
Na nossa viagem a três não quisemos saber de cozinhar. Fazia parte da molecagem não fazer papel de mãe, de dona de casa, de mulher do lar. Nada de fogão ou geladeira, só farra. Mas eu e a Fran sabemos que a Sílvia tem esse lance com cozinha, e sabemos que isso nos deixa um pouco pra trás. Ora, ninguém gosta de ficar pra trás, nem com amigas. Há tempos que eu sei que tenho que descobrir um modo inteligente de fazer alguma coisa na cozinha para me equiparar a ela. Sempre que ela fala de comidas, eu me esquifo dizendo que "amo lavar pratos". Mas ninguém elogia uma lavagem de pratos, portanto minha especialidade é bem mixuruca. Já a Fran foi bem mais esperta que eu. Beeem mais esperta, gente...
Um dia, quando a Sílvia falava de alguma receita sensacional, ela lançou que sabia fazer uma sobremesa ótima, e explicou que essa sobremesa era "flambada". Olhamos atônitas para ela. Ela explicou como era. Super simples, parecia deliciosa, e ainda por cima tinha esse lance que ganha qualquer parada: a flambagem. Até a Silvia se impressionou.
Logo depois disso, fomos as três convidadas para um jantar. A Fran lembrou da sobremesa e anunciou que ia fazer. Falou que levaria todos os ingredientes e faria a tal cerimônia de jogar álcool e queimar sobre a sobremesa. Assim foi, e foi um sucesso indescritível. Olhem a foto dela (tarjada, claro*) em plena ação de flambagem, pilotando o fogão. Gente, flambar faz muito sucesso. Tanto quanto fazer um risoto maravilhoso, um macarrão especialíssimo, uma paella incrível, um cozido divino. E não dá trabalho nenhum, é uma saída sensacional para os preguiçosos de cozinha. Só eu que estou completamente pra trás das duas, lavando pratos. Alguém tem alguma idéia para me tirar da lanterninha?
* vejam o novo modelo de tarja.
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