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Estávamos indo para o lançamento do livro “Soltando o Verbo”, na semana passada, eu e minha filha Nana.
- Você vai dar autógrafos, mãe?
- Não sei, filha, não tinha pensado nisso. O livro não é só meu, é de vinte pessoas. Mas, se alguém quiser que eu autografe eu posso fazer isso, claro.
- E você vai escrever o quê no autógrafo?
- Sei lá. Também não tinha pensado nisso.
- Pensa antes para não ficar com cara de boba na hora, mãe.
- Deixa ver... “fulano, espero que esse livro...”. Não, bobo. “fulano, um grande abraço da...”. Não, bobíssimo. Nossa, é difícil.
- Mãe, tem que escrever uma coisa bonita, tipo uma frase, uma expressão. É dedicatória. Pensa uma e depois na hora você repete.
- Frase bonita, Nana? Assim, tipo uma frase pronta?
- É. Assim como... como... sei lá, como “carpe diem”. Estudei essa expressão para a minha prova de amanhã de literatura. Colha o dia. É legal isso.
- Hã? Acha que eu deveria escrever “carpe diem” para as pessoas, assim, a troco de nada? “Fulano, carpe diem, lúcia". Isso?
- Ué, que é que tem? Ou então escreve um outro termo legal. Como... como "deja vu". Acho lindo “deja vu”, apesar de achar que não tem nada a ver. “Carpe diem” tem, mas “deja vu” não tem a ver...
- Filha, não pode.
- Não? Por que?
- Porque “carpe diem” e “deja vu” não tem nada a ver com o livro e nem com as duas crônicas minhas que estão lá dentro. Se eu for fazer uma dedicatória eu preciso ou falar das crônicas ou “desejar” alguma coisa para a pessoa.
- Então escreve “feliz natal”. Afinal a gente já está em novembro.
- Hã? "Feliz natal"?
- E “próspero ano novo”. Hahaha. Não é pra "desejar"?
- Não sei se “desejar” é a palavra certa.
- Putz, mãe, como você é complicada. E qual é a palavra certa?
- Você vai dar autógrafos, mãe?
- Não sei, filha, não tinha pensado nisso. O livro não é só meu, é de vinte pessoas. Mas, se alguém quiser que eu autografe eu posso fazer isso, claro.
- E você vai escrever o quê no autógrafo?
- Sei lá. Também não tinha pensado nisso.
- Pensa antes para não ficar com cara de boba na hora, mãe.
- Deixa ver... “fulano, espero que esse livro...”. Não, bobo. “fulano, um grande abraço da...”. Não, bobíssimo. Nossa, é difícil.
- Mãe, tem que escrever uma coisa bonita, tipo uma frase, uma expressão. É dedicatória. Pensa uma e depois na hora você repete.
- Frase bonita, Nana? Assim, tipo uma frase pronta?
- É. Assim como... como... sei lá, como “carpe diem”. Estudei essa expressão para a minha prova de amanhã de literatura. Colha o dia. É legal isso.
- Hã? Acha que eu deveria escrever “carpe diem” para as pessoas, assim, a troco de nada? “Fulano, carpe diem, lúcia". Isso?
- Ué, que é que tem? Ou então escreve um outro termo legal. Como... como "deja vu". Acho lindo “deja vu”, apesar de achar que não tem nada a ver. “Carpe diem” tem, mas “deja vu” não tem a ver...
- Filha, não pode.
- Não? Por que?
- Porque “carpe diem” e “deja vu” não tem nada a ver com o livro e nem com as duas crônicas minhas que estão lá dentro. Se eu for fazer uma dedicatória eu preciso ou falar das crônicas ou “desejar” alguma coisa para a pessoa.
- Então escreve “feliz natal”. Afinal a gente já está em novembro.
- Hã? "Feliz natal"?
- E “próspero ano novo”. Hahaha. Não é pra "desejar"?
- Não sei se “desejar” é a palavra certa.
- Putz, mãe, como você é complicada. E qual é a palavra certa?
- "Dedicar" é mais certo.
- Então escreve: “eu te dedico esse livro”. E pronto.
Achei corretíssimo. Curto e fácil: eu-te-dedico. Assim foram meus autógrafos: “fulano, eu te dedico, beijo, lucia”. Nada de “carpe diem” nem de “deja vu”. Mas para alguns, confesso. Não agüentei e na hora escrevi: “feliz natal”.
Achei corretíssimo. Curto e fácil: eu-te-dedico. Assim foram meus autógrafos: “fulano, eu te dedico, beijo, lucia”. Nada de “carpe diem” nem de “deja vu”. Mas para alguns, confesso. Não agüentei e na hora escrevi: “feliz natal”.
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