Gente, que engraçado. Juro.
A Patrícia, minha adorável e talentosa amiga atriz, eu vivo falando dela aqui (é a rainha das vesguinhas) está fazendo uma peça atualmente e me chamou pra assistir: "A Reserva".
Ela contracena com a Irene Ravache (ô nome lindo de pronunciar, Ravachiiiiii... repitam ai comigo devagar, gente... Ravachiiiiiii...) e com o Evandro Soldatelli (um ator talentoso e liiindo, gente). Me falou que arrumava convite, quantos eu queria? Muito legal a Patrícia, claro que eu não ia perder. Jamé.
Fui com a minha irmã Ângela. Ângela = teatro. Chamamos nosso amigo Jorge. Eu, a Ângela e o Jorge íamos assistir a Patrícia. Perfeito.
Era longe pra caramba da casa da gente, mas descobrimos que era do lado de um metrô. Era só deixar o carro na estação Vila Madalena, zuuupt, chegar na estação Conceição, que é do lado do teatro. Putis programa divertido. Putis legal ir de metrô no teatro, mas chegamos 10 minutos atrasados e tivemos que sentar no fundão, não tinha como chegar nos nossos mega lugares-reservados. Mas o teatro é ótimo e fomos assistindo perfeitamente a peça, pipipi, popopó e tal. Até que uma hora começo a ouvir meu nome.
- Alô? Lúcia Carvaaaalho? Lúcia Carvaaaalho...?
Gente, tinha alguém falando meu nome, quem era? Quem me chamava?
- Lúcia Carvaaalho...
Olhei pra trás, não vi ninguém falando, olhei pra frente, pra a Ângela, nada.
- Lúcia Carvaaalho...!
Ai, cacilda, será que era meu celular? Pânico total. Claro, eu estava com a bolsa no colo, vai ver que atendi uma ligação sem querer apertando a bolsa e apertei o viva-voz junto! Ai! E a pessoa estava ali me chamando, de quem era aquela voz? Nossa, eu me atrapalhei muito. Eu tinha que desligar aquilo logo, imagina, um homem me chamando alto no meio de uma peça que fui convidada? Já tinha chegado atrasada, já tinha comido bala com a Ângela e o Jorge e feito barulho, meu celular tocar era demais! Céus! Começei a fazer uma dança estrambótica na cadeira tentando achar o aparelhinho, mas caramba, eu tinha certeza que tinha desligado, que vexame!
Foi quando olhei pro palco. O ator lindo subitamente entra em cena com um celular na mão e entrega pra Irene Ravachiii:
- Mãe, fala aqui já com Lúcia Carvalho, a decoradora, ela pode ajudar você com a decoração do restaurante.
Quêêê?
Hããã?
Eu liguei pra Irene Ravachiii? Olhei meu celular na minha mão, desligado. Ai que confusão que se instalou na minha cabeça, gente. Pirei, pensei. Não sei mais o que é verdade o que é ficção e tou com alucinação de gente que quer ficar famosa.
Mas aí a Irene Ravachiii, ela não, a personagem Vera (que, na peça, não queria redecorar o restaurante dela), pegou o telefone e falou, mega brava, engraçada pra burro:
- Olha aqui Lúcia Carvalho, eu não quero decoração porcaria nenhuma, não quero saber de você ô Lúcia Carvalho, pelo amor de Deus, isso é coisa do meu filho, tchau Lúcia Carvalho!
E plum, desligou na minha cara.
Gente a Patrícia Gasppar é louca.
Meu Deus o que eu tava fazendo ali dentro da peça da Irene Ravachiii?
Hahaha. Engraçado demais alguém fazer gracinha comigo.
Pois olha. Adorei essa coisa quase caipira de brincar, que a gente perde quando mora em São Paulo, quando acha que a gente está longe dos outros aqui. Pra mim, que sou apenas essa blogueira Franka, imaginar que um dia a Irene Ravachiii ia falar o meu nome num palco era a coisa mais inviável do mundo. Mas olha que coisa. Somos todos muito normais, gente. Eu fiz esse blog um dia, conheci aqui dentro o irmão da Patrícia, o
Neil, conheci a Patrícia na casa dele e lá vou eu pra dentro da boca da Irene Ravachiii. Isso é muito legal, gente. É legal porque é normal. Porque afinal, se eu coloco o nome da Patrícia aqui, porque ela não pode colocar o meu nome lá?
Tudo bem Irene, eu te desculpo por me tratar tão mal no telefone. E gente, vão lá ver a peça, vai que a Irene, a Patrícia e o Evandro usam meu nome até o final da temporada. Imagina.
E se eu ficar famosa um dia, acho que vou chamar Lúcia Carvachiii. Carvachiii. Carvachiii...
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Detalhes: vá de metrô