Os deliciosos pastéis de queijo e carne
Eu estava pensando numa coisa. Mas meu pensamento começou a tomar um vulto, mas um vulto tão grandioso que me impressionou. Agora estou em estado de choque por causa disso.
Eu pensava uma coisa sobre os pastéis.
Eu amo pastel. Sempre foi a minha comida preferida, predileta e mais desejada. Adoro os daqui de casa, adoro os da feira, adoro os de aperitivo dos bares.
Mas me dei conta que os pastéis são uma comida em extinção.
Explico melhor.
Há uns quarenta anos, ninguém condenava os fumantes. Era super bacana fumar – só não fumavam os que não gostavam mesmo. Hoje fumar é das coisas mais horríveis e condenavéis da face da terra. Vai entender. Além disso, pense: há vinte anos, ninguém condenava quem tomava sol. Não era proibido tomar sol, sol não dava câncer de pele e nem manchas. Veja hoje: tomar sol, proibidérrimo.
A questão é que, se prestarmos atenção, vivemos hoje a semente da apologia da boa alimentação. Até então comíamos o que vinha a mesa, sem pestanejar muito. Claro que ninguém exagerava nas comidas pesadas ou erradas porque dava dor de barriga e azia, mas sempre foi permitido comer feijoada, carne de porco, balas, frituras, coxinhas de galinha, doces e pizzas, moderadamente. Mas do jeito que as coisas vão, com toda a certeza daqui a vinte anos um monte de comidas que a gente come hoje em dia serão totalmente condenadas. São comidas que vão entrar em extinção.
Há uns quarenta anos, ninguém condenava os fumantes. Era super bacana fumar – só não fumavam os que não gostavam mesmo. Hoje fumar é das coisas mais horríveis e condenavéis da face da terra. Vai entender. Além disso, pense: há vinte anos, ninguém condenava quem tomava sol. Não era proibido tomar sol, sol não dava câncer de pele e nem manchas. Veja hoje: tomar sol, proibidérrimo.
A questão é que, se prestarmos atenção, vivemos hoje a semente da apologia da boa alimentação. Até então comíamos o que vinha a mesa, sem pestanejar muito. Claro que ninguém exagerava nas comidas pesadas ou erradas porque dava dor de barriga e azia, mas sempre foi permitido comer feijoada, carne de porco, balas, frituras, coxinhas de galinha, doces e pizzas, moderadamente. Mas do jeito que as coisas vão, com toda a certeza daqui a vinte anos um monte de comidas que a gente come hoje em dia serão totalmente condenadas. São comidas que vão entrar em extinção.
Nunca mais.
E nessa leva, acho que meus pastéis vão sumir do mapa. Acho não. Tenho certeza. Ô tristeza.
Estou imaginando meus bisnetos.
- Sabe o que a bisa lúcia comia quando era mocinha? - cochichará um bisneto.
- Shiu, fala baixo. O quê?
- Pastel! Pastel cheio de gordura!
- Pastel? Jura? – vai falar o outro bisneto – Que louca, onde ela arrumava? Era viciada?
- Era. Louca, né? Como pode! E a mãe dela deixava, até fazia!
Acho até que, daqui a alguns anos, as comidas que não alimentam, além de serem condenadas, serão também proibidas. Só de pensar assim, por cima, já vejo o fim da Coca Cola, o fim das coxinhas, o fim das balas de goma, o fim do Milk Shake de Ovomaltine do Bob´s, o fim da feijoada, o fim do sorvete chica bom. E, se eu continuar pensando, vou acabar listando mais de trezentas páginas de comidas sensacionais que em breve serão extintas. As nossas saborosíssimas comidas pré-históricas.
Bem. Provavelmente teremos um mercado negro, paralelo, que comercializará esses itens. O preço deles vai lá para o alto, os governos gastarão uma fortuna com campanhas anti - cheetos e anti - fritas. Uma bala frutela? Só no contrabando, por um preço exorbitante.
E o que poderemos comer? Nossa, isso vai longe, longe. Vou parar esse post por aqui para jantar meu frango com catupiry antes que ele desapareça do mapa, e depois volto ao assunto.
Esse é apenas o começo da minha teoria da evolução da alimentação, ou TEA.
TEA?
Ichi. Na verdade, acho que se isso for verdade, só vai sobrar mesmo chazinho pra gente tomar...
E nessa leva, acho que meus pastéis vão sumir do mapa. Acho não. Tenho certeza. Ô tristeza.
Estou imaginando meus bisnetos.
- Sabe o que a bisa lúcia comia quando era mocinha? - cochichará um bisneto.
- Shiu, fala baixo. O quê?
- Pastel! Pastel cheio de gordura!
- Pastel? Jura? – vai falar o outro bisneto – Que louca, onde ela arrumava? Era viciada?
- Era. Louca, né? Como pode! E a mãe dela deixava, até fazia!
Acho até que, daqui a alguns anos, as comidas que não alimentam, além de serem condenadas, serão também proibidas. Só de pensar assim, por cima, já vejo o fim da Coca Cola, o fim das coxinhas, o fim das balas de goma, o fim do Milk Shake de Ovomaltine do Bob´s, o fim da feijoada, o fim do sorvete chica bom. E, se eu continuar pensando, vou acabar listando mais de trezentas páginas de comidas sensacionais que em breve serão extintas. As nossas saborosíssimas comidas pré-históricas.
Bem. Provavelmente teremos um mercado negro, paralelo, que comercializará esses itens. O preço deles vai lá para o alto, os governos gastarão uma fortuna com campanhas anti - cheetos e anti - fritas. Uma bala frutela? Só no contrabando, por um preço exorbitante.
E o que poderemos comer? Nossa, isso vai longe, longe. Vou parar esse post por aqui para jantar meu frango com catupiry antes que ele desapareça do mapa, e depois volto ao assunto.
Esse é apenas o começo da minha teoria da evolução da alimentação, ou TEA.
TEA?
Ichi. Na verdade, acho que se isso for verdade, só vai sobrar mesmo chazinho pra gente tomar...
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