terça-feira, 6 de maio de 2008

secos e molhados na serra



- E ai, Ângela, como foi o feriado lá no seu sítio em São Francisco Xavier?
- Ótimo. Estou com a pele bárbara. Eu e o Césare, meu amigo, fizemos máscara de lama.
- Fizeram o quê?
- Máscara de lama. Colocamos a lama na pele, uma argila branca ótima, e ficamos parados descansando com ela. Você sabe que eu fiquei fã de fazer máscara pra pele depois que fui na tal esteticista italiana, aquela me fez descer no elevador e pegar o carro no estacionamento de máscara amarela. Faz super bem pra pele esse lance de máscara. A única coisa difícil é falar de biquinho.
- Falar de biquinho?
- É, pra máscara não rachar e cair. Tem que falar assim, de biquinho, sem mexer a boca, e falar pouco. Pra mim e pro Césare é super dificil, você sabe que a gente fala muito. Ah, e assusta as pessoas e crianças. Ah, e animais também. Acho que um cavalo fugiu de perto de gente por causa das nossas máscaras. Foi o que o meu filho falou. Que o cavalo olhou e saiu correndo.
- Um cavalo?
- É, imagina um humano ficar com aquela cara. É meio impressionante de se ver. Ah. E tirei até uma foto de uma vaca que estava igualzinha a gente.
- Uma vaca?
- É, uma vaca. Vaca de máscara. Vou te mandar as fotos pra você embaçar mil vezes, tarjar e colocar no seu blog. Se bem que eu acho que gente de máscara não precisa tarjar.
- Fotos?
- Uma foto minha, uma do Césare e uma da vaca.
- Como que é?
- Lá em São Francisco o lance é fazer máscara, Lúcia. Eu, o Césare, as vacas. Tudo de biquinho, sem falar. Pras vacas é mais fácil, claro.
Hahaha. Minha irmã.



gente, melhor avisar que na foto da vaca não tem fotoshope algum.

(certificado de autenticidade da foto da vaca)

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