O que leva os publicitários a bolarem algumas propagandas para a TV? Eu vou dar aqui meu palpite, porque, sério, tem umas coisas muito esquisitas acontencendo.
Ontem reparei em três. Na primeira surgia uma mulher trabalhando num escritório. Ao lado dela um balde, onde pingava uma água vinda do teto.
Ontem reparei em três. Na primeira surgia uma mulher trabalhando num escritório. Ao lado dela um balde, onde pingava uma água vinda do teto.
Plim. Plim. Plim.
A moça olhava o balde com uma cara desesperada, cansada.
“Coitada”, pensei, “ela tem que trabalhar ao lado dessa goteira o dia todo...”
Mas a propaganda não tinha nada a ver com a goteira. Aquela não era uma propaganda de impermeabilizante nem de telhas, era uma propaganda de remédio para dor de cabeça. Os pingos simbolizavam a dor, e era essa dor que deixava a mulher desesperada. Dentro da lógica da dor–pingo–balde, o tal do balde acompanhava a fulana onde ela ia: dentro do ônibus, na casa, no trabalho. E, para acabar com o balde e os pingos, ela tinha que tomar o remédio.
Demorei muito pra entender a lógica dor-pingo-balde. Ora, quem mostra uma dor de cabeça “fora” de uma cabeça? Que idéia de girico, provavelmente o criador da propaganda nunca teve enxaqueca na vida.
“Não compro esse remédio”, pensei. “Não tenho goteira, tenho enxaqueca”.
Logo surgiu outra propaganda de remédio para dor de cabeça. Deve ter muita gente com dor de cabeça no Brasil, concluí. Bom, na segunda, em vez do balde, as pessoas tinham cabeças de sinos. Um truque desses de fotoshop, ou sei lá, de tvshop. Os cérebros badalavam, tremendo, e as pessoas se contorciam com as badaladas. A propaganda era esquisita, mas melhorzinha. Dor-sino-badalo é melhor que dor-balde-pingo.
Mas a propaganda mais absurda foi uma de papel higiênico. Gente, alguém viu aquilo? É a propaganda mais despropositada do século. Impressionante.
Assim. Uma mulher entra em casa com as compras. Avisa ao marido que comprou um papel higiênico ótimo, que ela chama de “super hiper master mega” ou coisa do gênero. Nunca vi ninguém usar esses adjetivos para definir um papel higênico, mas vá lá. A mulher abre o pacote, pega um rolo do tal papel e os dois examinam com cara de surpresa. Eu também não me lembro de ter examinado um papel higiênico com o Zé em toda nossa vida de casados, mas até ai, cada-um cada-um. Bom, daí o marido repete que aquele papel é mesmo um papel “super hiper master mega” e resolve, sorrindo, que vai “testar”.
Ai, ai, ai.
A cena é cortada e aparece uma estante de livros perto de uma parede de tijolos de vidro e ouve-se um barulho de descarga. De trás dessa estante surge o homem com a maior cara de aliviado. Juro, acho que o banheiro do cara era ali atrás e que não tinha porta. Imagina a fedentina daquela casa. Bem, quando sai, sorri e fala que o papel não é só “super hiper master mega”, mas “super hiper master mega... plus advanced”. E logo em seguida dá um soco com a mão para frente, todo animado.
Dor-balde-pingo? Cabeça-sino? Papel higiênico super hiper master mega plus advanced e um soco?
Estamos todos loucos?
Ai que medo.
“Coitada”, pensei, “ela tem que trabalhar ao lado dessa goteira o dia todo...”
Mas a propaganda não tinha nada a ver com a goteira. Aquela não era uma propaganda de impermeabilizante nem de telhas, era uma propaganda de remédio para dor de cabeça. Os pingos simbolizavam a dor, e era essa dor que deixava a mulher desesperada. Dentro da lógica da dor–pingo–balde, o tal do balde acompanhava a fulana onde ela ia: dentro do ônibus, na casa, no trabalho. E, para acabar com o balde e os pingos, ela tinha que tomar o remédio.
Demorei muito pra entender a lógica dor-pingo-balde. Ora, quem mostra uma dor de cabeça “fora” de uma cabeça? Que idéia de girico, provavelmente o criador da propaganda nunca teve enxaqueca na vida.
“Não compro esse remédio”, pensei. “Não tenho goteira, tenho enxaqueca”.
Logo surgiu outra propaganda de remédio para dor de cabeça. Deve ter muita gente com dor de cabeça no Brasil, concluí. Bom, na segunda, em vez do balde, as pessoas tinham cabeças de sinos. Um truque desses de fotoshop, ou sei lá, de tvshop. Os cérebros badalavam, tremendo, e as pessoas se contorciam com as badaladas. A propaganda era esquisita, mas melhorzinha. Dor-sino-badalo é melhor que dor-balde-pingo.
Mas a propaganda mais absurda foi uma de papel higiênico. Gente, alguém viu aquilo? É a propaganda mais despropositada do século. Impressionante.
Assim. Uma mulher entra em casa com as compras. Avisa ao marido que comprou um papel higiênico ótimo, que ela chama de “super hiper master mega” ou coisa do gênero. Nunca vi ninguém usar esses adjetivos para definir um papel higênico, mas vá lá. A mulher abre o pacote, pega um rolo do tal papel e os dois examinam com cara de surpresa. Eu também não me lembro de ter examinado um papel higiênico com o Zé em toda nossa vida de casados, mas até ai, cada-um cada-um. Bom, daí o marido repete que aquele papel é mesmo um papel “super hiper master mega” e resolve, sorrindo, que vai “testar”.
Ai, ai, ai.
A cena é cortada e aparece uma estante de livros perto de uma parede de tijolos de vidro e ouve-se um barulho de descarga. De trás dessa estante surge o homem com a maior cara de aliviado. Juro, acho que o banheiro do cara era ali atrás e que não tinha porta. Imagina a fedentina daquela casa. Bem, quando sai, sorri e fala que o papel não é só “super hiper master mega”, mas “super hiper master mega... plus advanced”. E logo em seguida dá um soco com a mão para frente, todo animado.
Dor-balde-pingo? Cabeça-sino? Papel higiênico super hiper master mega plus advanced e um soco?
Estamos todos loucos?
Ai que medo.
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