quinta-feira, 20 de abril de 2006

frankamente, o futuro



Outro dia conheci um artista plástico muito moderno. Conversávamos sobre a sua obra quando ele sacou do bolso um iPod igualzinho ao meu e me mostrou, ali dentro, o seu portfólio. Ele tinha todas as obras dele num vídeo, e, colocando-se os fones de ouvido ouvia-se a voz dele explicando seus trabalhos. Ao fundo, uma musiquinha toda bacana. A coisa era tão sensacional que eu... não entendi nada. Quer dizer, eu fiquei tão empolgada com a idéia de colocar um portfólio “falado” num iPod que, juro, nem entendi a obra do cara.
Como ele fez aquilo?
Agora estou aqui encasquetada – porque óbvio que eu quero imitar – mas como eu coloco o “frankamente...” dentro do meu iPod?
Foi quando eu comecei a viajar. Será que qualquer pessoa não pode colocar as minhas crônicas nos iPods para ler nas viagens? Essas crônicas não poderiam ser vinculadas a uma música? Não tenho a menor idéia se isso é possível.
Se tem uma coisa que eu adoro é imaginar os futuro. É muita novidade que existe hoje em dia. Pensa, gente, é computador, blog, fotolog, iPod, celulares, maquininhas de fotos, filmadoras, webcans, googles mil, é cabo pra cá, cabo pra lá, e ninguém sabe o que vai acontecer amanhã. Vez ou outra, quando vou postar, olho a janelinha do blogger e me pergunto quais são as regras. Será que, sei lá, quando eu atingir dez mil posts eu não serei ejetada para outra dimensão?
Aliás.
Já estamos em outra dimensão, óbvio.
No fundo, estamos totalmente no escuro. A internet é um abismo, e o mais maluco é que você não sabe onde está e nem onde, exatamente, está o buraco e o perigo.
Já pensaram nisso?
Bem, cheguei à algumas conclusões. É obvio que daqui a uns anos (ou muito menos) teremos apenas dois aparelhos: um telefone-iPod-computador de bolso e um telefone-iPod-computador de mesa. A diferença será somente o tamanho da tela, aliás, hoje em dia tela é tudo. Esses telefones-iPods-computadores serão estritamente pessoais, notem bem. Hoje em dia existem três coisas que não dá mais pra dividir com ninguém: computador, telefone e banheiro. Aliás, acho que dividir computador é pior que dividir privada, falaverdade.
Também poderemos, obviamente, acessar sites e blogs na tv da sala. Porque acho que continuaremos a ter tv na sala, além dos telefones-iPods-computadores pessoais, porque novela não acaba.
Nesse mundo do futuro, acho que todo mundo terá que ter site ou blog. Será impossível viver sem uma casa virtual, que, obviamente, serão cada vez menos virtuais. Acho que quando alguém abrir o “frankamente...”, se eu estiver com as janelas abertas, provavelmente vai me ver aqui trabalhando. Ora, não tem problema nenhum as pessoas se verem. Se for preciso, coloco só uma tarjinha nos olhos. Aliás, descobri anteontem que, como tenho webcam, basta alguém me ligar no skype que já me vê na hora! – agora me penteio melhor para sentar na frente da tela, obviamente.
Mas porque não criarmos, nos nossos blogs, espaços virtuais com personagens virtuais? Desde que pensei nisso, já vejo a boneca Franka se movendo no blog de lá para cá no meio das letras e das crônicas. E imagine alguém telefonando pelo Skype pra franka e vendo Franka atender dentro do “frankamente...”? E já imaginou as visitas entrando dentro dos blogs, com os avatares animados andando de cá pra lá?
Estou exagerando? Sei lá. Acordei assim...

Vou é correndo naquele site que a Márcia Namastê achou onde a gente pode mandar emails para a gente mesmo no futuro, contar pra mim mesma tudo que eu descobri...

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