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Você é a dona da festa. Convida para às nove. Às nove, pronta, você entra na sala e olha para os lados.
Ninguém.
Nove e meia, ninguém. Melhor tomar um vinhozinho para relaxar. Sentar não. Amassa a roupa.
Dez horas.
Ninguém.
Mais um vinho. Senta-se, dane-se a roupa. Que amasse.
Dez e meia, nada. O marido olha e te fala (como ele é irritante quando quer ser): "...iii... tô achando que não vem ninguém nessa nossa festa..."
Dez e quarenta e cinco, você olha "p" da vida para ele e fala: "É. Acho que não-vai-vim-nin-guém-mes-mo!".
Ele concorda, calado, e dá um bocejo.
Onze horas, quantos vinhos já tomou? E aquele homem ali, é o teu marido ou o garçon?
Confusão, tontura. Melhor deitar no sofá.
Onze e meia, um desespero total. Ninguém!
Toca a campainha. Uma pessoa que você nunca viu na vida. Amigo-do-cunhado-da-prima. Dá vontade de chorar. Ainda bem que teu marido faz sala.
Meia noite e meia? A festa está ótima, animadérrima, lotada.
E a dona? Dona? Que dona? De quem é a festa mesmo?
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