De férias? O concierge tá de férias! Ahhh. Tudo contra mim, poxa. Faço a lareira em casa, vem esse calor insuportável (que tenho ignorado completamente, ontem a noite gastei um feixe de lenha), depois tenho a idéia terrorista de mandar a crônica do concierge para o concierge e descubro que ele está... de férias. Puxa. Que semana invertida para mim, quando o porteiro me disse fiquei desanimada. Resolvi investigar se era verdade. Se você for ao café Freud - tem um café aqui no térreo do meu prédio de trabalho, pra quem não sabe - e sair pela porta lateral, (onde é o lugar que as pessoas fumam), dá pra olhar dentro da sala do gerente-concierge, pois essa sala é virada para o jardinzinho. Ontem eu fiquei ontem olhando a tal salinha de fora. Estava realmente com a maior cara de sala de gente que-saiu-de-férias, com os papéis arrumadinhos em cima da mesa e o computador desligado. Para não perder a cópia e o envelope e subir de novo com eles, resolvi entregar para a Beth, a dona do café. Ora, ela também não sabe da minha identidade secreta. Ora, e ela fala com Deus-e-o-mundo.
- Beth, olha para isso. Ia colocar na sala do nosso gerente, de presente para ele, mas ele não está.
- O que é?
- Uma crônica que eu escrevi na revista Morar, da Folha de São Paulo.
- Nossa, você escreve para a Folha? Crônicas? Não é arquiteta?
(Assim que a gente começa a ficar famosa, eu acho).
- Escrevo.
- Vou ler, nossa que chic, parabéns.
Chic. Eu. Hahaha.
E eu vou agora lá embaixo ver o que ela achou.
E inventar outra história para contar hoje.
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