O Sr. M., meu vizinho de frente desde que me mudei para cá, há oito anos, vendeu a sua casa há um mês. E há dez dias que venho percebendo uma estranha movimentação na ex-casa do sr. M..
É um tipo de entra e sai que conheço de cor e salteado.
Re-for-ma.
Primeiro veio o pessoal da demolição, falando muito, com carros cheios de música. Tiraram o que poderia ser reaproveitado e carregaram tudo num caminhão: bancadas, maçanetas, metais, portas e batentes. Depois entrou a turma do quebra-quebra, que entrou demolindo paredes e retirando revestimentos. Ontem acordei com o maior barulho de máquina, sai lá fora e vi um bobcat (é um mini tratorzinho) ajudando a tirar a montanha de entulho que juntou no jardim. E provavelmente, como a ex-casa do sr.M é exatamente na frente da minha, vou acompanhar etapa por etapa essa reforma desses meus novos vizinhos.
Mas é exatamente aí que eu queria chegar. Os novos vizinhos. Porque embora eu esteja vendo e acompanhando tudo que acontece, eu ainda não consegui ver e nem saber quem vai morar ali.
- Zé, viu que estão reformando a ex-casa do sr. M?
- Vi. Quem comprou a casa, você já viu?
- Não, ainda não vi ninguém com cara de dono ou dona.
- Nem eu. Mas...
Eu sabia o que ele ia falar, pois eu também tinha esse “mas” na ponta da língua.
Ele se assanhou todo.
- Lú – ele se assanhou todo – Você viu... o carrão?
Hahaha.
É um tipo de entra e sai que conheço de cor e salteado.
Re-for-ma.
Primeiro veio o pessoal da demolição, falando muito, com carros cheios de música. Tiraram o que poderia ser reaproveitado e carregaram tudo num caminhão: bancadas, maçanetas, metais, portas e batentes. Depois entrou a turma do quebra-quebra, que entrou demolindo paredes e retirando revestimentos. Ontem acordei com o maior barulho de máquina, sai lá fora e vi um bobcat (é um mini tratorzinho) ajudando a tirar a montanha de entulho que juntou no jardim. E provavelmente, como a ex-casa do sr.M é exatamente na frente da minha, vou acompanhar etapa por etapa essa reforma desses meus novos vizinhos.
Mas é exatamente aí que eu queria chegar. Os novos vizinhos. Porque embora eu esteja vendo e acompanhando tudo que acontece, eu ainda não consegui ver e nem saber quem vai morar ali.
- Zé, viu que estão reformando a ex-casa do sr. M?
- Vi. Quem comprou a casa, você já viu?
- Não, ainda não vi ninguém com cara de dono ou dona.
- Nem eu. Mas...
Eu sabia o que ele ia falar, pois eu também tinha esse “mas” na ponta da língua.
Ele se assanhou todo.
- Lú – ele se assanhou todo – Você viu... o carrão?
Hahaha.
A questão é que os novos moradores da ex casa do sr. M. vem todo o dia ver a obra, nunca calhou da gente ver a cara deles mas única coisa que sabemos é que eles tem um super mega carrão pretíssimo com vidros mais pretíssimos ainda. Um super carro, que, sério, parece o carro do pai do Riquinho Rico.
Olha gente, sei que tem uma coisa muito caricata nesse segredo completamente familiar que eu conto aqui, de eu e o Zé ficarmos fuxicando da vida de um vizinho que pode até ser um conhecido de alguém, mas fazer o quê. É muito divertido! Eu e meu marido, confesso, estamos literalmente espionando, feito duas velhinhas solteironas e aposentadas, a vida do cara com o carro do pai do Riquinho. A cada vez que o carro aparece ele me chama e nós dois ficamos olhando pelas frestinhas para saber de mais alguma novidade. Qualquer detalhinho dá o maior assunto.
Qual não foi minha surpresa quando acordei hoje, fui pegar o jornal lá fora e dei de cara com o carrão. Subi correndo as escadas e consegui tirar essa foto escondida da janela de um banheiro lá de cima da minha casa. Olhai o carrão! Ainda esperei um bom tempo trepada na banheira e pendurada na janela, mas de novo não vi o sr. Riquinho Rico nem a sra. Riquinha Rica.
Droga.
É ridículo, né? Mas estamos curiosos, a vida é uma só e, enquanto eu e o Zé não soubermos mais coisas sobre o novo vizinho, vamos ficar nessa fofocada e fuxicação completamente infantil. Prometo que vez ou outra eu venho aqui contar contar sobre o andamento da obra.
Olha gente, sei que tem uma coisa muito caricata nesse segredo completamente familiar que eu conto aqui, de eu e o Zé ficarmos fuxicando da vida de um vizinho que pode até ser um conhecido de alguém, mas fazer o quê. É muito divertido! Eu e meu marido, confesso, estamos literalmente espionando, feito duas velhinhas solteironas e aposentadas, a vida do cara com o carro do pai do Riquinho. A cada vez que o carro aparece ele me chama e nós dois ficamos olhando pelas frestinhas para saber de mais alguma novidade. Qualquer detalhinho dá o maior assunto.
Qual não foi minha surpresa quando acordei hoje, fui pegar o jornal lá fora e dei de cara com o carrão. Subi correndo as escadas e consegui tirar essa foto escondida da janela de um banheiro lá de cima da minha casa. Olhai o carrão! Ainda esperei um bom tempo trepada na banheira e pendurada na janela, mas de novo não vi o sr. Riquinho Rico nem a sra. Riquinha Rica.
Droga.
É ridículo, né? Mas estamos curiosos, a vida é uma só e, enquanto eu e o Zé não soubermos mais coisas sobre o novo vizinho, vamos ficar nessa fofocada e fuxicação completamente infantil. Prometo que vez ou outra eu venho aqui contar contar sobre o andamento da obra.
Ou, óbvio, falar do vizinho novo.
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