Ontem, no final de uma viagem-martírio-suplício-insuportável a trabalho para Angra dos Reis, onde logo de manhãzinha pisei numa manga podre que espirrou na minha calça, no meu tênis, nas minhas meias e que me fez passar o dia emporcalhada, onde peguei um grande congestionamento na volta com chuva, onde tomei chuva e suei muito, passamos de carro por Aparecida e resolvemos parar. Sei lá, pra se benzer, ora. Acho inacreditável Aparecida do Norte. Uma Basílica absurdamente gigantesca para uma santinha absurdamente pequenina, gente. Basilicooona, santiiinha... Não é demais perceber essa diferença de escala? Juro que isso me comove e me faz acreditar na fé que temos que ter nas coisas pequenas.
Mas o que eu queria falar é outra coisa. Achei muito engraçado perceber que o estacionamento de Aparecida ao lado da Basilicona (que as oito e meia da noite estava às moscas) usa o nome dos Santos para localizar os carros. Ora, óbvio que seria assim, as pessoas em geral sempre tem soluções simples para as coisas, nós que complicamos. Mas misturar religiosidade com vaga de estacionamento a aquela hora da noite, para uma mulher toda suja de manga e lama, me pareceu absurdo e perturbador.
Paramos numa das vagas Evangelista C Lucas.
Pode uma coisa dessas?
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