quinta-feira, 8 de junho de 2006

bandeide



Acho muito engraçada essa história do Ronaldo Fenômeno com as bolhas nos pés. Ontem até vi uma foto de uma das bolhas dele, o que tornou a coisa mais absurda ainda.
Outro dia fui para o Rio e, na saída do aeroporto Santos Dumont, dei de cara com essa mulher ai da foto. Gente. Repara. A de saia. Vejam que ela usa um sapato chique, desses de executiva, mas que tem os saltos de... ferro. Sério. Olhai. De ferro! Dois espetos, duas espadas, duas facas. Uma arma em cada pé. Resolvi registrar esse absurdo. A mulher fazia o maior barulho ao andar e eu parecia uma louca com meu telefone atrás dessa assassina.
Mas vejam.
Consegui a foto.
Meta é tudo nessa vida.
O incrível foi reparar que ela não tinha bolha alguma no pé. Andava na maior desenvoltura de mulher de sucesso. Óbvio que qualquer ser humano com um pé razoável não agüentaria andar dez metros em cima daquilo, mas a mulher caminhava toda pirilampa sobre os espetos de churrasco. É, a gente não deve brincar com o destino. O cara anda de tênis o dia todo e pimba, tem bolhas, e uma assassina dessas cruza meia pista de pouso com saltos de ferro absurdos e tem o maior pé de princesinha.
A vida é muito injusta mesmo.
É horrível bolha no pé. Que mulher que já não teve, falaverdade. As piores para mim são aquelas na parte de trás, naquele ossinho que tem acima do calcanhar. Sapato duro sempre me faz bolha ali, principalmente esses sapatos de festa. É horrível quando começa a acontecer. Minha vida por um bandeide, você pensa. No desespero já coloquei até durex. E na falta de outra solução, o negócio é andar na pontinha dos pés, com o calcanhar mais alto que o sapato. Quem é mulher sabe. Nessas horas, sorria e se vire com aquele estranho treco que vira um sapato quando ele machuca seus pés. Andar com ele é como correr uma corrida de obstáculos. Um trem fantasma.
Comigo a pior bolha aconteceu numa das melhores festas da minha vida. Era numa casa bárbara, com pessoas bárbaras, com música bárbara, com clima bárbaro, eu estava com uma roupa bárbara, com cabelo bárbaro e me sentindo bárbara. Tudo bárbaro até que ela veio. A bolha. Tentei de tudo, até colocar um pedacinho de guardanapinho entre o calcanhar e o sapato, mas ele escorregava. E sem bandeide, sem durex e sem vontade de andar e dançar na pontinha do pé, passei a festa sentadinha.
Sério. Espero que o Ronaldo não tenha que passar por isso.
Deve ter muito bandeide por lá.

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