sexta-feira, 6 de maio de 2005

tum, tum... tum, tum... tum, tum...



Das imagens da viagem que fiz ontem para a Bahia, fico com essa. É uma singela exposição de "pedras coração" que o sr. Monteiro, o caseiro da casa, fez para mim de presente.
Para quem não sabe, eu coleciono pedras que tem formato de coração.
Cada um com a sua mania. Paciência.
- Dona lúicia*, vem aqui comigo na sala de manutenção, no subsolo – me pediu o caseiro – Eu tenho uma surpresa pra senhora.
- Você arrumou aquele pântano, Monteiro? É essa a surpresa? Aquilo estava uma maravalha dos diabos – eu falei, me lembrando da zona que estava aquela sala na viagem anterior.
- Arrumar a sala eu arrumei, mas a surpresa não é só essa, dona "lúicia". É bem melhor que isso - ele declarou, todo animado.
Sim, era bem melhor. Olhem o que ele fez, que máximo!
- Sabe - ele explicou - Existem corações de todos os tamanhos e tipos, a senhora pode reparar. Uns míninos, outros mais brilhantes, outros transparentes, outros pesados. Alguns parece que olham para a gente, como esse que fica em pé - ele concluiu, me mostrando o coração-líder, esse maior, que está meio torto na foto.
- Na vida também é assim, Monteiro - eu conclui.
Ele me contou que toda hora que está na praia, nas pedras ou no mato ele se lembra da minha coleção e cata pedras. "Estou ficando viciado, dona lúicia", ele me contou, sorrindo. Selecionou as melhores e arrumou-as, nessa divertida disposição, para que eu apreciasse melhor as maravilhas que ele achou.
Olha. Fiquei realmente emocionada com a singeleza da exposição e com a cortesia daquele senhor baiano. É estranho achar uma pessoa assim, cuidadosa e atenciosa, sem querer nada em troca. E até fotografei para remontar exatamente do mesmo modo aqui em casa.
* ah, e eu adoro quando me chamam de "lúicia" - tem uma sonoridade tão engraçada...

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