De uns tempos pra cá tenho tinho uns sonhos engraçados. Já falei aqui algumas vezes que não gosto de gente que conta sonho, afinal sonho não é verdade, não tem começo nem fim, e eu geralmente não sei como comentar assunto de sonho. Não é que eu não goste de sonhar, eu não gosto de ouvir sonho dos outros, só isso. Mas pensei que alguns detalhes dos sonhos engraçados que tenho tido podiam ser úteis para alguma coisa, e que, assim como tenho um caderninho de anotações na bolsa onde anoto todas as idéias de crônicas, peças e histórias, eu deveria ter na minha mesa de cabeceira um caderninho de sonhos. Quem sabe aquelas coisas engraçadas dos sonhos pudessem entrar em alguma crônica. Ou peça. Bom. Dai passei a dormir com o caderno e a caneta do meu lado. E se depois, quando eu lesse o sonho, se o que eu tivesse escrito fosse chato, não aproveitava pra nada e fim. Pronto, resolvido. Isso foi há uns quinze dias atrás. Lembro de ter anotado um monte de coisas no caderninho, mas quando fui olhar hoje de manhã, fiquei intrigada. Existiam apenas duas anotações de sonhos. Duas? Nossa, cadê o resto? Juro que eu achei que tinham mais de dez sonhos ali, como assim só dois? E ainda por cima uma da anotações, por eu ter escrito à noite e no escuro, era completamente incompreensível, pois eu escrevi todo o sonho numa mesma linha e ficou tudo embolado. Foi quando eu supus uma coisa esquisita, que eu sonhei que escrevi no caderno, e talvez tenha escrito mesmo, mas no sonho, não na vida real. Achei aquilo muito assustador, eu até me lembro dos sonhos que achei que escrevi no caderno da cabeceira mas que devem estar no caderno lá do sonho. Sei lá, vai ver que dentro dos meus sonhos eu também tenho um blog, escrevo peças e histórias, e estou aproveitando o que escrevi no caderninho do sonho dentro do sonho. Ai que esquisito. E esse único sonho que eu realmente escrevi no caderninho da cabeceira e que dá pra entender, eu não conto. É super chato contar sonho.
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