terça-feira, 11 de setembro de 2007

planta-perigo


Sério, o que passa na cabeça de uma pessoa que faz isso com a própria calçada? Fui outro dia a pé com meu filho almoçar no Shopping Villa Lobos e catapimba: olha o obstáculo que a gente encontrou. Andar na calçada parece desafio de video-game. Cada casa coloca uma calçada diferente, eu sempre impliquei com isso. Essa coisa da gente ir tropeçando nos pisos diferentes e irregulares. Um dia, anos atrás, fiz uma reclamação para o jornal porque era impossível andar com o Chico num carrinho de bebê na rua que eu morava. Me ligou uma repórter do Estadão, eu toparia tirar uma foto para uma reportagem? Concordei, me arrumei, arrumei o Chico, tiramos a foto, mostrei a buraqueira, aparecemos no jornal. Mas os buracos continuaram lá um tempão (nossa, um dia tenho que escanear e postar essa matéria um dia aqui). Depois mudei para perto da escola dos meus filhos e decidimos que eles iriam, claro, a pé para a escola. Comprei malas de rodinha, não duraram nem um mês. Como as calçadas variavam de tipo-altura-material, as malas pulavam e enroscavam. Muita gente inventa de fazer calçada como essa, com pedras soltas para as pisadas e grama entre elas, é horrível isso. Ninguém tem tamanhos de pisadas iguais e para carrinhos em geral é uma montanha russa. Desde então os meninos vão para o colégio com as malas pesadas nas costas, contrariando o que defendem os ortopedistas, mas não tem jeito. Andar de bicicleta, patim ou até correr também é um verdadeiro rali.
Mas isso eu nunca vi, gente. Olha essa foto. Estávamos andando e conversando, eu e o Chico, quando trombamos nessa situação. Afe. De um lado um emaranhado de plantas com folhas enormes, que parecem uns lençóis e de outro, essa planta esquisita, espinhuda e dura. Um perigo. Aqui, na minha rua, a dois quarteirões da minha casa, pô. Uma coisa, digamos, super perigosa - se eu fosse baixotinha provavelmente essa planta ia direto no meu olho, feito uma espada. Pensamos em reclamar na Prefeitura ou até colocar um bilhete na caixa do correio do meu vizinho, o que me pareceu uma boa melhor idéia. Mas independente da solução, que é fácil de resolver - ora, a agente Franka pode ir na calada da noite lá com sua poderosa tesoura de poda e clic-clic, fazer barba e bigode na planta-perigo - fico encasquetada com uma coisa: gente, será que o dono da casa não reparou que... não dá pra um ser humano normal passar nesses 10 cm que sobrou? O que passa na cabeça do dono dessa casa, pombas? Calçada pra ele é o que? Uma impressora onde passam folhas de sulfite?

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