sexta-feira, 21 de novembro de 2008

o chaveiro do porquinho

Outro dia numa padaria com a Bê eu comprei um chaveiro de porquinho. Como não tinha chaveiro na chave avulsa do escritório, mostrei o chaveirinho para a M. e passamos a usar o porquinho como chaveiro. Bom, nesse dia a M. não estava e eu desci pra tomar um café. Peguei o celular, o cigarro, o chaveiro de porquinho e lá fui eu. O porteiro me deu uma correspondência, e como era muita coisa pra carregar, resolvi colocar o porquinho no bolso. Mas o porquinho é de missanga e amassa, então noitei que era possível colocar o chaveiro do porquinho no passa-cinto da minha calça, pois ele tinha um tipo de clipezinho. Notei que ele ficaria seguro ali e que eu não ia perder a chave. Tomei meu café, subi. Já na frente da nossa sala de novo, fui tirar o chaveiro do passa-cinto pra abrir a porta. Nossa. Entalou total o chaveiro na minha calça. O clipezinho era mínimo, o passa-cinto grossão e além do passa-cinto, o clipezinho tinha a chave. Coloquei o celular e o resto das coisas no chão e passei a lutar com aquilo, pra desprender, entendem? Nada. Impossível. Resolvi, então, abrir a porta com eu grudada na chave, como se eu fosse toda um chaveiro. Mas a tal chave, para trancar e destrancar, tem que dar duas voltas, não uma, e depois da primeira eu já estava super grudada na maçaneta. Coisa mais ridícula, pose mais sem nexo, pensei, lembrando que além disso a porta da minha sala fica numa quina. Dei a primeira volta, respirei fundo, mas para dar a segunda eu tive que, sério, me esmagar completamente na porta, na quina, na fechadura, a barriga esmagada na maçaneta e bufando. Nisso, claro, óóóbvio, uma outra porta se abre e sai um dos meus vizinhos, gente, porque é que quando você paga-mico sempre aparece alguém pra te envergonhar mais ainda? Como eu ia explicar aquilo? A vizinha do cara toda apertada na porta, de costas, gemendo e fazendo estranhos movimentos na ponta dos pés? "Oi-tudo-bom? Tou-meio-confusa-aqui-mas-tou-só-tentando-abrir-a-porta, hahaha...". Ele me olhou estanho quando a porta... clunc. Abriu afinal e eu fui jogada pra dentro junto com ela, quase caindo no chão e pendurada pela chave. Dei tchau sem graça pra o cara, hahaha, consegui, hahaha, tirei a chave da fechadura, fechei a porta. Que vergonha. Bom, a chave ainda estava grudada no chaveiro, no passa-cinto e em mim, e só consegui tirar depois que entrei, fui ao banheiro e tirei a calça. Micos em geral. Mas aprendi. Nunca mais coloco o chaveiro porquinho no passa-cinto. E dãr pra esse post, hahaha.

Nenhum comentário: