sábado, 30 de julho de 2005

propagandas esquisitas 2



Preciso comentar ainda mais duas propagandas absurdamente estranhas que assolam a programação das TVs.
Só mais duas.
Juro.
Uma delas é a propaganda de um partido político. Tenho vontade de rir até agora, pois a idéia é o máximo, pena que esteticamente a coisa ficou meio feia. Eles começam falando que a turma do PT não vale nada e que os bons são eles. Até ai nenhuma novidade, os partidos políticos são assim, adoram achar um motivo para achincalhar o adversário. Mas o engraçado foi a invencionice da turma da publicidade.
Começaram associando a imagem do PT com um nascer de sol, falando que todos os brasileiros tinham a maior esperança no PT quando ele entrou no governo. Tem a ver, PT-Brasil-nascer do sol, uma nova luz com o Lula no poder, essas coisas. Daí eles colocaram uma imagem linda de um sol nascendo num mar, tudo amarelo e laranja, ao mesmo tempo em que surge uma voz falando de esperança.
Mas, de repente...
Bom, de repente aparece uma coisa redonda e estranha nascendo na frente do sol. Você não entende o que é aquilo. Seria um barco de ponta cabeça? Um ovo? Um outro planeta? Caramba, o que é? A coisa vai subindo devagarzinho, e, quando percebemos ,a bola é a careca do Marcos Valério, que no final tapa todo o sol.
A careca do Marcos Valério!
Isso queria dizer que o PT, com seu Marcos Valério e seu mensalão, acabou com a esperança de um sol nascer e iluminar as nossas vidas.
Hilário. Tem a ver, mas dá licença...
A outra propaganda, uma pérola do mundo televisivo, é a propaganda de uma nova esponja de aço que veio pra detonar o nosso bom e velho bombril. Todo mundo já deve ter assistido, pois é uma propaganda insistente com uns bebês de cabelos de paplha de aço, assim, tipo black-power. Eu juro, gente, que não entendo até hoje o que tem a ver os bebês com as esponjas de aço. Como comentaram aqui, esse anúncio deveria ser um daqueles com nota de rodapé.
Os bebês e as esponjas de palha de aço tem uma série de anúncios e uma musiquinha irritante. É uma coisa que foi crescendo devagar, como se a imagem dos bebês com cabeça de esponja de palha de aço tivesse que ser fixada na nossa mente pouco a pouco, para jamais esquecermos do produto, a tal palha de aço.
Não sei se a propaganda funciona. Eu não imagino nem como é a embalagem, para falar a verdade. Só me lembro dos bebês.
Bom, nessa última propaganda, os bebês saem às ruas para ganhar o mundo. Porém eles não andam, só engatinham. Deve ter a ver com a marca, uma marca nova, que engatinha ainda no mercado das esponjas de palha de aço. Os bebês saem da loja, andam pela calçada, atravessam a rua engatinhando e chegam nas casas.
Olha. Tudo tem limite. Pode ser que aquilo seja uma montagem, impossível um monte de bebês atravessarem a rua de fraldinha, mas não dá para aceitar que eles colocaram as crianças naquele chão imundo de rua. Santo Deus, porque ninguém salva aqueles bebês limpinhos dos vírus, dos perigos de um atropelamento, da sujeira dos bueiros, do cheiro de gás carbônico? Aquilo é judiação, gente. A palha de aço não é para limpeza? E eles mostram uma imundície dessa? Quando vi a propaganda, esqueci imediatamente da tal palha de aço e comecei somente a me preocupar com os bebês. Assim como eu muitas mães devem ter se apavorado com os bebês soltos na rua, feito cachorros. Um horror. Um pesadelo.
Bebê–cabelo de palha de aço–rua não funciona, gente. Pra mim isso é anti-propaganda.
Alguém faça uma campanha, rápido, plise.
Salvem os bebês!

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