sexta-feira, 23 de março de 2007

pro bebeléu


Voltei a fumar. Não agüentei.
Quem quiser dar bronca dá que eu não vou nem ligar.
Obvio que o dia real da minha volta ao cigarro foi há muito tempo, nem me lembro, no dia que, toda feliz e falante num bar com amigos acendi o primeiro. Não se deve nunca acender esse primeiro, ora bolas. Foi nesse dia que a minha contagem foi pro bebeléu (o beleléu é o lugar para onde vão todas as compulsões e vícios que controlamos até não agüentar mais) e eu dancei. Sempre soube que seria assim, que eu não devia fumar o primeiro, que tinha que agüentar, mas a carne é fraca, a mente mais ainda e com cerveja e amigos a coisa piora.
Voltei. Hehehe.
O que eu acho? Eu, pessoalmente acho super legal, senão obviamente não voltava. Adoro fumar, acho uma delícia. Sei que agora vai voltar aquela coisa chata de ter que fumar escondido, de ter que amargar lugares de não fumantes, de ser discriminada em tudo quanto é canto. Sei que muita gente vai se espantar e dizer “o quêêê? voltou?”, sei que vai ter aquele bolo de amigos falando “ai que burrada, não faz isso, não faz isso...”. Não adianta nada falar, não sei porque as pessoas falam pra gente não fumar, nunca ouvi falar de nenhuma pessoa que ouviu de alguém a ordem “pare de fumar” e disse “pronto, parei”. O que todo fumante tenta fazer, que acho bom, é fumar pouco. Sei lá.
Todos os blogueiros fazem altos posts quando param de fumar, pedem apoio, sei lá o que. Parar de fumar é uma coisa super policamente correta que dá um putz ibope. Eu tou fazendo um post ao contrário, um post politicamente incorreto, revelando uma fraqueza. De bom aqui nesse post somente a idéia do "beleléu".
Mas fazer o que se a tal força de vontade foi pro beleléu?

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