Quando os meninos eram pequenos, um dia fomos no shopping na época do natal. Uma hora o Chico e o João precisaram ir ao banheiro. Eles eram pequenos, mas não queriam ir nem mortos ao banheiro das mulheres.
Eu fiquei na porta do banheiro masculino esperando pelos dois, até que eles surgiram, saltitantes.
- Fez xixi, João? Fez, Chico?
- Fiz, mãe - falou o João - Mas você não sabe o que aconteceu.
- Que foi?
- Sabe quem estava no banheiro? O Papai Noel, ele mesmo – ele me disse, afirmando com a cabeça – Com a roupa e tudo. Não era, Chico?
- Fez xixi, João? Fez, Chico?
- Fiz, mãe - falou o João - Mas você não sabe o que aconteceu.
- Que foi?
- Sabe quem estava no banheiro? O Papai Noel, ele mesmo – ele me disse, afirmando com a cabeça – Com a roupa e tudo. Não era, Chico?
- Verdade, mãe - afirmou o irmão.
- Nossa, João. Você falou com ele?
- Nossa, João. Você falou com ele?
Ele fez uma cara de espanto.
- Não, mãe... mas imagina, ele estava do meu lado, fazendo xixi... e sabe o que eu descobri? Que o Papai Noel tem pinto! Pinto, assim, igual aos homens, eu vi!
- Não, mãe... mas imagina, ele estava do meu lado, fazendo xixi... e sabe o que eu descobri? Que o Papai Noel tem pinto! Pinto, assim, igual aos homens, eu vi!
Mas histórias a parte, estou chocada com a quantidade de informações que surgiram quando abordei o assunto “mictório”. Como pude viver todos esses anos desconhecendo esses detalhes tão interessantes desse aparelho sanitário duchampiano, como pude desconhecer a calha única com caimento e um único ralo, como pude não saber da existência de aromatizantes tão estranhos e intrigantes?
Eu já tinha lido sobre essas e um monte de outras coisas esquisitas numa crônica no livro do Antônio, mas acho que os comentários daqui superaram a crônica. Para quem não sabe o Antônio é o Antônio Prata. Sou uma legítima fã-senhora dele, que é um escritor mocinho com uma legião de fãs-meninas. Bem, num dos seus livros, o “Douglas e outras histórias”, ele discorre sobre o assunto com um monte de detalhes. É hilário. Recomendo. O Antônio também tem um blog com um nome bastante esquisito, os dragões do meu quintal, mas ele não atualiza muito e as fãs-meninas ficam desesperadas, gritando, histéricas.
(Esse é um problema da gente ter fãs-meninas... Quando eu crescer e virar uma super escritora de verdade, quero só ter fãs-coroas. Imaginem Franka na sua noite de autógrafos atrás daquela fila de senhores elegantérrimos? Sim, Franka será "a" cronista dos fãs-coroas...)
Eu já tinha lido sobre essas e um monte de outras coisas esquisitas numa crônica no livro do Antônio, mas acho que os comentários daqui superaram a crônica. Para quem não sabe o Antônio é o Antônio Prata. Sou uma legítima fã-senhora dele, que é um escritor mocinho com uma legião de fãs-meninas. Bem, num dos seus livros, o “Douglas e outras histórias”, ele discorre sobre o assunto com um monte de detalhes. É hilário. Recomendo. O Antônio também tem um blog com um nome bastante esquisito, os dragões do meu quintal, mas ele não atualiza muito e as fãs-meninas ficam desesperadas, gritando, histéricas.
(Esse é um problema da gente ter fãs-meninas... Quando eu crescer e virar uma super escritora de verdade, quero só ter fãs-coroas. Imaginem Franka na sua noite de autógrafos atrás daquela fila de senhores elegantérrimos? Sim, Franka será "a" cronista dos fãs-coroas...)
Mas pra mim essa coisa de resolver o cheiro e os respingos parece muito simples. Viu no que dá fazer um aparelho sanitário seco? Sem águinha? Dá cheiro ruim, ora. Depois os homens vem com essa coisa mal contada de colocar tapetinho, de sachezinho, de naftalininha, de gelinho com limão que parece caipirinha (olha, sério - depois dessa comparação do Darth, acho que nunca mais terei coragem de tomar caipirinha na vida), etc e tal. Tudo idéia de homem preguiçoso, que ao invés de fazer um mictório direito, com uma boa água, uma boa descarga fica escondendo o problema embaixo do tapete.
Ou seria em baixo do xixi? Ah, sei lá.
Mas eu queria falar de outra coisa. É que eu fiquei com a imagem na cabeça dessa coisa do mictório calha. É impressionante ainda existirem no mundo mictórios calhas. Mictórios calhas supõe que os homens que não se conhecem, que nunca se viram antes, façam xixi juntos, lado a lado, no mesmo lugar. Não é uma camaradagem meio estranha? Repartir o seu xixi com outro? Também suponho que nos mictórios calhas os xixis se misturem, como se fossem o mesmo.
Mas eu queria falar de outra coisa. É que eu fiquei com a imagem na cabeça dessa coisa do mictório calha. É impressionante ainda existirem no mundo mictórios calhas. Mictórios calhas supõe que os homens que não se conhecem, que nunca se viram antes, façam xixi juntos, lado a lado, no mesmo lugar. Não é uma camaradagem meio estranha? Repartir o seu xixi com outro? Também suponho que nos mictórios calhas os xixis se misturem, como se fossem o mesmo.
É impressionante que os homens não se incomodem com essa solidão em conjunto. Homens são realmente esquisitos. Homens que não se conhecem dividem o balcão de bares, homens que não se conhecem dividem bancos de praça, homens que não se conhecem fazem xixi lado a lado, homens que não se conhecem tomam banho juntos nos clubes.
Eu, hein?
Mulher é beeeeem diferente.
Eu, hein?
Mulher é beeeeem diferente.
E juro, caipirinha nunca mais...
Nenhum comentário:
Postar um comentário