Quebrou a fechadura do portãozinho da rua de casa. Não fechava de modo algum. Liguei para o chaveiro.
- Preciso que vocês mandem alguém aqui, por favor. Quebrou a fechadura do portão.
- Pois não, senhora. A senhora tem preferência por alguém?
- Hummm. Uma vez já veio um rapazinho aqui. Um magrelo. Não lembro o nome.
- Sérgio? Altair? Júnior?
- Hummm. Acho que foi Júnior.
- Tá, vou mandar o Júnior.
Um tempo depois chega o Júnior com sua maleta. Acertei o nome, era o mesmo que tinha ido no ano anterior. Mexeu, bateu, aparafusou e arrumou a fechadura. Garantia de seis meses, ele disse, pois a peça está enferrujada. Paguei o conserto.
- Muito obrigada, Júnior, e tomara que eu não precise te chamar tão cedo, né?
- É. Mas muito obrigada a senhora.
- Muito obrigada de que?
- Muito obrigada de me escolher.
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