Não sei o que tem me dado que agora que toda hora eu chamo as pessoas de "querido" e "querida". Ontem isso aconteceu com uma pessoa totalmente disparatada, o atendente da padaria Rodésia. Eu sem mais nem menos, pedi para ele "pode por favor fatiar 200 gramas de mussarela e 15o de salame, querido?". Sei lá, gente, o "querido" saiu da minha boca sem eu perceber. Que susto. De manhã isso aconteceu duas vezes, uma delas com o pedreiro da obra, a outra com o jardineiro. Antes de ontem aconteceu com uma vendedora de uma loja. Coisa mais esquisita. Não é que eu não ache essas pessoas... queridas. Mas é um certo exagero de intimidade. E é esquisita pra mim essa mudança de comportamento, fico na dúvida se isso é cafona e tenho receio que piore. Uma vez, quando ainda trabalhava de arquiteta, projetando e construindo, frequentava muito uma loja de louças e metais, e a dona da loja, uma senhora muito simpática, tinha o hábito de chamar todo mundo de querido. Mas o problema dela é que ela não ficava só ali no "querido", ela ia além, adorava criar uma putis intimidade com você, e quando você pedia para ela "por favor, senhora, queria comprar uma bacia Deca modelo Ravena", ela repondia, sorrindo "claro, querida amor paixão flor bonitinha, é pra já amorzinho meu bem vem aqui". E assim eu, naquela época, quando pensava numa privada lembrava da dona flor amor paixão, coisa que obviamente não combinava nada com privada. Eu acho que se eu for por ai e não me controlar eu vou ficar idêntica a vendedora de privada flor amor paixão. Beijos, queridos. Sem querer fiz mais um post de privada. Frankamente.
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