quarta-feira, 23 de maio de 2007

árvore, árvore, árvore






O meu amigo ator Ivam Cabral disse no blog dele uma coisa muito engraçada. Falou que anda apaixonado por música e conta que passa noites e noites ouvindo discos antigos. E que isso o instigou a passar a compor e cantar. Ficou aficcionado e tem idéias sensacionais de letras e melodias o dia todo, que não pode esquecer. Então ele teve uma idéia. Quando ele tem uma boa idéia, ele telefona para a casa dele (onde ele sabe que não tem ninguém) e canta para a secretária eletrônica. Quando chega em casa está tudo lá, guardadinho. Achei fantástica essa idéia de parceria com uma secretária eletrônica para compor. Nunca vi nada parecido, parece meio antiquado mas é sensacional.
Eu faço uma coisa parecida. Quando tenho uma boa idéia para um texto, uma idéia que eu não posso esquecer, eu mando uns emails para mim mesma. Fica tudo gravado na minha caixa de email, eu não perco. Se eu estou fora do micro, mando torpedos para o meu email. É um tipo de memória moderna. Isso só não dá certo quando estou em bares ou em festas, porque eu geralmente mando tudo errado. Nesse caso eu uso meu caderninho preto de anotações, que fica na minha bolsa. Mas só em último caso. Adoro achar que estou sendo modernona.
Penso que precisamos inventar funções para esse monte de aparelhos que a gente usa. Na semana passada, quando fui para o Rio, eu e meu amigo engenheiro quisemos anotar o lugar onde paramos o carro no estacionamento do aeroporto de Congonhas. Aquele estacionamento é a maior zona, nunca entendo como entra e nem como sai, além do que, para mim, deve ter mais de setenta subsolos. Saímos do carro e ficamos com as letras e números na cabeça, ele me pedindo para anotar. Tira uma foto com o seu celular do carro ao lado do pilar com o número, sugeri a ele. Nossa, achamos a idéia excelente. Além de excelente, gente, pensa bem: modernérrima.

Clic. Pronto, ele tirou e aquilo ficou ali, gravado. Salvo para sempre.
Era isso. Adoro notar essas modernices.

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