Segundo a S., minha amiga, isso não é bem uma foto e sim uma "vaga lembrança"...
Cheguei no debate das mulheres blogueiras meia hora antes. Fui de metrô, com minha amiga S.. Logo na entrada encontramos a Ivana (Doidivana), a Índigo, a Bebel (a filha da Ivana) e a Andréa del Fuego (a escritora) no corredor. Soubemos que, devido ao sucesso do evento, o local do debate havia sido transferido para um auditório maior. Enquanto eu e a S. seguíamos as debatedoras, percebemos que uma outra moça com cara conhecida se juntou a elas. Mesmo de costas, notei que era a Rosana Herman. Chegamos e sentamos na segunda fileira para não ficar no gargarejo – e depois notamos que o gargarejo da surfistinha, era, obviamente, lotado de homens superinteressados nela. Bom. Enquanto esperávamos o início do debate, notei uma moça loira de cabelo de Farrah Fawcett no canto esquerdo do palco, com dois seguranças troncudões de radinho no ouvido. Era ela, a Bruna Surfistinha. Sei que é uma observação meio idiota, mas um dos seguranças dela usava lentes de contato azul turqueza. “Vai ver que foi exigência dela”, comentou a S., rindo. Tentamos checar, sem sucesso, se o outro segurança também tinha as tais lentes, o que explicaria a observação da S., mas não foi possível chegar muito perto do cara. Depois de pequenas entrevistas com cada uma das palestrantes, um rapaz muito simpático chamado Marcelo Duarte falou que ele era o mediador e iniciou o debate. Aliás, vou fazer outra observação inútil – toda a vez que ouço esse nome – “Duarte” – me lembro do mordomo do Riquinho, fazer o quê. Bom, a primeira a falar foi a Rosana, do Querido leitor, que é simplesmente engraçadíssima, fala pelos cotovelos, associa tudo com tudo e metaforiza tudo de modo absolutamente coerente e caótico. Ela comparou os blogs com pracinhas de interior, onde as pessoas vão para conversar e se encontrar. Contou que tem um fâ-clube, e que eles até fizeram até camisetas do blog dela, que ela achou super caras para comprar. Comentou sobre a sua ansiedade de postar: contou que uma vez fez um post super “mimoso” (ela usou exatamente essa palavra), e logo em seguida, por pura ansiedade, não agüentou esperar os comentários e postou um monte de coisa - o que fez o post mimoso descer e se perder. “É igual a uma mãe-peixe que, quando vê, comeu todos os seus filhinhos!” – ela disse -“é isso que dá uma mãe parir com fome”. Divertida ela. Depois falou a Indigo, que deu um show de interpretação – aliás, não sei o que ela está fazendo na literatura, urge que algum canal de TV a coloque no ar já, aliás de novo, ô Rosana, sou pela contratação i-me-d-ia-ta da Índigo para o programa Pânico. A Índigo contou porque fez seu(s) blog(s) e de onde vieram suas idéias para eles, e num arroubo de espontaneidade – ela estava assim, digamos, bem à vontade – tirou o maior sarro do mediador filho do mordomo do Riquinho, que, segundo ela, tinha feito uma pergunta “meio absurda” para ela, onde ele perguntava o que ela escolheria se tivesse que optar entre os blogs e a literatura. Depois dela veio a Bruna Surfistinha, que explicou devagar e bem explicadinho como começou o seu blog e como ele foi se tornando um blog tão conhecido até chegar aonde chegou. E logo em seguida entrou a Ivana, que surpreendentemente declarou que ouviu o depoimento da Bruna Surfistinha e que se identificou totalmente com ela, pois também fez seu blog um dia a noite porque estava se sentindo muito sozinha, também fez porque queria ser reconhecida como uma pessoa inteligente, que também colocou sua foto, e que também queria ser querida pelos homens. A Ivana é ótima. Mas disse também que para ela blog não é literatura, pois literatura ela faz escondida, dentro do seu escritório, quietinha e remoendo, assando, mexendo e cuidando muito, muito diferente daquilo que coloca no blog, que são coisas rápidas, descartáveis. Foi quando a Rosana interrompeu e disse que ela prefere mil vezes o blog, porque ela tá super acostumada a produzir textos e idéias, eles irem para o ar e puft, fim, e ela ter que começar tudo de novo. Segundo ela, a produção de idéias dela se assemelha a uma pia que se enche e esvazia o tempo todo. Foi quando o Duarte Jr. perguntou quantos acessos cada uma tinha. Gente, que engraçado. A Bruna declarou que depois do livro diminuíram o n* de acessos dela, e que de 50 mil/ dia ela estava com uma média de 25 mil/ dia. Já a Rosana disse que tinha perto disso também, e quando perguntadas, a Ivana e a Índigo tiveram um acesso de riso. A Índigo, na minha opinião, perdeu a chance de dizer, com aquela sua presença de palco, “setenta e três”, o que obviamente tiraria mais boas gargalhadas do público. Depois do debate, foram abertas as perguntas, e no mesmo instante um monte de homens fizeram perguntas para a Bruna, obviamente porque ela é super famosa e gostosa. O Idelber, do Biscoito Fino e a Massa, que eu conheci na sextafeira na Mercearia e que cujo nome pode ser falado de sete modos, com sete entonações distintas (idélber, idelbér, ídelber, idêlbêr, idelbééér, ildelbêlr, irderbér), colocou a questão do blog como nova mídia – ele deixou no ar questão se os blogs podem vir a substituir algumas modalidades de literatura impressa. Daí o debate acabou, pois a sala ia ser usada para outro evento. O filho do mordomo Duarte Jr. pediu que fossemos conversar com elas lá na feira e todos saímos. Foi quando eu conheci o Inagaki, de quem sou super fã mas conversei muito pouco com ele, ô droga, pois fiquei absolutamente confusa com tantos virtuais famosos ao meu redor. Percebi que a Bruna saiu com os seguranças-olhos-azuis, encontrei de novo o Idelber, encontrei com Márcio e Anna, os mais famosos comentaristas, e, depois de uma social rápida, fomos embora. Depois soube que todos eles, Idelber, Inagaki e mais um monte de colegas blogueiros foram para o Canto da Madalena para comemorar o encontro, mas que eu me lembre – snif! Ninguém me chamou. Tá, o 'ÌdÊlbêr' disse que me chamou sim, num comentário aqui do Frankamente, mas eu sou distraída e esqueci. Mas estão todos convidados para o aniversário da Franka, na semana que vem, ainda sem lugar definido. Ah, e a explicação da foto abaixo é simples. Era eu que tinha na bolsa um livro da Surfistinha e um pedido de um amigo para conseguir um autógrafo nele, e como achei um "micão" total ir falar com ela, pedi à Anna um favor. Então foi tudo culpa minha. Bom, foi isso. Expliquei tudo?
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