sábado, 23 de abril de 2011

franka, a terrorista de farmácia








Cada dia tenho mais raiva de farmácia. Não consigo mais comprar nada. De uns tempos pra cá, tudo é proibido de comprar se a gente não tiver receita médica. Tava com o olho super ardendo de conjuntivite e não pude comprar o remédio. Pô. Nem um coliriozinho de nada não pode? Aquela pomada que você usou a vida toda, não pode. Aquele remédio tão manjado que só ele resolve teus problemas, proibidérrimo. "A senhora tem receita?". "Não". "Esse precisa de receita", as mocinhas falam. Um saco. Até óculos de vista cansada, daqueles de um ou dois graus que vendiam no balcão me disseram que tá proibido. Sem receita só dá pra comprar xampú, bandeide e fivela. Tudo precisa da tal receita médica, que claro, tem que vir de um médico. E se a pessoa, como eu, não tem um vizinho médico, ou melhor amigo médico, ou parente médico, babau. Tem que ir no médico e pagar a consulta pra comprar o coliriozinho e a pomadinha. Ou seja, pagar 200 reais de consulta para comprar um troço que custa dez reais. Acho meio absurdo, será que não é exagero? Será que teve gente que morreu ou passou mal com o colírizinho e pomadinha, por isso proibiram? Ando saindo revoltada de farmácia e só penso onde posso encontrar um médico pra comprar umas receitas no mercado negro. Franka vai virar uma terrorista de farmácia.