domingo, 30 de setembro de 2007
explicações sobre o aniversário do zé
sábado, 29 de setembro de 2007
aniversário em casa
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
o homem xadrez
- Exames de quê? – ela estranhou – Tá doente?
- Não, coisa de rotina. Esses exames de coração, sabe? Aquele aonde eles te enchem de fiozinhos no peito e ficam te monitorando na esteira.
- Ah, sei. Mas eu nunca fiz. Mulher tem que fazer?
- Sei lá. Já é minha segunda vez – ele explicou para ela – E, para colocar os fiozinhos, eles depilam os pelos do peito do lugar. Depilam aqui, colam o fiozinho, depilam ali, colam o fiozinho – ele contou, mostrando os locais sobre a camisa - um monte de fiozinhos que eles colocam.
- Hahaha – ela também riu da imagem que apareceu na cabeça dela – e... dava pra “jogar” em você?
- Não ri, aquilo estava horrível demais. Não dava para ficar daquele jeito. E então eu fiz uma coisa que eu nunca fiz - ele contou, animado e corajoso, empertigando-se - peguei a espuma e o aparelho de barba e chuuuuu... Resolvi tirar todos os pelos do peito. Tooodos. Enchi tudo de espuma, olhei para o espelho e... lá fui eu.
- Uau. Raspou tuuudo?
- Médio. Fui raspando, raspando, raspando o peito todo no maior capricho. Uma hora parei, lavei e me olhei no espelho.
- E?
- Nossa, eu fiz um quadrado. Um putis quadradão. Olha. Você não imagina. Ficou mais ridículo ainda. Eu ali com aquele quadrado branco sem pêlos no meio do peito.
- Hahahahahaha.
- Me deu um desespero. Peguei de novo a espuma de barba e o barbeador. Espalhei tudo, tudo, pela barriga toda, pelo corpo.
- Hahahahahahahahahaha.
- Nossa, que coisa engraçada. Sabe qual era a sensação? Que eu nunca ia achar um fim, e que a cada raspagem eu ia ter um desenho no corpo. Onde isso acaba? Onde, onde, ooonde?, eu pensava, desesperado, pra onde eu tou indo? O que eu vou virar? Meu Deus! Eu ali me depilando todo! De uma hora para outra! - ele me olhou fixamente - Olha. Sério, não ri. Parecia um pesadelo.
- Hahahahahahahahahahahahahahaha.
- Mas naquele momento não dava mais para voltar atrás! Fui indo, indo, indo... – ele contava, dramaticamente, como se passasse um barbeador imaginário no próprio corpo - indo, indo...
Ela interrompeu.
- Tá, tá. E como você parou?
Ele suspirou, conformado.
- Bom. Tirei tudo da barriga, tudo o que havia, e resolvi uma coisa: que eu ia tirar dos lados e de cima até onde eu enxergasse.
- Hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah.
- E tirei até aqui ó – ele me mostrou a parte de cima do ombro – Quando eu não enxerguei mais, parei. Olha. Eu tou com um tipo de depilação bem, mas bem estranha... - ele respirou fundo - mas é o máximo que um cara sozinho e solteiro como eu consegue chegar para não ficar xadrez e quadrado.
três zero vinte um
terça-feira, 25 de setembro de 2007
uma conversa entre adultos
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
ventus em perdizes
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
credo em cruz
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
olha as coisas que eu me meto
Ela me ligou um dia perguntando se eu toparia dar uma entrevista. Explicou que a loja Tokstok estava fazendo uma revista-catálogo, e que essa revista seria editada e publicada pela Editora Abril, onde ela trabalhava. "O que eu tenho a ver com a revista catálogo da Tokstok?", perguntei. "Você tem algum móvel da Tokstok na sua casa?", ela indagou. Ora, quem não tem? Quem, da nossa geração, não comprou alguma coisa nessa loja quando se casou? "Tenho um monte, claro", respondi. "São novos ou antigos?", ela quis saber. "Todos antiquíssimos", falei, "uns até bem despencados". Ela explicou, "vamos fazer uma matéria sobre pessoas que tem móveis da loja há muitos anos, a matéria se chama 'esse móvel tem história'. Estamos atrás de pessoas que contem as histórias desses seus móveis. Você quer contar?". Epa, contar histórias e me meter numa coisa divertida dessas é comigo mesmo. Topei na hora, pensando sobre qual "móvel" velho eu ia falar. Imagina que engraçado pensar um móvel velho meu da Tokstok na revista da Tokstok. Meio absurdo, mas demais. Rodei pela casa escolhendo, e optei falar do móvel que hoje é o bar do Zé. Compramos um dia para servir de guarda-louça, uns... duzentos anos atrás. Chegamos em casa para montar e estava escrito na caixa que aquilo era uma "biblioteca", ou melhor, uma "biblioteca exposant" (nome hilário para um móvel, aliás, pensem, aguém já viu um móvel que tem nome e sobrenome?). Mas mesmo sendo chamado "biblioteca", servia ao propósito que precisávamos: guardar a louça. Fomos mudando de casa, a tal da biblioteca exposant sempre indo junto. O pior foi que o nome ficou até hoje, impossível esquecer aquilo. A repórter gostou da idéia. Veio aqui de caderninho e com um fotógrafo a tiracolo. "Vamos tirar uma foto sua com o móvel?", pediu. Tai, ó, a minha matéria com direito a foto destarjada tomando cafezinho. Clicando na foto dá pra ler o texto. Hahaha. Eu e meu móvel na revista da Tokstok. Olha a frase das aspas. "A etiqueta dizia Biblioteca Exposant, achei engraçado aquele nome chique". Bem eu falando mesmo.
terça-feira, 18 de setembro de 2007
franka e a lata de goiabada
afe, ô coisa mais complicada que é colocar targinha em iutube...
Compramos, num posto da estrada, uma goiabada para comer de sobremesa na praia. A goiabada veio numa lata quadrada e funda, diferente das goiabadas em lata de antigamente, aquelas redondinhas iguais a uma pizzinha, da "Cica". Depois do almoço, abrimos a tal lata. Gente, é obvio que numa lata quadrada a goiabada é quadrada, dãr para mim, mas sério, olhar uma goiabada quadrada me deu o maior susto da paróquia. Goiabada quadrada? Foi quando essa coisa da lata de goiabada, esse lance do formato das coisas, me veio à cabeça junto com a minha profissão. Afinal, não parece mas eu penso em arquitetura o dia todo.
- Edu, olha... isso é igual ao que a gente faz... - e eu mostrei a lata para ele - veja, nós, arquitetos, fazemos apenas isso, latas de goiabada. Pense, nós, humanos, somos a goiabada. As nossas casas são as latas. A gente envolve as pessoas em recipientes. E é só isso. Se somos quadrados, nossas latas são quadradas, se somos redondos, as latas são redondas, e, se não somos nada, o arquiteto resolve como é a lata que ele vai nos enfiar.
- É mesmo... - ele riu.
- Agora, o maluco é que, quando vemos - como vimos aqui na praia outro dia - uma casa com cara de "lata de goiabada", daquelas casas que são como cubão enorme e moderno, a gente mete o pau, implica, acha horrível. Pensa que maluquice, somos completamente loucos! Fazemos latas de goiabada, mas fingimos que elas não são latas de goiabada. Não pode parecer lata, entende?
O Edu pensou melhor.
- Não, não é bem fingir. Nós disfarçamos as latas, é isso. É como comida, ninguém quer comer comida crua, carne crua. Tem qua caprichar bastante, transformar o desejo numa coisa bonita, gostosa de comer.
- Ora. Como o molho de tomate - disse a Sílvia - O molho de tomate é só tomate, e depois vira aquela maravilha.
- Isso mesmo - conclui - Nós, arquitetos, fazemos latas de goiabada com sabor de molho de tomate.
Mas na hora me veio uma estranha dúvida sobre essa estranha e esdrúxula teoria.
- Ou não?
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
fui
cada um com suas criações
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
os caderninhos da franka
terça-feira, 11 de setembro de 2007
planta-perigo
domingo, 9 de setembro de 2007
ixi, franka deu um putis fora
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
ivam e o sexo oral
Eu tava nos Sátyros outro dia conversando com o Ivam Cabral, meu amigo, de quem sou discípula. Ele, de novo, o Ivam... Ele é sempre super assediado, conhece Deuseomundo e fala com Deuseomundo. No meio da nossa conversa passou uma moça, acho que atriz do grupo dele, e disse algo assim, rapidinho: "Ivam, tou indo embora, a gente se vê amanhã. Não esquece que temos aquela reunião e que precisamos urgente falar de sexo oral. Um beijo e tchau". E saiu andando pela calçada, toda pirilampa. Como se fosse a coisa mais normal do mundo declarar um assunto desses diante de uma mesa cheia de gente. Olha. Eu esqueci completamente o que eu tava falando e olhei para o Ivam: "Ivam, dálicença, mas acho que nunca ninguém precisou falar urgente de sexo oral comigo, pô. Que coisa mais chique, mais moderna. Você é realmente um cara além do seu tempo, estou me sentindo uma freirinha. Como assim? Explica!". Ele riu, disfarçou que eu percebi, mas não me explicou porque tinha que falar de sexo oral com a atriz. Olha, ou é um segredo profissional ligado à algum espetáculo ou talvez um hábito dos atores da Roosevelt, vai saber. E, provavelmente para me despistar ele contou essa história (ótima, por sinal, perdoem minhas gargalhadas no meio do filme) ai acima, essa que eu fiz o iutube, falando desse assunto. Mas não sei não... Alguém vai ter que me explicar porque eles tinham que falar de sexo oral na tal reunião. Pô, eu também quero ser moderna. Eu também quero que alguém precise urgente falar de sexo oral comigo. Poxa. Hahaha. Chega de ser a Irmã Franka.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
o dia que não existe
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
um puta momento
Gente, o meu amigo Ivam Cabral está concorrendo ao maior prêmio de cultura do país. Prêmio master-prime-blaster-mega-super-hiper Bravo. Olha aí que demais. E eu filmei esse puta momento. Tou torcendo por eles, fiz um iutube especial só pra isso. Ivam, Cleo, Satyros todos, tô torcendo muuuito por vocês. Do fundo do meu coração também.
terça-feira, 4 de setembro de 2007
palavras de desordem
Foi outro dia, quando assistia um jornal de notícias na tv que o Zé errou. O Romário apareceu e ele fez um comentário.
- "Xô à amamentação!".