Acabei de receber um e-mail de um amigo de infância contando que ele foi convidado para uma comunidade no Orkut chamada “cadê o tatu bolinha”. Ele ri e comenta “Vcs se lembram deles? A gente achava eles o tempo todo, faz tempo que não vejo um”. Nossa, me impressionei. Cadê?
Ele se lembrou da infância porque soubemos que demoliram, no prédio onde morávamos, o páteo onde brincávamos. O que era antes um lugar para as crianças dará hoje lugar a um grande número de vagas para os moradores – ora, hoje em dia todo mundo tem ao menos dois carros, diferente daquela época. E as crianças? Ora, as crianças de hoje tem atividades o dia todo e vídeo-games em casa, pra que pátios? Não sei se é para achar isso triste. É a realidade, os tempos mudam, mas pensa, as crianças continuam felizes pra burro.
Mas me lembrei da minha infância nesse prédio. O edifício era um típico prédio desses dos anos sessenta, de esquina, com pilotis, sem muros e três alas, cada uma com um elevador. A construção fazia um “u” onde se viravam todas as áreas de serviço, e no meio havia o tal pátio onde brincávamos e andávamos de bicicleta. Era um lugar generoso, com árvores, jardins e arbustos. Sempre morei ali, até me casar. Apesar de não ter uma infância bucólica, em um bairro residencial cheio de casas, numa fazenda ou no interior, sempre fui muito feliz nesse prédio. Quando crianças vivíamos no tal pátio, eu e minha irmã e uma outra pobre coitada as únicas meninas num edifício infestado de moleques muito, mas muito levados. Quantos? Creio que cerca de vinte, todos grandes amigos até hoje. Depois de adolescentes passamos do pátio, lugar de criancinhas, para as muretas da frente, viradas para a rua, no prédio ainda sem aquelas grades horríveis. E seja lá ou cá, e até mesmo nas jardineiras das janelas, lá estavam eles. Aquele monte de tatu-bola. Sério, eram muitos, a gente encontrava um deles a toda hora, para colocar o dedo e vê-los encolher-se, redondinhos, pretinhos. Minha infância foi infestada de tatu-bola (alguém sabe como é o plural?), tive um amigo que encheu um vidro com eles e nos assolava com aquilo. Hoje estamos adultos, o pátio se foi e sério. Caramba, e cadê os tatu bola? Eu também nunca mais vi um deles.
Ele se lembrou da infância porque soubemos que demoliram, no prédio onde morávamos, o páteo onde brincávamos. O que era antes um lugar para as crianças dará hoje lugar a um grande número de vagas para os moradores – ora, hoje em dia todo mundo tem ao menos dois carros, diferente daquela época. E as crianças? Ora, as crianças de hoje tem atividades o dia todo e vídeo-games em casa, pra que pátios? Não sei se é para achar isso triste. É a realidade, os tempos mudam, mas pensa, as crianças continuam felizes pra burro.
Mas me lembrei da minha infância nesse prédio. O edifício era um típico prédio desses dos anos sessenta, de esquina, com pilotis, sem muros e três alas, cada uma com um elevador. A construção fazia um “u” onde se viravam todas as áreas de serviço, e no meio havia o tal pátio onde brincávamos e andávamos de bicicleta. Era um lugar generoso, com árvores, jardins e arbustos. Sempre morei ali, até me casar. Apesar de não ter uma infância bucólica, em um bairro residencial cheio de casas, numa fazenda ou no interior, sempre fui muito feliz nesse prédio. Quando crianças vivíamos no tal pátio, eu e minha irmã e uma outra pobre coitada as únicas meninas num edifício infestado de moleques muito, mas muito levados. Quantos? Creio que cerca de vinte, todos grandes amigos até hoje. Depois de adolescentes passamos do pátio, lugar de criancinhas, para as muretas da frente, viradas para a rua, no prédio ainda sem aquelas grades horríveis. E seja lá ou cá, e até mesmo nas jardineiras das janelas, lá estavam eles. Aquele monte de tatu-bola. Sério, eram muitos, a gente encontrava um deles a toda hora, para colocar o dedo e vê-los encolher-se, redondinhos, pretinhos. Minha infância foi infestada de tatu-bola (alguém sabe como é o plural?), tive um amigo que encheu um vidro com eles e nos assolava com aquilo. Hoje estamos adultos, o pátio se foi e sério. Caramba, e cadê os tatu bola? Eu também nunca mais vi um deles.
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