Quando eu era menina, morava num apartamento na Haddock Lobo. Todo dia depois das coisas obrigatórias, como comer, tomar banho, estudar, eu e a minha irmã descíamos no pátio. As vezes a gente ia lá para brincar mesmo, mas a maioria das vezes a gente apenas “ia no pátio”, sem ter exatamente o que fazer. Como todas as crianças desciam, era facílimo arrumar um parceiro pra brincar, alguém pra ficar ali apenas conversando ou só assistir um jogo.
Nas férias a gente sempre ia para o interior, na casa dos meus avós. E lá, sem escola, toda vez que a gente resolvia as coisas obrigatórias, a gente ia para a pracinha da cidade. Exatamente igual no pátio do prédio, a gente não tinha nada para fazer ali, mas como todo mundo ia, alguma diversão ia ter ali. E sempre tudo acontecia na pracinha.
Tem um monte de outros exemplos parecidos no decorrer da minha vida, na praia, na faculdade, no blog, sempre a mesma coisa, o pátio, a pracinha.
Agora que tou adulta, devido ao inesperado desenvolvimento do mundo virtual nesses quarenta anos, depois de fazer as coisas chatas e obrigatórias do dia, me vejo abrindo a página do facebook tão animada como quando eu ia no pátio ou no jardim. Então Laura Liles, acho que a gente só vem aqui porque tá todo mundo aqui. Hahaha.
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