domingo, 12 de março de 2006

o bolo



Hoje não fiz uma crônica, fiz um bolo.
Olhai. Tirei a foto dele quente, pois todo mundo come na mesma hora. Agora, nesse exato instante, ele já é um quarto do que vemos ai...
Dá um pouco de trabalho, pois eu sempre encasqueto de fazer o bolo que é receita da minha avó. Ela me ensinou quando eu era criança, é o bolo que minha mãe faz, é o bolo que minhas tias fazem.
Porém, se ela me visse fazer hoje, ia ficar uma fera. É que eu uso... batedeira. E para ela bolo se batia na mão, nunca na batedeira. Jamais! Bolo tinha que ter a mão da cozinheira. E era essa mão que fazia o bolo crescer, era essa mão que deveria ter a força para misturar os ingredientes, era essa mão que devia saber rodar sempre para o mesmo lado, era essa mão que fazia um bom bolo.
A mão, gente.
Já pensei muito sobre isso, e juro que gostaria muito de seguir a receita dela a fio. Não é preguicite minha, não. O problema é o primeiro passo da receita, que diz "misturar a manteiga e o açucar até virar um creme". É que a manteiga de hoje é muito dura, gente, tenho até que cortar com faca. Assim, no início, decido bater apenas a manteiga com a batedeira, mas quando vejo já fui até o fim com ela... Perdoa, vó...
Não acho que ela me tira tanto a "mão". Olha que bolo mais legal esse. Aliás, que belo termo. dá o maior samba:
"Ter mão para bolo".
Não acham?

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