Tem um tipo de pessoa que eu acho o máximo. É a pessoa “sai lavando”. Sabe aqueles amigos, amigas ou conhecidos que vão na tua casa, veem a louça na pia e saem lavando? O máximo conhecer uma pessoa “sai lavando”. Neste final de semana eu viajei, e o meu filho recebeu hóspedes. Cheguei aqui e tava tudo limpo, super organizado. Estranhei.
- Nossa. Arrumou tudo?
- É que a minha amiga é daquelas “sai lavando”, mãe. Não pode ver um copo usado que sai lavando.
Uma vez apareceu uma pessoa dessas numa festa da minha irmã. Tava aquela zona infernal na cozinha no fim da noite, aquela pilha de pratos, copos, talheres. Apareceu um cara do nada, namorado de uma amiga dela, que, sem ninguém pedir, enfrentou aquele caos na maior e “saiu lavando” tudo. Em menos de meia hora a cozinha estava tinindo, pois uma das qualidades de um bom “sai lavando” é lavar muito rápido, pois obviamente eles tem a maior prática, técnicas e método.
Isso não é, de modo algum, uma invasão da cozinha alheia, isso é um bem que a pessoa te faz. Um verdadeiro “sai lavando” não “sai guardando” nada, não fuxica em armário e gaveta. Essa maravilhosa pessoa, quando o escorredor fica entupido de pratos e copos limpos, geralmente estende uns panos de prato na mesa e coloca tudo ali, organizadinho, pra o dono da casa guardar. Acho que as pessoas “saem lavando” acreditam – e eu também acredito – que pias com louças sujas devem ser socializadas, ou seja, não são de ninguém, tampouco do dono da casa. E as pilhas de louça suja são como os isqueiros e tuppewares, precisamos aprender que todos eles devem ser socializados.
Eu consigo entender. Se uma pessoa “sai lavando”, se depara com uma “pia entulhada”, não há o que fazer a não ser... lavar. Para eles aquilo não é apenas uma pilha de louça. É uma missão na vida. Os dois se completam. E quando a gente encontra um “sai lavando”, a melhor coisa é cuidar muuuito bem dele, porque são uma delícia.
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