Quero falar dessa capinha há tempos. Essa roupinha ai que vem com os jornais. Não sei quem teve a ridícula ideia de vestir os jornais. Pra mim não tem nada mais irritante que acordar de manhã, pegar o jornal para ler e enxergar somente meia página, porque colocaram nele um tipo de roupinha de propaganda, onde você só vê metade das principais notícias. Perai. Pô. Não cabia mais propaganda dentro do jornal? Não dava pra fazer um encarte que não incomodasse? A pessoa que paga essa propaganda tem que ser mais importante que o... jornal? Quer ser mais importante que você, que assina o jornal e paga por isso? Essas roupinhas me dão tanta raiva que arranco, amasso e jogo no lixo na hora. Pior é que quando você tenta tirar aquilo, desmantela o jornal inteiro, porque a roupinha entra dentro do jornal. O mesmo que arrancar uma camisa que está dentro da calça. Noto também que existem diversos tipos de roupas pra jornal, os publicitários estão se especializando em modelos cada vez mais fashion de moda jornalesca. Além dessa, que imita um meio-terninho, tem a roupa cinto, tem o tomara que caia, tem a mini saia de jornal. Quem será que desenha esses modelitos? Sei lá. Aqui em casa vai tudo pro lixo. Não é super anti ecológico hoje em dia gerar lixo? Os jornais não sabem disso?
Acho que pra tudo, principalmente pras propagandas, tem que ter um certo limite. Criaram a lei da cidade limpa, São Paulo ficou super legal, os jornais noticiaram e aplaudiram, mas eles mesmo não seguem o exemplo. Aliás, as propagandas migraram da cidade para os lugares mais insólitos. Porta de elevador de shopping, capô de táxi, parede de cinema. Onde esse lance da propaganda vai parar? Depois do jornal de terno, daqui a pouco você vai num restaurante, pede um prato chique e ele vai vir vestido com um modelo chanel de uma propaganda qualquer. Daqui a pouco você compra um cacho de bananas e cada uma delas terá uma camiseta-anúncio diferente. Isso é um perigo, pode não ter fim. Os alfaces poderiam usar cintos. Os filés mignons poderiam usar biquinis. Os pães franceses, boinas. Talvez eu esteja exagerando, mas acho que vale uma campanha ao menos pelos jornais pelados novamente.
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