uma verdadeira banana split
Ontem eu falei de regime, de fome, de operação de redução de estômago, tró, ló, ló e tal. Fiquei com fome o dia inteirinho, comi um monte de bobagens e estou me sentindo a maior culpada.
Droga.
Olha, tenho uma teoria que a coisa que mais engorda é regime. Pense comigo: as pessoas que fazem regime só pensam em comida o dia todinho, portanto tem muito mais fome que as outras. Essas pessoas, embora emagreçam, uma hora ou outra vão precisar comer. E engordarão. Então regime engorda.
Olha, tenho uma teoria que a coisa que mais engorda é regime. Pense comigo: as pessoas que fazem regime só pensam em comida o dia todinho, portanto tem muito mais fome que as outras. Essas pessoas, embora emagreçam, uma hora ou outra vão precisar comer. E engordarão. Então regime engorda.
Certo?
Essa coisa de regimes é o assunto da nossa era. Talvez seja o assunto mais falado dos últimos tempos.
- Nove quilos no máximo, hein? – me falou o médico ginecologista quando descobri que estava grávida do Chico, meu primeiro filho, há dezesseis anos atrás.
Fazemos dieta antes de nascer, dieta ainda bebês, dieta quando crianças, dieta quando adolescentes, dieta depois de adultos. É uma dietaiada sem fim.
Bom, embora todo o mundo faça dieta, ninguém ainda inventou um verbo para essa ação tão corriqueira que é “fazer regime”. Como expressar a ação gerúndica de fazer uma dieta, um regime? Fazer regime é uma das únicas ações do mundo que precisa ser expressada realmente no gerúndio. Ninguém emagrece sem gerúndio. E bem esse verbo não existe, olha que contradição que é essa língua portuguesa.
Estou... estou o que?
Regimando?
Dietando?
Antes de ontem o Pecus colocou no blog dele uma maravilhosa imagem de um bauru do Ponto Chic, um sanduíche de uma lanchonete tradicional daqui do centro de São Paulo. Ele postou a imagem do baurú e ficou todo mundo babando e dizendo hum, hum, hum, delícia, hum, hum.
Eu olhei pro baurú do Pecus e senti uma tristeza profunda. Quase uma depressão pós-visão do baurú. Gente, eu, lúcia, apesar de morar em São Paulo desde que nasci, nunca comi um baurú do Ponto Chic. Nunquinha. Eu até já fui diversas vezes no Ponto Chic. Mas nunca comi nenhum baurú, só bebi uma droga de suco de laranja.
Essa coisa de regimes é o assunto da nossa era. Talvez seja o assunto mais falado dos últimos tempos.
- Nove quilos no máximo, hein? – me falou o médico ginecologista quando descobri que estava grávida do Chico, meu primeiro filho, há dezesseis anos atrás.
Fazemos dieta antes de nascer, dieta ainda bebês, dieta quando crianças, dieta quando adolescentes, dieta depois de adultos. É uma dietaiada sem fim.
Bom, embora todo o mundo faça dieta, ninguém ainda inventou um verbo para essa ação tão corriqueira que é “fazer regime”. Como expressar a ação gerúndica de fazer uma dieta, um regime? Fazer regime é uma das únicas ações do mundo que precisa ser expressada realmente no gerúndio. Ninguém emagrece sem gerúndio. E bem esse verbo não existe, olha que contradição que é essa língua portuguesa.
Estou... estou o que?
Regimando?
Dietando?
Antes de ontem o Pecus colocou no blog dele uma maravilhosa imagem de um bauru do Ponto Chic, um sanduíche de uma lanchonete tradicional daqui do centro de São Paulo. Ele postou a imagem do baurú e ficou todo mundo babando e dizendo hum, hum, hum, delícia, hum, hum.
Eu olhei pro baurú do Pecus e senti uma tristeza profunda. Quase uma depressão pós-visão do baurú. Gente, eu, lúcia, apesar de morar em São Paulo desde que nasci, nunca comi um baurú do Ponto Chic. Nunquinha. Eu até já fui diversas vezes no Ponto Chic. Mas nunca comi nenhum baurú, só bebi uma droga de suco de laranja.
Ah, que raiva que eu tenho de suco de laranja. Um dia eu coloco veneno.
A nossa geração é uma geração de pessoas que já nascem fazendo regime. Vivemos uma dieta ancestral, e as pessoas que, como eu, fazem dieta há trezentos mil anos nunca comeram algumas comidas.
Verdade.
Eu também nunca, nunquinha na minha vida toda, comi uma banana split.
Não porque eu não goste, não porque não seja delicioso, não porque eu não tenha vontade, não porque eu não tenha dinheiro.
A nossa geração é uma geração de pessoas que já nascem fazendo regime. Vivemos uma dieta ancestral, e as pessoas que, como eu, fazem dieta há trezentos mil anos nunca comeram algumas comidas.
Verdade.
Eu também nunca, nunquinha na minha vida toda, comi uma banana split.
Não porque eu não goste, não porque não seja delicioso, não porque eu não tenha vontade, não porque eu não tenha dinheiro.
Simplesmente porque as bananas splits, assim como os baurus, engordam muito.
Olha que tristeza.
Banana split, bauru, milk shake do bob´s, chesse salada bacon, sundaes, mousses de chocolate, feijoadas, batatas fritas com hot-dog duplo. Nunca. Sou uma pessoa virgem em comidas engordativas. Nem pensar, imagina a culpa que eu vou sentir depois?
Bem, eu não acho que sou gooorda, embora tenha engordado um tantinho depois que parei de fumar. E vai ver que é justamente por que estou eternamente regimando e dietando e nunca comi a banana split nem o baurú que não sou uma gorda baleia.
Será que valeu a pena?
Bom, melhor não reclamar e nem concluir por enquanto.
Tou com fome demais.
Olha que tristeza.
Banana split, bauru, milk shake do bob´s, chesse salada bacon, sundaes, mousses de chocolate, feijoadas, batatas fritas com hot-dog duplo. Nunca. Sou uma pessoa virgem em comidas engordativas. Nem pensar, imagina a culpa que eu vou sentir depois?
Bem, eu não acho que sou gooorda, embora tenha engordado um tantinho depois que parei de fumar. E vai ver que é justamente por que estou eternamente regimando e dietando e nunca comi a banana split nem o baurú que não sou uma gorda baleia.
Será que valeu a pena?
Bom, melhor não reclamar e nem concluir por enquanto.
Tou com fome demais.
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