Agora a pouco eu estava numa reunião de projeto no escritório de um arquiteto. No meio da conversa ele lembra.
- Posso contar uma coisa? É nojento.
Imediatamente todo mundo sorriu e aceitou. As pessoas adoram ouvir coisas nojentas e fazer cara de nojo. Expressão de nojo é das coisas mais divertidas que existe. A cara retorce, os olhos reviram, a boca entorta.
Engraçado demais cara de nojo.
Aqui em casa o Zé tem uma lista de histórias nojentas que animam qualquer festa. São perólas da repugnância, que ele aprimora a cada contada. É uma coletânea digna de um pequeno livro. Nem sei se tais histórias existiram mesmo ou se foram criadas pela mente dele. E são todas... nojentas.
Bom, esse arquiteto contou que estava viajando a trabalho, e, por causa da correria, não teve tempo de fazer a barba. Entre uma reunião e outra ele viu uma barbearia na rua e resolveu entrar. Porém o que era para ser uma barba virou um filme de terror. Segundo ele, quando o barbeiro segurava no rosto dele para escanhoar, colocava os dedos perto do seu nariz. E a mão do barbeiro fedia muito, mas muito.
- Vocês não imaginam cheiro de quê – ele explicou, todo retorcido – o homem não conseguia fazer a minha barba por causa das minhas caretas e eu não conseguia me livrar daquela mão. Nojento, nojento! Morro de nojo de mãos!
Eu já disse que tenho um pouco de nojo de massagem, o Pecus contou uma vez que tem nojo de esponja de banho, um amigo tem nojo de louça antiga. Não adianta argumentar que é antiguidade, que custou milhões.
- Vai saber quem comeu nesse prato. Nojento.
Mas meu maior nojo é cabelo. Qualquer cabelo fora da cabeça me dá asco. Se o lugar que cai o cabelo é molhado então, tenho até ânsia. Eu não entendo. Porque eu tenho isso? Qual o problema de cabelo no ralo? Sei lá. Mas tenho horror.
Argh. Nem vou falar muito.
Aqui em casa o Zé tem uma lista de histórias nojentas que animam qualquer festa. São perólas da repugnância, que ele aprimora a cada contada. É uma coletânea digna de um pequeno livro. Nem sei se tais histórias existiram mesmo ou se foram criadas pela mente dele. E são todas... nojentas.
Bom, esse arquiteto contou que estava viajando a trabalho, e, por causa da correria, não teve tempo de fazer a barba. Entre uma reunião e outra ele viu uma barbearia na rua e resolveu entrar. Porém o que era para ser uma barba virou um filme de terror. Segundo ele, quando o barbeiro segurava no rosto dele para escanhoar, colocava os dedos perto do seu nariz. E a mão do barbeiro fedia muito, mas muito.
- Vocês não imaginam cheiro de quê – ele explicou, todo retorcido – o homem não conseguia fazer a minha barba por causa das minhas caretas e eu não conseguia me livrar daquela mão. Nojento, nojento! Morro de nojo de mãos!
Eu já disse que tenho um pouco de nojo de massagem, o Pecus contou uma vez que tem nojo de esponja de banho, um amigo tem nojo de louça antiga. Não adianta argumentar que é antiguidade, que custou milhões.
- Vai saber quem comeu nesse prato. Nojento.
Mas meu maior nojo é cabelo. Qualquer cabelo fora da cabeça me dá asco. Se o lugar que cai o cabelo é molhado então, tenho até ânsia. Eu não entendo. Porque eu tenho isso? Qual o problema de cabelo no ralo? Sei lá. Mas tenho horror.
Argh. Nem vou falar muito.
Não sei se o nojo realmente aumenta ao longo da vida ou se sou eu que estou piorando. Acho que a gente tem menos nojo quando tem filho pequeno. Deve existir um hormônio nas mães que regula o nojo pós parto, ou o nojo na infância, pois quando lembro das coisas que eu fazia eu... morro de nojo.
Tem também muita coisa que antigamente não era nojenta pra mim e agora é. Cinzeiro, por exemplo. Todos nós, que fumávamos, convivíamos diariamente com cinzeiros. Hoje não agüento nem dez segundos do lado daquela porcaria. Criei asco, repugnância, aversão a bituca.
- E pensar que quando a gente casou, nós dois fumávamos e dormíamos ao lado do cinzeiro – lembrou o Zé.
Já para minha filha adolescente, tudo que envolve os irmãos é “nojento”. Aliás, quando ela não gosta de uma coisa, adota o termo.
- Pergunta para seu irmão.
- Nem pensar. Que nojo.
- Nana, quer suflê?
- Não, nojento.
Meus nojos só aumentam. Ando com nojo de coxinhas quando penso que alguém manuseou aquilo, tenho nojo de gente que encosta o rosto no vidro, nojo de óculos sujos, nojo de banco de carro, de carpete, de bolsa suja, de prato usado, de lixo de pia. Já repararam que tem café gorduroso? E roupa em loja, será que a gente deve sair assim experimentando roupa aqui e ali?
As pessoas estão a cada dia mais inflexíveis, a assepssia e a tolerância com resíduos, lixos, cheiros e detritos está a cada vez menor. O pior é que o mundo não está cada vez mais limpo. Gerar detritos, cheiros, lixos faz parte da vida, mas vemos isso com asco. Fingimos que não vemos, como se não fosse com a gente.
Lixo? Que lixo?
Credo. Acho que eu devia era deixar de ser nojenta.
Tem também muita coisa que antigamente não era nojenta pra mim e agora é. Cinzeiro, por exemplo. Todos nós, que fumávamos, convivíamos diariamente com cinzeiros. Hoje não agüento nem dez segundos do lado daquela porcaria. Criei asco, repugnância, aversão a bituca.
- E pensar que quando a gente casou, nós dois fumávamos e dormíamos ao lado do cinzeiro – lembrou o Zé.
Já para minha filha adolescente, tudo que envolve os irmãos é “nojento”. Aliás, quando ela não gosta de uma coisa, adota o termo.
- Pergunta para seu irmão.
- Nem pensar. Que nojo.
- Nana, quer suflê?
- Não, nojento.
Meus nojos só aumentam. Ando com nojo de coxinhas quando penso que alguém manuseou aquilo, tenho nojo de gente que encosta o rosto no vidro, nojo de óculos sujos, nojo de banco de carro, de carpete, de bolsa suja, de prato usado, de lixo de pia. Já repararam que tem café gorduroso? E roupa em loja, será que a gente deve sair assim experimentando roupa aqui e ali?
As pessoas estão a cada dia mais inflexíveis, a assepssia e a tolerância com resíduos, lixos, cheiros e detritos está a cada vez menor. O pior é que o mundo não está cada vez mais limpo. Gerar detritos, cheiros, lixos faz parte da vida, mas vemos isso com asco. Fingimos que não vemos, como se não fosse com a gente.
Lixo? Que lixo?
Credo. Acho que eu devia era deixar de ser nojenta.
2 comentários:
Pensei que esse nojo por cabelo, só eu sentia.rssrrsrsrs!!!
Tenho nojo de cabelo molhado.
Só não tenho nojo do cabelo do meu filho, até do meu, quando fica molhado e os fios já estão fora da minha cabeça, sinto nojo.
Achei que fosse meio que loucura, da minha parte, mas fico mais "aliviada", ao ver que não é somente eu que pensa assim!!! rsrsrsrsr!!!
Achei que era doida por sentir esse nojo tão grande...rsrs
Meus amigos me zoam, isso quando não me criticam dizendo que sou nojentinha demais, enjoada e coisas assim...Me sinto até mal em relação a isso...
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