Estava no meio de uma crônica, falando sobre gente que come torrada fazendo barulho, quando citei uma amiga de infância, a Liliana. Quando escrevi o nome dela, subitamente tive a maior saudade. Eu e ela fomos inseparáveis do primário até o final do colegial. Depois fomos cada uma para uma faculdade, casamos e eu nunca mais ouvi falar dela.
Tive um clic.
E se eu fosse procurar o nome dela no Google?
Ah, é por essas e por outras coisas que eu adoro Internet. Lá fui eu, completamente esquecida da crônica das torradas, me perder em navegações Googleanas no passado longínquo. Imagens, web, pesquisa avançada, páginas semelhantes.
Liliana, Liliana, Liliana.
Liliana, cadê você, Liliana.
Ô animação que eu tenho quando eu me disperso.
Parei e olhei para a tela. Ichi. Será que eu deveria continuar? O pai de um amigo do João me contou que ficou meses atrás de um amigo de infância, mas quando achou foi a maior decepção. O cara era depressivo, cheio de problemas e virou um estorvo na vida dele. Foi até preso por causa de uma briga de rua, ele teve que ir buscar o homem na cadeia, um horror.
Ah, mas a Liliana é a Liliana, pensei. Aquela menina alegre, animada, que dá gargalhadas o tempo todo e que arregala os olhões azuis quando leva um susto. Resolvi ir em frente, tive saudades dela.
Caramba, esse treco de Internet é fantástico. Em dois ou três toques lá estava ela, com foto e tudo. Ali, na minha frente, 25 anos depois. E ainda por cima sorrindo.
Arrepiei.
Mas a coisa apenas começava. Aquela foto das imagens do Google era a ponta do iceberg. Eu tinha que saber mais sobre a Liliana. Onde trabalha, onde mora, e-mail, telefone. Me senti a própria Franka do Tertuliano, de roupa de couro preta e peruca loira, em ação numa perigosa e importante missão: “Em busca da Liliana perdida”.
Gastei uns vinte minutos em todos os links com o nome dela, até que num deles achei uma diferença. Em vez de “Liliana – sobrenome”, estava escrito “Liliana – sobrenome 1 – sobrenome 2”. Claro, ela casou e adotou o nome do marido! Como eu não pensei nisso antes?
“Liliana – sobrenome 1 – sobrenome 2”, pesquisa google.
Tive um clic.
E se eu fosse procurar o nome dela no Google?
Ah, é por essas e por outras coisas que eu adoro Internet. Lá fui eu, completamente esquecida da crônica das torradas, me perder em navegações Googleanas no passado longínquo. Imagens, web, pesquisa avançada, páginas semelhantes.
Liliana, Liliana, Liliana.
Liliana, cadê você, Liliana.
Ô animação que eu tenho quando eu me disperso.
Parei e olhei para a tela. Ichi. Será que eu deveria continuar? O pai de um amigo do João me contou que ficou meses atrás de um amigo de infância, mas quando achou foi a maior decepção. O cara era depressivo, cheio de problemas e virou um estorvo na vida dele. Foi até preso por causa de uma briga de rua, ele teve que ir buscar o homem na cadeia, um horror.
Ah, mas a Liliana é a Liliana, pensei. Aquela menina alegre, animada, que dá gargalhadas o tempo todo e que arregala os olhões azuis quando leva um susto. Resolvi ir em frente, tive saudades dela.
Caramba, esse treco de Internet é fantástico. Em dois ou três toques lá estava ela, com foto e tudo. Ali, na minha frente, 25 anos depois. E ainda por cima sorrindo.
Arrepiei.
Mas a coisa apenas começava. Aquela foto das imagens do Google era a ponta do iceberg. Eu tinha que saber mais sobre a Liliana. Onde trabalha, onde mora, e-mail, telefone. Me senti a própria Franka do Tertuliano, de roupa de couro preta e peruca loira, em ação numa perigosa e importante missão: “Em busca da Liliana perdida”.
Gastei uns vinte minutos em todos os links com o nome dela, até que num deles achei uma diferença. Em vez de “Liliana – sobrenome”, estava escrito “Liliana – sobrenome 1 – sobrenome 2”. Claro, ela casou e adotou o nome do marido! Como eu não pensei nisso antes?
“Liliana – sobrenome 1 – sobrenome 2”, pesquisa google.
Apertei o botãozinho.
Um monte de links. Num deles, a Liliana falava numa revista especializada. Uau. Uma executiva, a minha Liliana? Ela fazia tanta palhaçada, como que pode? Noutro, o nome dela associado a um nome de uma empresa. Ahá!
Mais uma dica. Passei a procurar tudo junto.
Um monte de links. Num deles, a Liliana falava numa revista especializada. Uau. Uma executiva, a minha Liliana? Ela fazia tanta palhaçada, como que pode? Noutro, o nome dela associado a um nome de uma empresa. Ahá!
Mais uma dica. Passei a procurar tudo junto.
"Liliana - sobrenome 1 - sobrenome 2 - empresa"
Nada. A coisa se confundiu e eu fui parar na Itália. O que era para refinar, espalhou. Olhei no relógio. Já era tarde, e eu nem perto da Liliana.
De repente, uma luz. Uma tabela de um seminário com nomes e empresas. Lá estava o nome dela junto a diversos outros. Bom, alguém da mesma empresa deveria conhecê-la e me ajudar. E se eu procurasse por algum colega de trabalho? Li e reli os nomes. Os homens eliminei todos, eles nunca entenderiam uma coisa dessas. Quanto às mulheres, hesitei. Optei por uma moça de sobrenome japonês. Foi uma escolha aleatória, mas me pareceu a mais correta.
Lá voltei eu pro Google.
“Juliana - sobrenome japonês - empresa da Liliana”, pesquisa Google, botãozinho.
E sem querer, achei o email da Juliana. Sorri diante do meu sucesso.
Mandei um email para a Juliana, curto e rápido. Já era tarde.
“Juliana, quero entrar em contato com a Liliana + sobrenome 1 + sobrenome 2. Você sabe como posso encontrá-la? Agradeceria se você pudesse me ajudar”
Fui jantar, mas estava com a cabeça na lua. Coisa mais estranha que eu estava fazendo. Dez da noite voltei pro micro. Lá estava o email da Juliana.
“A Liliana está de férias. Caso necessite, entre em contato com a Tatiana no telefone tarararara. Se eu puder ajudar, me ligue, meu telefone é tarararara.”
Eu dava pulinhos na cadeira. Mandei rapidinho uma resposta explicando quem eu era. E qual não foi minha surpresa quando abri o outlook hoje de manhã e li a outra resposta da Juliana, com o e-mail e o celular da Liliana.
Pronto. Achei a Liliana, e onde quer que ela esteja hoje, vai levar um susto, pois eu vou ligar.
Mais notícias das minhas aventuras virtuais, só amanhã.
Nada. A coisa se confundiu e eu fui parar na Itália. O que era para refinar, espalhou. Olhei no relógio. Já era tarde, e eu nem perto da Liliana.
De repente, uma luz. Uma tabela de um seminário com nomes e empresas. Lá estava o nome dela junto a diversos outros. Bom, alguém da mesma empresa deveria conhecê-la e me ajudar. E se eu procurasse por algum colega de trabalho? Li e reli os nomes. Os homens eliminei todos, eles nunca entenderiam uma coisa dessas. Quanto às mulheres, hesitei. Optei por uma moça de sobrenome japonês. Foi uma escolha aleatória, mas me pareceu a mais correta.
Lá voltei eu pro Google.
“Juliana - sobrenome japonês - empresa da Liliana”, pesquisa Google, botãozinho.
E sem querer, achei o email da Juliana. Sorri diante do meu sucesso.
Mandei um email para a Juliana, curto e rápido. Já era tarde.
“Juliana, quero entrar em contato com a Liliana + sobrenome 1 + sobrenome 2. Você sabe como posso encontrá-la? Agradeceria se você pudesse me ajudar”
Fui jantar, mas estava com a cabeça na lua. Coisa mais estranha que eu estava fazendo. Dez da noite voltei pro micro. Lá estava o email da Juliana.
“A Liliana está de férias. Caso necessite, entre em contato com a Tatiana no telefone tarararara. Se eu puder ajudar, me ligue, meu telefone é tarararara.”
Eu dava pulinhos na cadeira. Mandei rapidinho uma resposta explicando quem eu era. E qual não foi minha surpresa quando abri o outlook hoje de manhã e li a outra resposta da Juliana, com o e-mail e o celular da Liliana.
Pronto. Achei a Liliana, e onde quer que ela esteja hoje, vai levar um susto, pois eu vou ligar.
Mais notícias das minhas aventuras virtuais, só amanhã.
Lá vou eu, cara Liliana!
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