quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

ensaio sobre a sopeira



Usamos um pote de sorvete vazio, desses de 2 l, para encher o recipiente de água da Sopa, que fica no quintal. A Sopa é minha nova cachorra-destruidora-bebê. E é muito atrapalhada, a Sopa.
Um dia desses esse pote, que fica em cima do tanque, caiu no chão. E claro, a Sopa resolveu pegar o pote para mastigar e destruir. Não deu tempo de tirar da frente dela, ela sempre avança nas coisas que ficam no chão e sai correndo com a coisa na boca pra bem longe. Só que ela mordeu na borda menor do pote, e a cabeça dela entrou literalmente dentro do pote. Ela não entendeu nada. De repente o mundo todo ficou totalmente branco, e ela começou a correr sem rumo, batendo sua cabeça de pote nas paredes e tropeçando sem parar. Olhava de cá pra lá com aquela cabeça de pote de sorvete, desesperada. Cadê todo mundo? Cadê o quintal? Cadê meus donos? Tadinha. Acho que ela nunca esperava por aquilo. Imagine você morder uma coisa pra brincar e de repente tudo ao seu redor sumir e ficar branco feito neve. Subitamente cega. Como no filme do Meirelles do livro do Saramago. Engraçado.

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