sexta-feira, 9 de maio de 2008

o abesedário do caio


O Caio, meu cunhado, marido da Ânjela, além de inventar a Nova-Franca, inventou um novo modo de escrever. Uma nova ortografia, ce, se pegar, vai fasilitar muito a vida da jente. Não cei ce vosês estão percebendo a diferensa dese modo de escrever do modo normal. São diferensas no modo de entender as sílabas, e cuando se pega o jeito, fica fasílimo. Além diso, nesa nova ortografia, algumas letras são eliminadas, pois são inúteis. O "q" é uma letra inútil, uma vez que eziste o "c" e podemos uzar o "c" pra falar "ca-ce-ci-co-cu" com som de "q". Pra falar o "s", se uza o "s" mesmo: "sa-se-si-so-su", e pra falar o "z", "za-ze-zi-zo-zu". Cuanto ao "g" e o "j", a mesma coisa. Cada um com seu som. E nada de "ch", pois temoz o "x". Aliáz, pra que "h", se "h" não tem som de nada? Eu axo ce ese novo abesedário, se pegar, será um suseso. No comeso é um pouco difísil de escrever, mas cuando se pega a prática se percebe ce estamos bobeando ao uzar ese monte de letraz pra falar a mesma coiza ce se fala sem elaz. Algumaz palavraz ficam estranhaz, como brimcedo, aumoso ou ceijo. Axo que esa é daz piorez palavraz: ceijo. Eu dise a ele ce poderíamos também eliminar o "lh" e uzar o "li", maz ainda não concluímoz se isso é nesesário. Se a moda pega, o meu nome será "Lúsia Carvalio".
Imajinem ese diálogozinho bázico:
- O ce vose cér fazer oje?
- Cero ir ao sinema.
Não é demaiz falar asim? O Caio é um jênio. Axo ce de agora em diante só vou escrever poste asim.

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