sexta-feira, 22 de outubro de 2004

o negócio do inferno astral


mudei de imagem no blog!

A partir de hoje a moça de Angra se despede para dar lugar à agente Franka 426, com sua roupa preta de couro, suas botas e sua peruca loira.
Só falta a super mochila, mas essa eu não posso postar porque estou usando.
Dizem que aqueles dias que antecedem o aniversário da gente são dias de inferno astral. Acho a maior sacanagem os astrólogos fazerem isso com a gente - decidir que viveremos um inferno antes do dia do aniversário a troco de nada. Me recuso a aceitar tamanha baboseira.

Ainda hoje, nesse tal de inferno que me colocaram, estava pensando sobre os binas, detectores de mensagens e aquela foto do multiply onde aparece a ultima pessoa que te visitou.
Internet está ficando cada dia mais igual a vida real - não demora muito para a página da gente ter a imagem real da gente, via webcam, conectada direto com voz e tudo.
Impossível, assim, entrar escondido nos sites alheios, cada vez mais difícil fuxicar nas coisas dos outros.
Telefone virou a mesma coisa: acabou-se o trote ou aquelas ligações adolescentes para ver se a pessoa está em casa: ligou, tá detectado.
Detesto essa idéia do detectado. Depois que começou isso, a gente não pode nem ligar errado pros outros que logo em seguida vem uma ligação de alguém perguntando porquê que a gente ligou para ele.
- Eu te liguei?
- Ligou. Agora. Faz uns 5 minutos.
- E... quem é você?
- O que você queria falar comigo?
- Mas quem é você?
- Não, não. Foi você que me ligou. Diga antes quem é você.
- Olha, acho que eu liguei, mas devo ter discado errado, foi engano.
- Não sei não... Com quem estou falando?
Aaa.
Daqui a pouco existirá "detectados" para sites, para textos, para tudo. Já existem nas ruas, com as cameras em todos os lugares, com as fotos para a gente entrar no lugares.
Não que eu queira fazer nada escondido. Mas queria paz. Só isso.
*

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