Fomos no supermercado no sábado, dispostos a comprar os ingredientes para fazer um macarrão com fungui e creme de leite, comprar uma fruta de sobremesa e um vinho. A gente entrou numas de não ir mais a restaurante e cozinhar em casa nos fins de semana, pra fazer economia. Além de ser mais saudável, fazer comida é uma delícia. Mas nesse finde chegamos a outra conclusão. Se a gente bobear, comer em casa não é barato coisa nenhuma, é se auto-enganar.
O certo seria a gente poder comprar somente o que realmente precisa, mas é impossível. Por exemplo, no caso do macarrão. A gente só precisava de 200 gramas de farinha, mas tivemos que comprar o quilo todo. Ovos, só precisava de dois, mas tivemos que levar seis. Depois o tal do fungui. Fungui seco é caro, um pacotinho custa 18 reais, aliás, um absurdo. Precisava de creme de leite, e, como a gente ia comer em casa e a ideia era comer bem, resolvemos optar pelo fresco. Mais dez reais. E queijo parmesão, macarrão precisa de queijo ralado, pimba, mais quinze reais. De sobremesa, uma caixa de figos, lá se foram mais sete reais, um vinho de vinte, pagamos e ai que caiu minha ficha. Custou 70 reais tudo. Não é tão barato comer em casa, pensamos. Trinta e cinco por pessoa? Algo errado. Desde quando setenta reais é baratíssimo? Tá, tem o vinho de vinte, mas mesmo assim, desde quando 50 reais é baratíssimo?
Daí fiz, meio por cima, um cálculo. Um macarrão barato, assim, se a gente fizer a massa e um molho de tomates e queijo, deveria custar R$ 5,50 por pessoa. Isso sim é barato. Mas se você resolver fazer um macarrão com azeitona, por exemplo, e em vez de comprar um pouquinho delas, compra um vidro todo, não é tão barato. Tá, tem aquela coisa que “você aproveita depois as azeitonas”, que é um modo de se conformar, mas que encarece, encarece. Resolvemos começar, pra entender melhor, a anotar o preço de cada comida para entender a lógica financeira do “comer em casa”. Achamos que o valor por pessoa, para valer a pena, deveria ser algo em torno de 10 reais no máximo. Ontem já conseguimos, seguindo essa lógica, almoçar um sashimi legal por 8 reais por pessoa, o que foi um luxo. Barato mesmo é arroz feijão. Agora minha meta é essa. Em casa, e barato mesmo.
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