domingo, 5 de dezembro de 2004

apertem os cintos, a prefeita sumiu



Ando pasma esses dias tentando entender o que se passa na cabeça da prefeita.
Quero encontrar alguém que possa me explicar porque a mulher sumiu do mapa e largou para trás a cidade e seus problemas, assim, sem mais nem menos.
Nem as calçadas ela acabou!
Ora. Nem nos piores momentos da minha vida, do meu casamento, dos meus trabalhos ou das minhas cólicas menstruais eu larguei tudo e saí porta afora para tirar férias. É mais ou menos justamente o oposto o que acontece comigo e que eu acreditava que acontecia com todas as mães do mundo - o barco está virando?
Esforce-se e sorria.
Vamos ajudar a desvirar, fazer comida para todo mundo e arrumar as camas. A casa está caindo? Nada de fita. Vamos pelo menos recolher os brinquedos das crianças do chão, porque custaram caro e não podem ficar jogados. O marido não fala com você há uma semana? Iii, homem é assim mesmo, gente, vamos assar pão de queijo e ver um filme na tv que isso já passa. Acabou todo o dinheiro, todo o trabalho? Questão de tempo, mas não podemos ficar na bagunça, vamos ao menos tirar o lixo da casa.
Não sei se dá para entender a minha profunda decepção. Para mim, uma mulher deve segurar as pontas, com um mínimo de esprança e bom humor, ainda mais uma mulher prefeita como a Marta. Temos que cuidar de nossas familias, aconteça o que acontecer.
Uma questão de infra-estrutura.
Mas a mulher largou tudo, colocou um taierzinho estilo Lady Di e se foi com o bonitão Dodi al Fayed! Será que encheu o saco? Será que entrou em depressão profunda? Será que foi viajar mesmo ou está internada escondida no Einsten? Será que é possível tanto descaso com a sua própria casa?
É.
Ou ela dá uma boa explicação, ou, pobrezinha, acabou de perder uma eleitora.

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