Sabe uma coisa que eu acho totalmente absurda?
É a gente ainda não poder usar a televisão como um computador, para, por exemplo, abrir um site.
Acontece toda hora. Eu estou assistindo TV e alguém me manda abrir um site para conhecer melhor o produto que está sendo anunciado, para participar de um programa ou para conhecer alguma coisa. Ontem a noite foi exatamente isso. Eu estava deitada, toda tranqüila na minha cama vendo TV antes de dormir, quando o apresentador disse.
- Para maiores informações, acesse o nosso site no www. ...
Tive vontade, mas olhei ao redor. Só a TV. O computador fica lá no andar de baixo, dentro do escritório, trancado a sete chaves. Tsc, desisti. Nem pensar que eu sairia dali. Será que tem gente que sai da tv, vai até o micro, liga e abre um site?
Outro dia, numa conversa com o Álvaro, meu amigo, ele me disse que quase toda noite, antes de dormir, ele morre de vontade de abrir os e-mails.
- Como assim?
- Eu deito, fecho os olhos e penso: hum, será que chegou algum e-mail pra mim?
- E você vai lá ver?
- Claro que não. O micro fica lá longe, na outra sala, precisa ser ligado, demora. Daí eu desisto. Mas sério, eu dormiria muito melhor se abrisse meus e-mails antes de deitar.
Não acho nada esquisito isso, gente. No mundo de hoje, ou a gente se virtualiza e aceita essas novas formas de comunicação ou é atropelado no primeiro acesso, como um dinossauro velho. É importante lembrar que a Internet é nosso telefone, e que o rumo das coisas, queiramos ou não, é termos tvs-micros, além de minis-tvs-micros, que serão os substitutos dos nossos celulares.
Aliás, adorei a idéia do Álvaro. Eu também adoraria pegar meus e-mails na cama.
- Webcama – ele declarou, animado – precisamos bolar uma coisa assim, ou seja, uma cama onde é possível pegar e-mails. Uma cama conectada, lúcia.
- Uma reles televisão resolveria isso, Álvaro. E o teclado poderia muito bem ser resolvido num reles controle remoto. O Zé me contou que ficou num hotel em Miami onde um dos canais era a Internet, e o controle remoto tinha um teclado. Por isso, Álvaro, é questão de meses para adquirirmos nossa versão da tua webcama. Calma, não vai demorar para você pegar os seus e-mails deitado.
Animada com a idéia e me sentindo a maior moderna, contei para os meus filhos minhas conclusões.
- Hã? Abrir e-mail, mãe?
- É, na cama. Webcamas. Não é genial?
Ele suspirou, cansado.
- E-mail é coisa do passado e logo vai acabar, mãe... Coisa mais demorada, de velho, só tem spam. A gente quase não usa mais, eu nem abro mais meu e-mail... – disse o Chico, no alto dos seus 16 anos – é só messenger, torpedo, não percebe?
- Para maiores informações, acesse o nosso site no www. ...
Tive vontade, mas olhei ao redor. Só a TV. O computador fica lá no andar de baixo, dentro do escritório, trancado a sete chaves. Tsc, desisti. Nem pensar que eu sairia dali. Será que tem gente que sai da tv, vai até o micro, liga e abre um site?
Outro dia, numa conversa com o Álvaro, meu amigo, ele me disse que quase toda noite, antes de dormir, ele morre de vontade de abrir os e-mails.
- Como assim?
- Eu deito, fecho os olhos e penso: hum, será que chegou algum e-mail pra mim?
- E você vai lá ver?
- Claro que não. O micro fica lá longe, na outra sala, precisa ser ligado, demora. Daí eu desisto. Mas sério, eu dormiria muito melhor se abrisse meus e-mails antes de deitar.
Não acho nada esquisito isso, gente. No mundo de hoje, ou a gente se virtualiza e aceita essas novas formas de comunicação ou é atropelado no primeiro acesso, como um dinossauro velho. É importante lembrar que a Internet é nosso telefone, e que o rumo das coisas, queiramos ou não, é termos tvs-micros, além de minis-tvs-micros, que serão os substitutos dos nossos celulares.
Aliás, adorei a idéia do Álvaro. Eu também adoraria pegar meus e-mails na cama.
- Webcama – ele declarou, animado – precisamos bolar uma coisa assim, ou seja, uma cama onde é possível pegar e-mails. Uma cama conectada, lúcia.
- Uma reles televisão resolveria isso, Álvaro. E o teclado poderia muito bem ser resolvido num reles controle remoto. O Zé me contou que ficou num hotel em Miami onde um dos canais era a Internet, e o controle remoto tinha um teclado. Por isso, Álvaro, é questão de meses para adquirirmos nossa versão da tua webcama. Calma, não vai demorar para você pegar os seus e-mails deitado.
Animada com a idéia e me sentindo a maior moderna, contei para os meus filhos minhas conclusões.
- Hã? Abrir e-mail, mãe?
- É, na cama. Webcamas. Não é genial?
Ele suspirou, cansado.
- E-mail é coisa do passado e logo vai acabar, mãe... Coisa mais demorada, de velho, só tem spam. A gente quase não usa mais, eu nem abro mais meu e-mail... – disse o Chico, no alto dos seus 16 anos – é só messenger, torpedo, não percebe?
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