Não entendo muito de música. Nunca toquei numa banda. O máximo que faço para me aventurar nesse mundo musical é tocar a única música que sei no violão, tchibum-tchibum (e particularmente toco muito bem). Mas de uns tempos pra cá, tenho assistido e ouvido muito as bandas do Caio, meu cunhado. Tenho reparado também como as coisas funcionam numa banda e como os músicos se relacionam durante a execução de uma música (um dia farei um post a respeito disso). E um dia desses notei que o baterista, o Peri, meu amigo também, tocava um dos tambores com um pano todo amarfanhado em cima.
- Pra que esse pano, Peri?
Ele deu uma explicação. Era pra bateria não atrapalhar os outros instrumentos.
- Senão toco muito alto e eles não gostam. Então coloco o pano de prato.
- Peri, mas que pano mais feio. Você devia caprichar no pano, afinal estou filmando vocês para fazer iutubes e aparece toda hora esse pano ai.
- Acha... feio esse pano?
- Horrível, olha só. Quase uma pano de chão. Você devia usar um pano mais chique.
- Chique? Hahaha. Que tal um lenço indiano?
Não sei, mas acho que o Peri tirou sarro de mim.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
peri na bateri
sexta-feira, 27 de junho de 2008
a ginástica da franka
Isso é hilário. Comentei com minha irmã Ângela, quando fui à casa dela nessa semana, que precisava começar a fazer ginástica (e preciso mesmo). Foi quando o meu sobrinho Luiz me chamou para ver o joguinho de video game do The Sims que ele fez da Franka.
- Olha tia, comprei um aparelho de ginástica para a Franka.
Já contei aqui que a Franka do The Sims do Luiz mora no meio de uma praça, numa casa sem paredes (são caras demais para ele comprar para mim) e não dorme direito (claro) por causa disso. Também não come direito, e não tem banheiro. Mas mesmo sem dormir, sem trabalhar e sem comer direito, ela resolve malhar. E meu sobrinho, como um verdadeiro personal-virtual, praticamente obrigou a Franka a se mexer.
- Se ela não ficar com os braços fortes, tia, ela não consegue tocar guitarra. Olha os braços dela, que finos.
Hahaha. Olha que engraçado. Tadinha da Franka, gente. Malhou, malhou e ficou com os braços malhados. Mas sei lá, muito moles pra tocar. Hahaha.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
banheirinho tunado, ar condicionado bombado
segunda-feira, 23 de junho de 2008
franka, the sims
Aconteceu no sábado, quando eu fui beib´siter (gostaram?) do meu sobrinho Luiz. Ele, todo animado, veio me mostrar
- Tia, fiz uma 'Franka' pra você no The Sim´s.
- Sério? Ual. Que legal, Lú.
Fomos ver na TV da sala.
- Tia Franka, mas tem um problema... A Franka não quer trabalhar! Olha, ela pega o jornal com os empregos e fica brava, gritando que não quer trabalhar, que quer é dormir, que não vai, que não vai mesmo trabalhar.
Olhei o jogo. Era verdade. A Franka (quer é a minha cara, escarrada) resolve que quer ser a maior vagabunda. Reparem como ela pensa só na... cama. Putis preguiçosa. Vergonha que me deu do meu sobrinho. Como assim?
Dai ele me explicou o jogo. Contou que criou a Franka. Disse que como era caro fazer uma casa pra Franka, então ele resolveu que ela dormir numa florestinha, rodeada pelas árvores.
- Qual o problema, tia? Parede é caro, telhado mais ainda. Ela tem tudo, até tv e geladeira.
- Mas ela tá esquisita, Luiz...
- Ah, normal. Ela tem sono e não quer dormir, só isso. Quer só aproveitar, comer batatinha e ver tv.
- Puxa, a Franka não quer trabalhar e não quer dormir cedo? Que Franka é essa, Luiz?
- Não sei, tia! Não é você?
Até que, claro, a Franka despenca. Ploft. Sem trabalhar e dormir durante dias, quer o que? O jogo é e-du-ca-ti-vo. Ela ainda tenta se recuperar, fingir que tudo bem, afinal Franka-mente, mas o estado da moça é deplorável. Gente, será premonição?
sexta-feira, 20 de junho de 2008
CAIO, ALONE...
Olha que legal o meu cunhado CAIO, o marido da minha irmã ÂNGELA, tocando guitarra. A música se chama ALONE TOGETHER. Bom, tenho um outro iutube no meu iutube com toda a banda do Caio tocando a música, mas eu fiz esse iutube só dele, que chamei de "CAIO, ALONE...".
(Na verdade, ele não está tão ALONE assim, uma vez que a cinegrafista, a ÂNGELA, durante o solo dele se distraiu e filmou também o Marcelo, o baixista).
IMPERDÍVEL (por isso as maiúsculas e o negrito). Assistam, é legal e sem tarjas.
Franka e São Frumêncio
quarta-feira, 18 de junho de 2008
franka e o passarinho das dez
Confesso. Eu tenho o maior medo desse passarinho das dez da manhã. Olha, parece que tem um cara com soluço escondido no banheiro.
o banheiro da arquiteta lúcia
terça-feira, 17 de junho de 2008
o grupo de discussão do nosso prédio
segunda-feira, 16 de junho de 2008
meu esporte predileto
sábado, 14 de junho de 2008
um a um
sexta-feira, 13 de junho de 2008
clic, nic, tic,plic
quinta-feira, 12 de junho de 2008
alô alô alô
quarta-feira, 11 de junho de 2008
a roupa do guaranazinho
Quando eu era pequena, morava num prédio na Haddock Lobo. O nosso prédio era grande, de esquina, com 3 blocos, cada um com dois apartamentos. Existiam, no térreo, 3 halls de elevadores, todos parecidos, com lustre de cristal e quadros de cavalos e cavaleiros na parede. O nosso hall, o do meu apartamento, foi perdendo aos poucos os cristaiszinhos do lustre, pois os meninos do prédio tiravam um a um. Sempre tive um monte de cristais daquele lustre na minha caixinha de jóias. Os meninos do prédio costumavam presentear as meninas com pedaços daqueles lustres. Era um hábito.
O edifício tinha um salão de festas grande, que dava tanto para os pilotis do prédio quanto para o pátio interno, onde andávamos de bicicleta e patins. Minha mãe fazia os nossos aniversários ali. Era super caprichado. Ontem eu e a Ângela lembramos dessas festas e contamos para o Caio, meu cunhado.
- Sério que vocês davam festinhas naquele salão?
- É - lembrou a Ângela - e a mamãe caprichava pra burro. Tinha toalha decorada, brinde, chapeuzinho, pratinho e copinho decorado, palhaço, lingua de sogra, apito. Tinha até - lembra Lú - roupinha de guaraná caçulinha.
O Caio estranhou.
- Roupinha de guaraná caçulinha?
- É, Caio, não lembra? Nas festinhas as pessoas vestiam o guaraná para colocar na mesa - expliquei.
- Mas pra que vestir o guaranazinho?
- Sei lá, Caio. Pensando bem, não tenho a menor idéia. Acho que era apenas pra não ter um guaraná na mesa decorada.
- Um guaranazinho na mesa era feio? Que engraçado pensar isso.
- E a roupa dele era um vestidinho, que sempre combinava com o canudo - lembrou a Ângela - o guaranazinho ficava muito chique, parecido com a gente, as irmãs-de-vestidinho-do-prédio.
Hahaha. Divertido lembrar da roupa do guaranazinho.
terça-feira, 10 de junho de 2008
como hipnotizar uma galinha
- Franka, está na cara que você não entende nada de galinha.
- E você entende?
- Claro. Tive uma infância cheia de galinhas. Ó. Você faz o seguinte. Primeiro pega uma galinha.
- Eu pego uma galinha?
- É. Presta atenção, Franka, é sério. Pega a galinha, coloca na sua frente numa mesa e senta na frente dela. Olha para ela bem fixo.
- Ela vai me obedecer?
- Vai, se você segurar firme. Lembra que você que manda na galinha.
- Tá.
- Dai você pega a cabeça da galinha com uma mão, gira e coloca embaixo da asa da galinha.
- Qual das asas? Direita ou esquerda?
- Tanto faz, Franka. Coloca a cabeça da galinha embaixo da asa dela e segura assim um tempo. Se conseguir, senta a galinha. Pra ela ficar naquela posição de chocar ovo, sabe? Dai vai contando até dez, bem devagar. Um, dois, três... Até dez.
- Sei.
- Dai, quando você ver que ela não se mexe mais, você tira as mãos dela. Olha, sério. A galinha vai dormir. Como ficou escuro ali, sob a asa, ela acha que é de noite e dorme.
- Sério?
- Sério mesmo. Isso se chama "fazer a galinha dormir".
- Que legal.
- Eu acho até que, se você gente segurar a galinha por um mês, ela dorme um mês. Porque galinha tem um celebrinho de nada e a gente engana galinha super fácil. Qualquer escurinho e a galinha, burra, acredita que tá na hora de dormir.
- Acho que uma galinha morre se dormir um mês.
- Também acho. Dai a brincadeira se chama "matar a galinha". Mas deve ficar podre.
- Acho demais você entender de galinha.
- Coisa da minha infância, Franka.
- E isso é uma metáfora.
- Claro. Daquelas.
- Ahã. Entendi o recado.
segunda-feira, 9 de junho de 2008
segundona
sábado, 7 de junho de 2008
réplica do Prata interpretada pela esperta Franka
franka mente:
vamos aos detalhes. o suposto pijama trata-se - em verdade vos digo - de uma calça de moleton. aliás, americana.
nos pés calçava um elegante "dig", uma espécie de pantufa norueguesa, presente de um
amigo brasileiro que mora em oslo.
portanto, estava nos trinques, com o diria lauro césar muniz.
beijão.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
dentro da viola - (ou as aventuras das irmãs carvalho no festival da mantiqueira - 7)
Ela chegou em grande estilo, como chegam em grande estilo as celebridades nos eventos: de última hora, com entrada rápida e causando furor e murmúrios. Ó, ú, ohhh, hummm. Vestia um bonezinho de couro, ainda é linda-de-morrer e estava acompanhada do Ricelli, de capa-ramfrei-bogar, óculos escuros e chapéu. Ele, o Boto.
A presença da Bruna no festival popularizou a tenda. Ora, para muita gente daquela cidade, infelizmente, um festival de literatura é um festival de um bando de desconhecidos. Como pouca gente conhece os escritores, pouca gente da cidade vai. Mas com a Bruna não. Todo mundo conhece a Bruna Lombardi, e por causa dela a tenda ficou lo-ta-da. Donas de casa. Senhores. Crianças. Um homem, acredito que o dono da padaria da cidade, subiu ao palco e de presente para ela uns doces e pães. E assim o diálogo, que sempre teve como público visitantes interessados em literatura, como eu, ficou cheio de gente que não foi nos outros diálogos.
A Bruna, antes de qualquer coisa, é um ícone. Ela, o bonezinho dela, ela, o Boto de capa e óculos escuros, os dois lindos. Pensa. Antes de qualquer coisa, eles são a imagem deles. Vê-la é como ver a rainha da Inglaterra. Não dá pra fazer julgamento da presença deles ali dizendo que ela "não é escritora" ou coisa semelhante. Óbvio que ela, embora estivesse ali como escritora (meu cunhado, que é intelectualíssimo, fala que ela é muito talentosa, já eu nunca li a Bruna), é uma atriz famosa e chama a atenção. E isso, na minha opinião, foi ótimo. Além disso, ela, conversando com o público é sensacional. Ela fala fácil, simples. Ela é fácil e simples. Os moradores da cidade entendem o que a Bruna fala, e isso é legal, não importa se é pela beleza, se é porque ela é famosa, se é porque chegou em grande estilo. Ela disse frases e trechos que conquistavam qualquer um. Disse que fazer a literatura, para ela, é como colocar um texto que é a sua alma dentro de uma garrafinha e jogar no mar, acreditando que alguém vai pegar a garrafinha, vai ler você e vai te entender. Falou inúmeras vezes que sentia emocionada de estar ali, conversando, quase em rodinha. Até as criancinhas perguntaram coisas para ela.
Olha. Pra mim, a presença da Bruna na composição desse diálogo foi das coisas mais importantes do festival. Escritores em geral ficam sobre plataformas, sempre acima de tudo e de todos, e a idéia da popularização é ótima. Se todos lerem a Bruna, e, por vê-la ao lado do Prata, lerem o Prata, e, por ver o Prata ligado ao Hatoum, lerem o Hatoum, e, ligando o Hatoum ao Mestre Zu (o Nelson Mota chamou o Zuenir Ventura assim), lerem o mestre Zu, o festival terá sentido e vai conseguir levantar a literatura no Brasil. Importante é ler. A Bruna foi o elo, a chave, a ligação. Achei isso super legal. Parabéns à organização do festival. Parabéns ao organizador que colocou o bumbum dele na frente dela nessa foto. Hahaha.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
dentro da viola - (ou as aventuras das irmãs carvalho no festival da mantiqueira - 6)
quarta-feira, 4 de junho de 2008
dentro da viola - (ou as aventuras das irmãs carvalho no festival da mantiqueira - 5)
Palestra do Hatoum. Eu lá (confesso que não sou uma grande fã de palestra, sempre dormi em missa e nunca consegui na vida ouvir tudo que fala um padre, pronto-confessei), com minha irmã-uva-fã-do-cara, sentadinha no gargarejo. Porque claro que se a gente tava lá, era pra ser gargarejão. O Jorge pegou senha boa pra gente, sabe o Jorge, amigo da minha irmã? Grande Jorge, salve Jorge. Sentamos lá na frente. O Hatoum, todo assediado, dava uma entrevista antes de começar a palestra. A Ângela, querendo entender o homem escritor, faz leitura labial. Já eu, faço uns iutubes. Olha ai em cima. Hahaha.
Olha, a vida da gente tem que ter alguma graça, gente. Nem que seja só pra você, sua irmã e sua mãe. Só isso.
No final da palestra, ela me fez ir pra fila de autógrafos. "Ângela, há necessidade?". "Há!!!". Eu também detesto fila de autógrafo, acho que tou atrapalhando o cara, coitado, tem que ficar só escrevendo a noite toda. Mas ela me pede, "fica comigo, poxa...". Eu fico, aliás, lembro que não tenho mais absolutamente nada para fazer. "Mas autógrafo? Você por acaso tem o livro do cara, Ân?". "Tenho, claro", ela responde, animada. Abre a bolsa e saca um livro. "Trouxe aqui o 'dois irmãos', ô Lú!".
Eu tenho uma idéia. "Vamos pedir então pro Hatoum escrever assim: 'para as duas irmãs... blá, blá, blá... dois irmãos!', que acha, Ângela? Duas irmãs..., dois irmãos..., entende?".
Gente, pedimos. Hahaha. Olha:
dentro da viola - (ou as aventuras das irmãs carvalho no festival da mantiqueira - 4)
Chegamos na cidade esbaforidas, depois de passar horas atrás do carro-lesma do Hatoum.
- Agora é rapidinho - falou a Ângela - ahhh, não! A rua tá fechada. Aliás, olha, a cidade tá fechada, Lú. Vamos perder o Hatoum!
- É por causa das celebridades - avaliei.
Foi quando vimos um monte de batedores. Aqueles guardinhas de moto que seguem as celebridades, entendem? Um deles veio até nós.
- Posso ajudar?
- Moço, pelo-amor-de-Deus, como vocês fecham as ruas da cidade assim? A gente quer ir na tenda ver o Hatoum. Mas como? Como?
- Senhoras, sigam-me.
E ele colocou a moto na nossa frente e zuppt, foi abrindo caminho.
- Lú, olha, a gente tem um batedor só nosso! Que incrível! Somos super celebridade! Calma, festival, calma Hatoum que Franka e sua irmã-uva já vão chegar!
E ai está. Um batedor mesmo. Podem conferir nesse sensacional iutube.
hora do intervalo da saga das irmãs carvalho na mantiqueira
terça-feira, 3 de junho de 2008
dentro da viola - (ou as aventuras das irmãs carvalho no festival da mantiqueira - 3)
- Essa pessoa deve estar indo pro Hatoum - ela disse.
- Ratum-ratum... - eu cantei.
- Pode até ser o Hatoum.
- Uau. Verdade. O carro é de São Paulo.
- Será que o Hatoum anda devagar desse jeito, Lúcia?
- Ele escreve devagar, Ângela.
- E olha, o carro é um Focus. Nossa, o Hatoum tem Focus?
- Será ele mesmo?
- Claro que é ele, Lúcia.
A Ângela é, como eu, super otimista.
- Mas que coisa, Hatoum, aaanda! - ela esbravejava, já irritada - aaanda, homem!
- Claro, o cara não precisa de senha.
- Meu Deus, que cara sem foco esse Hatoum do Focus. Lú, será que é ele mesmo?
- Já sei - eu disse - minha amiga mora no prédio dele. Vou mandar um torpedo pra ela e perguntar: "qual o carro do Hatoum?". Que acha?
Sério, mandei o torpedo. E sério, minha amiga respondeu. Não sei se pega bem falar aqui o carro do Hatoum, mas era da mesma cor e parecido.
- Sua amiga pode ter se enganado, Lú. Mulher nunca entende de marca de carro. É ele sim, estou sentindo uma semelhança no modo dele escrever e dirigir. Aaanda Hatoummm!
Bom, chegamos e, embora tivéssemos tentado seguir o Hatoum, o perdemos de vista. E depois da palestra, quando abriram para as perguntas, eu sugeri a Ângela.
- Ân, vamos ir no microfone e perguntar pro Hatoum "qual é seu carro?".
- Lúcia!
- E cantar para ele, posso?
Ratum-ratum, chalalalalalalala, ratum-ratum, chalalalalalalala...