quinta-feira, 29 de julho de 2010

eu não entorto crânio



Fiquei olhando ontem as fotos da leitura da peça e descobri uma coisa sobre tirar fotos. Antes uma observação: adoro foto. Tirar foto é super legal, uma delícia imaginar que aquele momento vai perdurar por um tempo a mais. Fotos impressas, na minha impressão, duram mais que as digitais. Esquisito concluir isso, mas as digitais são tantas que se perdem no computador. Olha, pensando bem, há uns 10 anos não revelo nada. Aliás, nunca mais usei essa palavra: revelar.
Bom, eu tava ali olhando as fotos borradas da segunda feira (mania de tirar sem flash), quando reparei que em algumas fotos eu tou de cabeça entortada pra o lado, em outras, não. Ué. Fui verificar minhas fotos em geral. Sempre de cabeça reta. Muito raro eu sozinha entortar a cabeça pra o lado. Já nas fotos com os outros varia. Em algumas tou com a cabeça na vertical, mas já em outras tou com 45 ou 315 graus de inclinação, dependendo do lado. E sempre essa inclinação é espelhada em relação ao companheiro da foto, ou seja, sempre inclino a cabeça para o lado da cabeça da outra pessoa que está na foto, encostando crânio com crânio. Foi ai que percebi um treco. Inclinar ou não a cabeça, para as pessoas que não inclinam a cabeça em fotos, como eu, depende da vontade da outra pessoa da foto. É um negócio super intuitivo e espontâneo, que a gente faz sem perceber: na hora do clic, se teu companheiro de foto inclina a cabeça na sua direção, você instintivamente inclina também. Como que para dar um tipo de selinho, digamos. Tic, encosta, pode tirar a foto, clic. Repara que maluco isso. E bem na hora que as cabecinhas se tocam, faz-se o registro. A Pati entorta a cabeça, repara. E eu, influenciada por ela, entortei também. Uma coisa mega Zelig. Deve ter a ver com dominação isso. Acho que Pati meio que manda em mim. Claro que eu inclinei a cabeça como ela nesse dia, afinal foi ela que me deu esse presente da leitura do MASP. Hahaha. Ai me medo das bobagens que eu penso.

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