quarta-feira, 9 de março de 2005

uma ilha bacaninha




Olha que lugar mais lindo que eu vou amanhã. É uma ilha em Angra, vamos começar uma obra lá. Vou amanhã de madrugada, volto amanhã de noitão.
Ufa.
Uma praia quase particular. O mar é verdinho. As conchas lindas. A mata, uma maluquice de vigorosa e úmida.
O triste é ir pra um lugar assim sem maiô e a trabalho, com uma grande equipe de engenheiros, arquitetos e projetistas. Todos de calça, sapato, cinto e maletas.
Olha. Engenheiro de São Paulo usa cinto até quando vai trabalhar na praia. Verdade. Não sei porque isso me parece tão absurdo, mas parece. Acho que é das coisas mais inusitadas do mundo para mim: cinto com areia do mar.
O marinheiro que vai nos buscar em Angra se chama Bacana. É um moço idêntico ao Mogli, sabe o Mogli dos desenhos da Disney? Eu vou tentar tirar uma foto dele para provar para vocês. Bem, e talvez pela idade dele, ele seja o próprio Mogli. Vivinho da silva.
Conheço o Bacana há cinco anos, pois já fiz uma outra reforma de outra casa do mesmo dono por lá e ele já era o marinheiro. Na época, soube que ele tinha tido um filho, o Bacaninha.
- Puxa, Bacana, parabéns - eu exclamei, assim que cheguei no barco, dando um abraço nele - Soube que você teve um filho!
Ele sorriu, e, atrapalhado, me explicou.
- Eu não, dona Lúcia. Quem teve foi minha esposa.

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