- Hoje eu fui fazer uns exames – ele contou.
- Exames de quê? – ela estranhou – Tá doente?
- Não, coisa de rotina. Esses exames de coração, sabe? Aquele aonde eles te enchem de fiozinhos no peito e ficam te monitorando na esteira.
- Ah, sei. Mas eu nunca fiz. Mulher tem que fazer?
- Sei lá. Já é minha segunda vez – ele explicou para ela – E, para colocar os fiozinhos, eles depilam os pelos do peito do lugar. Depilam aqui, colam o fiozinho, depilam ali, colam o fiozinho – ele contou, mostrando os locais sobre a camisa - um monte de fiozinhos que eles colocam.
- Exames de quê? – ela estranhou – Tá doente?
- Não, coisa de rotina. Esses exames de coração, sabe? Aquele aonde eles te enchem de fiozinhos no peito e ficam te monitorando na esteira.
- Ah, sei. Mas eu nunca fiz. Mulher tem que fazer?
- Sei lá. Já é minha segunda vez – ele explicou para ela – E, para colocar os fiozinhos, eles depilam os pelos do peito do lugar. Depilam aqui, colam o fiozinho, depilam ali, colam o fiozinho – ele contou, mostrando os locais sobre a camisa - um monte de fiozinhos que eles colocam.
- Você fica todo ligado na máquina. Entendi.
- Ouve só. Bom. Quando eu cheguei em casa, tava todo melecado. Fui tomar banho. Foi quando me olhei no espelho. O meu peito. Nossa, eu tava xadrez... Completamente xadrez: com pêlo, sem pêlo, com pêlo, sem pêlo. Hahaha. Uma coisa horrível. Aquele quadriculado enorme.
- Hahaha – ela também riu da imagem que apareceu na cabeça dela – e... dava pra “jogar” em você?
- Não ri, aquilo estava horrível demais. Não dava para ficar daquele jeito. E então eu fiz uma coisa que eu nunca fiz - ele contou, animado e corajoso, empertigando-se - peguei a espuma e o aparelho de barba e chuuuuu... Resolvi tirar todos os pelos do peito. Tooodos. Enchi tudo de espuma, olhei para o espelho e... lá fui eu.
- Uau. Raspou tuuudo?
- Médio. Fui raspando, raspando, raspando o peito todo no maior capricho. Uma hora parei, lavei e me olhei no espelho.
- E?
- Nossa, eu fiz um quadrado. Um putis quadradão. Olha. Você não imagina. Ficou mais ridículo ainda. Eu ali com aquele quadrado branco sem pêlos no meio do peito.
- Hahahahahaha.
- Me deu um desespero. Peguei de novo a espuma de barba e o barbeador. Espalhei tudo, tudo, pela barriga toda, pelo corpo.
- Hahahahahahahahahaha.
- Nossa, que coisa engraçada. Sabe qual era a sensação? Que eu nunca ia achar um fim, e que a cada raspagem eu ia ter um desenho no corpo. Onde isso acaba? Onde, onde, ooonde?, eu pensava, desesperado, pra onde eu tou indo? O que eu vou virar? Meu Deus! Eu ali me depilando todo! De uma hora para outra! - ele me olhou fixamente - Olha. Sério, não ri. Parecia um pesadelo.
- Hahahahahahahahahahahahahahaha.
- Mas naquele momento não dava mais para voltar atrás! Fui indo, indo, indo... – ele contava, dramaticamente, como se passasse um barbeador imaginário no próprio corpo - indo, indo...
Ela interrompeu.
- Tá, tá. E como você parou?
Ele suspirou, conformado.
- Bom. Tirei tudo da barriga, tudo o que havia, e resolvi uma coisa: que eu ia tirar dos lados e de cima até onde eu enxergasse.
- Hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah.
- Hahaha – ela também riu da imagem que apareceu na cabeça dela – e... dava pra “jogar” em você?
- Não ri, aquilo estava horrível demais. Não dava para ficar daquele jeito. E então eu fiz uma coisa que eu nunca fiz - ele contou, animado e corajoso, empertigando-se - peguei a espuma e o aparelho de barba e chuuuuu... Resolvi tirar todos os pelos do peito. Tooodos. Enchi tudo de espuma, olhei para o espelho e... lá fui eu.
- Uau. Raspou tuuudo?
- Médio. Fui raspando, raspando, raspando o peito todo no maior capricho. Uma hora parei, lavei e me olhei no espelho.
- E?
- Nossa, eu fiz um quadrado. Um putis quadradão. Olha. Você não imagina. Ficou mais ridículo ainda. Eu ali com aquele quadrado branco sem pêlos no meio do peito.
- Hahahahahaha.
- Me deu um desespero. Peguei de novo a espuma de barba e o barbeador. Espalhei tudo, tudo, pela barriga toda, pelo corpo.
- Hahahahahahahahahaha.
- Nossa, que coisa engraçada. Sabe qual era a sensação? Que eu nunca ia achar um fim, e que a cada raspagem eu ia ter um desenho no corpo. Onde isso acaba? Onde, onde, ooonde?, eu pensava, desesperado, pra onde eu tou indo? O que eu vou virar? Meu Deus! Eu ali me depilando todo! De uma hora para outra! - ele me olhou fixamente - Olha. Sério, não ri. Parecia um pesadelo.
- Hahahahahahahahahahahahahahaha.
- Mas naquele momento não dava mais para voltar atrás! Fui indo, indo, indo... – ele contava, dramaticamente, como se passasse um barbeador imaginário no próprio corpo - indo, indo...
Ela interrompeu.
- Tá, tá. E como você parou?
Ele suspirou, conformado.
- Bom. Tirei tudo da barriga, tudo o que havia, e resolvi uma coisa: que eu ia tirar dos lados e de cima até onde eu enxergasse.
- Hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah.
Aquilo era hilário.
- E tirei até aqui ó – ele me mostrou a parte de cima do ombro – Quando eu não enxerguei mais, parei. Olha. Eu tou com um tipo de depilação bem, mas bem estranha... - ele respirou fundo - mas é o máximo que um cara sozinho e solteiro como eu consegue chegar para não ficar xadrez e quadrado.
- E tirei até aqui ó – ele me mostrou a parte de cima do ombro – Quando eu não enxerguei mais, parei. Olha. Eu tou com um tipo de depilação bem, mas bem estranha... - ele respirou fundo - mas é o máximo que um cara sozinho e solteiro como eu consegue chegar para não ficar xadrez e quadrado.
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