na tal reunião. Pô, eu também quero ser moderna. Eu também quero que alguém precise urgente falar de sexo oral comigo. Poxa. Hahaha. Chega de ser a Irmã Franka.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

o dia que não existe


Aiaiai. Olha só. Aquela lei cidade limpa, Kassab em ação novamente. Agora querem tirar a propaganda do Itaú do Conjunto Nacional. E o Brasilino da Teodoro. Saiu na Folha de São Paulo de ontem, junto com essas imagens dos prédios sem as propagandas. Adoro esses fotochópes de antes-depois.
Bom, está a maior polêmica. Uns falam que essas propagandas não devem sair pois fazem parte da memória cultural da cidade (e propaganda lá é memória cultural?), outros discordam. Na matéria, existe uma nota divulgada pelo Itaú, entre aspas, dizendo que o Conjunto Nacional foi tombado em abril de 2005 e que, em novembro de 2005, o logotipo do Itaú e o relógio também foram tombados. Mas tem uma coisa. Segundo a carta do Itaú, o relógio e o logotipo foram tombados no dia 31 de novembro de 2005. Mas gente, não existe dia 31 de novembro, nunca existiu, novembro tem só 30 dias. Hahaha. Então...?
E corram JÁ pra o blog do Ivam: fiz um filme sensacional de presente pra ele. Mais um iutube tosco da já famosa "franka produções"

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

um puta momento


Gente, o meu amigo Ivam Cabral está concorrendo ao maior prêmio de cultura do país. Prêmio master-prime-blaster-mega-super-hiper Bravo. Olha aí que demais. E eu filmei esse puta momento. Tou torcendo por eles, fiz um iutube especial só pra isso. Ivam, Cleo, Satyros todos, tô torcendo muuuito por vocês. Do fundo do meu coração também.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

palavras de desordem



Foi outro dia, quando assistia um jornal de notícias na tv que o Zé errou. O Romário apareceu e ele fez um comentário.
- Olha. Não sabia que o Romário participava de uma campanha contra o apoio a ajuda à síndrome de down. Ele tem uma filhinha com problema. Olha lá.
Meus filhos não perdem uma para achincalhar o pai.
- Paiê.
- Quê.
- Você errou. Não existe campanha "contra" a ajuda à síndrome de down. Você falou errado.
O Zé comentou, distraído.
- Ah, é. É que tem muita campanha hoje em dia. A gente confunde.
- Confunde, pai?
- É, é um pulinho para confundir os "a favores" com os "contras". Se a gente pensa ou fala rápido, dá pra confundir tudo. Tem campanha pra tudo, umas sim, outras não. Como "salvem as baleias - tô fora". Se eu falar rápido, muita gente nem percebe.
Foi o mote para os filhos todos começarem.
- Hahaha. Olha as campanhas do papai. Pai, tipo "aids, tô nessa?" - riu a Luciana.
- Ou "Violência contra a mulher - diga sim", hahaha - brincou o Chico.
- "Desenvolvimento sustentável - evite"!
- "Drogas - diga SIM"! Pai, vamos fazer umas camisetas? - continuou o Juca - Hahaha!
- "Una-se a favor da exploração sexual de crianças"!
- "Camisinha - evite!".
- "Xô à amamentação!".
- "Cpmf - eu apoio!".
- "Reciclagem não, desperdício sim!".
- Hahaha, "diga 'não' à paz mundial!".
Eu sei que é o tipo de brincadeira errada. Totalmente errada. Mas sinceramente gente, tem hoje no mundo campanha demais para a gente se engajar, e a chance de você trocar as letras é muuuito grande. Sei também que esse post parece meio politicamente incorreto, e me apresso a dizer que, apesar das brincadeiras, apoio todas as campanhas certas. Sem ser xiita, claro. A minha contribuição para o futuro da humanidade não será vestir nenhuma dessas camisas. Talvez seja somente escrever crônicas. E quanto ao desarmamento, sou contra. Não. Peraí. Sou a favor. Não, errei. Contra? A favor?

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

maratona de filmes

Passei esse fim de semana vendo um monte de filmes na televisão. Sei lá porque fiz isso, essa coisa de ficar vidrada horas numa tela. Às vezes acontece com seriados, às vezes com programas de animais e às vezes com filmes, como ontem. Depois de um, dois, três programas eu me vicio e não consigo mais sair dali, de manhã até a noite. Maratonão.
Na verdade, eu tinha a intenção de ver uma coleção da Audrey Hepburn que o Chico comprou, mas o controle remoto do DVD pifou e, acreditem, o meu DVD não funciona sem o controle remoto. Coisa mais esquisita. Vimos um filme e meio dela, o controlinho morreu e lá fui eu me entregar ao Telecine.
De todos filmes que eu vi - filme de múmia, de bandido, westerns, de aventura, comédias, etc, - na minha cabeça ficou somente um, muito engraçado. Era um filme com o Dan Aykroyd. Não sei o nome, mas isso realmente não importa. Ele era um professor universitário, morava numa casinha de subúrbio em Brighton. Um dia descobre que seu vizinho é um putz nazista horrível. Fica incomodadíssimo e resolve que está nas suas mãos matar o cara, que o mundo vai agradecer. Dai bola um plano e envenena a macieira do cara com cianureto. Dá umas injeções, uma em cada maçã. Idéia idiota, claro, mas o cara toma um suco de maça feito num processador e morre. A polícia descobre, mas acham que o nazista se suicidou, pois nazistas como aquele sempre se arrependem um dia. Ele fica p. da vida, ora. Não quer que descubram que foi ele, mas quer que achem que alguém matou, pois na sua loucura ele tem orgulho do que fez. Dai ele manda uma carta anônima pra polícia, daquelas de letras recortadas de revista. A polícia declara que existe uma assassino, ele fica todo feliz.
No dia seguinte ele vê na TV a filha do velho nazista. Inga, o nome dala. Ela está dando uma entrevista, chorando, e fala mostrando os documentos do pai que houve um engano, que o pai não era nazista, que era um velhinho super bonzinho, cozinheiro do exército alemão. Ele fica em pânico. Como assim, matou cruelmente um inocente? Como não quer ir à polícia, ele resolve ele mesmo se punir. Abre mão da namorada loirinha e passa a cuidar da filha do cara, a alemã engraçada, e dos filhos dela. Como tem muita culpa, ele doa todo seu dinheiro para ela e faz coisas chatas com ela o tempo todo: leva cachorro no veterinário, passeia pela cidade conversando coisas sem graça, vendo programas horríveis de TV ao lado dela. Dai ela resolve voltar para a Alemanha e ele fica desesperado: como vai continuar a pagar a sua pena? Resolve que vai junto, e sem querer a pede em casamento. Ela topa, os dois vão passar a lua de mel num navio com os gêmeos.
Na noite de núpcias (engraçadíssima), depois deles treparem e depois dela dizer "ah, esqueci de te contar que não gosto de sexo. Você não se importa com isso, não é?", ela resolve contar um segredo para ele, pois agora é esposa dele. E conta que, ao contrário do que declarou na TV, o pai dela era sim o tal nazista horrível, o braço direito do Hitler. Ele fica em pânico, pois percebe que então ele se tornou o genro do nazista. Ele, que queria matar o nazista, agora é da... família? Não, não! Fica desesperado e conta para ela que foi ele que matou o pai. Ela fica gritando feito louca, pois para ela ele é um tarado pervertido que, além de matar o pai, casou com ela só por causa de sexo.
Ele volta para Brighton, conta a verdade para todos, quer ser julgado no tribunal e ser preso como herói. Afinal matou o nazista mesmo e se sente orgulhoso por isso. Mas o advogado dele (e irmão dele) é horrível, o juiz e o juri não entendem nada, e a alemã nem aparece no tribunal para depor pois "ficou histérica" e nada dá certo. Ele não é condenado, aliás, ninguém perde tempo com ele e ele fica feito maluco com isso, berrando no tribunal feito um louco "voltem todos, voltem todos!".
É muito engraçada essa coisa de um filme virar ao contrário a toda hora e pegar a gente de surpresa. Uma vez um amigo psicanalista me explicou que é assim que funcionam as piadas: que você acha que a história vai para um lado, e quando vai ver, ela vai pra o lado oposto. Por causa disso a gente ri: porque somos enganados pela trama. Engraçado perceber isso num filme bobo, e mais engraçado é ver que, de todos os filmes que eu assisti, esse que eu mais me lembro. Acho que é porque eu gosto de fazer a mesma coisa com as minhas histórias.

hahaha


Engraçado. Bom dia.